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Produção, vendas e consumo aparente de produtos siderúrgicos vão recuar em 2023, prevê Aço Brasil

A piora dos resultados da indústria do aço no segundo trimestre de 2023 em relação aos três meses anteriores, aliada às incertezas sobre a retomada do crescimento no curto prazo, levou o Instituto Aço Brasil a revisar para baixo suas previsões de produção, vendas internas e consumo aparente do setor para 2023.

De acordo com as novas projeções, a produção de aço bruto neste ano deverá fechar em 32,388 milhões de toneladas, queda de 5% em relação a 2022. As vendas internas devem atingir 19,116 milhões de toneladas, com redução de 6% ante o ano passado. Já o consumo aparente (vendas internas mais importações por Distribuidores e Consumidores) deve chegar a 22,912 milhões de toneladas, recuo de 2,6% na mesma comparação. As exportações devem cair 0,3%, para 11,903 milhões de toneladas, e importações devem crescer 25,6%, para 4,209 milhões de toneladas.

Em abril, o Aço Brasil havia divulgado, para 2023, a previsão de alta de 2% na produção de aço bruto; queda de 0,7% nas vendas internas; alta de 7,6% nas exportações e de 2,5% nas importações; e queda de 1% no consumo aparente. A recente projeção de piora se justifica pela dificuldade na retomada de crescimento dos principais setores consumidores do aço – automobilístico, bens de capital e construção civil, que respondem por 82,5% da demanda.

Nos primeiros seis meses do ano, frente a igual período de 2022, a produção de aço bruto caiu 8,9%, para 15,972 milhões de toneladas; as vendas internas encolheram 5,7%, para 9,626 milhões de toneladas; as exportações recuaram 4,2%, para 6,315 milhões de toneladas, e as importações cresceram 43,2%, tendo atingido 2,208 milhões de toneladas. Ainda na mesma comparação, o consumo aparente recuou 1,6%, para 11,557 milhões de toneladas.

O Aço Brasil também prevê queda no consumo per capita de produtos siderúrgicos no Brasil este ano, de 108,6 quilos para 105,9 quilos por habitante. O país tem um dos piores desempenhos entre países emergentes desde 1980, quando registrava consumo per capita de 100,6 quilos. Entre 1980 e 2022, a média mundial cresceu 74%, para 223,5 quilos. No período, na China, o indicador cresceu 1.918%, para 645,8 quilos; na índia, 539%, para 81,1 quilos; no Chile, 118%, para 114,4 quilos; e, no México, 69%, para 194,8 quilos.

“As preocupações no cenário que, em abril, impediram o Aço Brasil de ter uma perspectiva otimista para o ano acentuaram-se nos últimos três meses. A necessidade de avanços na agenda de competitividade do país se torna cada vez mais urgente, de forma a trazer a indústria do aço para um ciclo de crescimento sustentado. Vale lembrar que o desempenho do aço é indicador antecedente do PIB (Produto Interno Bruto)”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço brasil.

“Em que pese o desempenho da indústria do aço, o setor mantém firme a previsão de investimentos, da ordem de US$ 2,5 bilhões de dólares por ano. Além disso, a indústria do aço segue trabalhando na sua agenda de prioridades, com foco na retomada do crescimento econômico, da recuperação da competitividade sistêmica da indústria e na transição energética e descarbonização”, diz Jefferson De Paula, presidente do conselho diretor do Instituto Aço Brasil, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração Latam.

Para 2024, o Aço Brasil manteve a previsão de crescimento de 3% ante o desempenho de 2023.

Fonte: IPESI
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/07/2023

 

Rio mantém, em junho, liderança na produção nacional de aço bruto

O Rio de Janeiro manteve, em junho, a liderança na indústria siderúrgica no país. A produção do estado chegou a 715 mil toneladas de aço bruto no mês, respondendo por 27,9% do volume nacional. No acumulado do ano, de janeiro a junho de 2023, o estado produziu 4,1 milhões de toneladas – 26 % da produção do volume nacional. Os dados são do Instituto Aço Brasil, que representa as empresas brasileiras produtoras de aço.

– A indústria siderúrgica é extremamente importante para o crescimento econômico e está diretamente ligada a uma série de indicadores econômicos e sociais, tais como investimentos e exportações, geração de empregos e renda. Contribui para o aumento da balança comercial e é responsável pela criação de milhares de empregos no nosso estado – comenta o governador Cláudio Castro.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, em junho de 2023 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,5 milhões de toneladas. No acumulado do ano, de janeiro a junho, a produção brasileira de aço bruto foi de 15,9 milhões de toneladas.

– O Rio de Janeiro possui um importante parque siderúrgico, formado por grandes empresas como Ternium, ArcelorMittal, CSN e Gerdau, sendo um dos maiores produtores mundiais de aço bruto – afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Vinicius Farah.

Fonte: Diário do Vale
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 27/07/2023

Minério de ferro sobe em Dalian pelo 3º dia com otimismo sobre estímulos na China

Os contratos futuros de minério de ferro subiram nesta quarta-feira, com os traders recebendo positivamente a decisão da China de lançar mais estímulos, embora as preocupações persistentes com a demanda por aço limitassem os ganhos.

O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 1,8%, a 866,0 iuanes (121,09 dólares) por tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em setembro avançou 0,4% para 113,6 dólares a tonelada.

Os principais líderes da China prometeram na segunda-feira intensificar políticas de apoio à economia em meio a uma tortuosa recuperação pós-pandemia, com foco no aumento da demanda doméstica.

"A reunião do Politburo continha a indicação mais forte até o momento de políticas de estímulos significativas nos trabalhos destinados a impulsionar a atividade econômica na China", disse o National Australia Bank em nota nesta quarta-feira.

Novos dados, no entanto, reacenderam as preocupações relacionadas à demanda por aço.

A produção global de aço bruto caiu 1,1% em relação ao ano anterior, para 943,9 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2023, devido à menor produção na Europa e nas Américas, mostraram dados da World Steel Association na terça-feira.

A produção na China, maior produtora e consumidora mundial do metal, aumentou 1,3%, para 535,6 toneladas em janeiro-junho, de acordo com os dados.

No entanto, várias siderúrgicas chinesas receberam instruções para limitar a produção deste ano ao mesmo nível de 2022, disseram cinco pessoas familiarizadas com o assunto e relatórios de analistas na terça-feira, reduzindo potencialmente a demanda por minério de ferro.

Maior mineradora de minério de ferro do mundo, a Rio Tinto reduziu seus dividendos provisórios ao divulgar nesta quarta-feira seu menor lucro subjacente para o primeiro semestre em três anos, mas disse que permanece cautelosamente otimista com a economia chinesa.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/07/2023

Minério de ferro sobe 0,71% a US$ 118,40/t na bolsa de Dalian

Os preços dos contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, fecharam em alta. O preço do contrato mais negociado, com entrega para setembro de 2023, subiu 0,71%, para 851 iuanes (US$ 118,40) por tonelada, enquanto o do contrato para janeiro de 2024, que teve o segundo maior giro, avançou 0,65%, para 767,5 iuanes (US$ 107,47) por tonelada.

O minério negociado na bolsa de Dalian contém 62% de teor de ferro e é considerado fino - ou seja, pelo menos 90% do carregamento é composto por dez milímetros ou menos.

A taxa de câmbio usada para a conversão dos preços dos contratos de minério de ferro é a divulgada pelo Banco Central (BC) brasileiro para ontem, de 7,187 iuanes por dólar.

Fonte: Monitor do Mercado
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/07/2023

 

Goldman Sachs: Riscos do preço do aço cair ainda mais aumentaram e podem afetar Usiminas e CSN

Apesar da queda entre aproximadamente 20% e 30% dos preços do aço nacional desde o pico em maio do ano passado, devido a uma combinação de redução dos preços internacionais do aço e enfraquecimento da demanda, mais desvalorização é esperada – podendo afetar principalmente Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3).

Essa é a avaliação do Goldman Sachs. Segundo relatório do banco, a demanda continua fraca e a balança comercial é desfavorável, com os aços planos apresentando maior risco devido a um grande prêmio em relação à paridade de importação (atualmente em 30% em comparação com 5 a 10% normalizado).

Mais especificamente, as importações de aço plano aumentaram 72% em relação ao ano anterior em junho, enquanto as exportações caíram 60%. Ao mesmo tempo, as montadoras estão reduzindo a produção, as vendas de caminhões estão desacelerando e as vendas de eletrodomésticos retornaram aos níveis pré-pandemia.

De acordo análise do banco, as siderúrgicas domésticas têm resistido em oferecer descontos nos preços, possivelmente porque isso teria um impacto negativo nas negociações semestrais com o setor automotivo. No entanto, analistas acreditam que a atual paridade de importação em 30% não é sustentável e esperam que os preços domésticos do aço plano diminuam mais cedo do que tarde.

Com relação ao aço longo, o consumo aparente está em queda de 5% no acumulado do ano e a demanda por exportações é fraca, o que está exercendo pressão negativa sobre o equilíbrio entre oferta e demanda doméstica. Já o prêmio de paridade de importação em 7% está relativamente equilibrado, mas segundo verificações no setor,  descontos nos preços têm sido oferecidos para incentivar a compra.

Para as empresas ao mercado de aços do Brasil cobertas pelo Goldman Sachs, os analistas acreditam que a Usiminas e CSN estão mais expostas a potenciais quedas nos preços.

Especificamente para a Usiminas, as incertezas sobre os lucros permanecem elevadas, segundo analistas, pois a empresa está modernizando seu alto-forno principal (atualmente utilizando placas adquiridas no mercado).

Enquanto isso, os lucros da Gerdau (GGBR4) devem permanecer relativamente resilientes devido à exposição a mercados de aços longos relativamente melhores no Brasil e nos Estados Unidos. Contudo, não estão imunes à fraqueza do aço plano no Brasil (40% das vendas da empresa na região).

Os preços de exportação do aço plano da China, FOB (frete Free on board, com responsabilidade pelo transporte do cliente), subiram US$ 6 por tonelada em relação à semana anterior, para US$ 549 a tonelada (t), enquanto os preços domésticos do aço plano no Brasil se mantiveram na semana, em R$ 4.600/t (prêmio de paridade de importação de 30%).

No lado do aço longo, os preços de exportação da Turquia, FOB, caíram US$ 27/t em relação à semana anterior, para US$ 570/t, enquanto os preços domésticos do aço longo no Brasil ficaram estáveis na semana, em R$3.910/t (prêmio de paridade de importação de 7%).

O Goldman Sachs reitera recomendação de compra para ações da Usiminas, com preço-alvo de R$ 9,80, o que representa um potencial de alta de 36,9% frente a cotação de fechamento da última quinta-feira (20) de R$ 7,16.

Já para Gerdau, o banco americano mantém classificação neutra para Gerdau e preço-alvo de R$ 28, o que representa um potencial de alta limitado de 1,7% frente ao preço de fechamento da véspera (20) de R$ 27,52.

Menos otimista com a CSN, analistas reiteram recomendação de venda e preço-alvo de R$ 12,50, um potencial de desvalorização de 1,4% com relação ao preço de fechamento da véspera de R$ 12,68.

Fonte: Infomoney
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/07/2023

Minério de ferro apaga ganhos com restrições ao aço e fraqueza do setor imobiliário

Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta sexta-feira após um breve salto na sessão anterior, puxados para baixo por um setor imobiliário vacilante e restrições à produção de aço.

O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 0,1%, a 846,5 iuanes (118,09 dólares) por tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em agosto caiu 0,9% para 113,8 dólares por tonelada métrica.

De acordo com relatórios da Mysteel, a maioria das relaminadoras em Tangshan, principal centro de produção de aço, implementou restrições de produção na sexta-feira, resultando em queda da taxa operacional entre as 35 relaminadoras pesquisadas para 12,77%, de 46,81% na quarta-feira.

Algumas siderúrgicas em Tangshan receberam notificação oral para suspender um alto-forno até o final do mês, acrescentou a Mysteel.

No último relatório da Mysteel, sete alto-fornos em Tangshan, com uma capacidade de produção combinada de 26.000 toneladas por dia, estão programados para manutenção entre 21 e 31 de julho.

"Os preços do minério de ferro cairão para 100 dólares por tonelada até o quarto trimestre de 2023, à medida que a demanda de aço da China diminuir no segundo semestre do ano", disse o Commonwealth Bank of Australia em uma previsão na sexta-feira, assumindo impacto limitado de quaisquer medidas de apoio às políticas anunciadas nas próximas semanas.

"Nossa maior preocupação continua sendo o setor imobiliário da China, no qual as condições estão claramente piorando. Acreditamos que a confiança entre os compradores de imóveis levará tempo para se estabilizar."

Ainda assim, o banco atualizou sua perspectiva de preço do minério de ferro para 2024, esperando que a demanda por aço e o setor imobiliário da China se estabilizem no próximo ano.

A Moody's e a S&P Global enviaram alertas severos sobre a maior empresa imobiliária comercial da China, Dalian Wanda Group, na quinta-feira, aumentando a preocupação de que o país possa estar prestes a sofrer sua maior inadimplência desde o caso da Evergrande.

Fonte: Terra
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/07/2023