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Distribuidores de aço plano esperam alta de 3% nas vendas em 2022

O segmento de distribuição de aço plano do país trabalha com a perspectiva de elevar suas vendas em 3% no próximo ano, frente a uma queda esperada para 2021 de entre 1,5% e 2%, informou nesta terça-feira o presidente da entidade que representa os distribuidores, Inda, Carlos Loureiro.

“Achamos este número bem baixo, o país precisaria de um número bem melhor para ter consumo per capita digno de país em desenvolvimento”, afirmou Loureiro em entrevista a jornalistas.

“Esta é uma das contas (da previsão para 2022) mais difíceis que já tivemos que fazer aqui, provavelmente vamos fazer um ajuste no final do primeiro trimestre”, acrescentou.

Em novembro, as vendas dos distribuidores, responsáveis por cerca de um terço do aço consumido no país, caíram 3,8% ante outubro e recuaram 16,8% na comparação com novembro do ano passado, para 282 mil toneladas, segundo dados do Inda.

A expectativa da entidade para dezembro é de que a venda tenha uma queda de 18% frente ao mês anterior.

O estoque de aço plano nos distribuidores terminou novembro com o equivalente a 2,9 meses de comercialização ante uma média histórica de 3,3 meses, afirmou Loureiro.

“A demanda não está forte, a grande maioria dos distribuidores não está querendo fazer estoque alto e se este tipo de sentimento continuar no mercado, vai ser muito difícil que as usinas (siderúrgicas) deem aumento” nos preços de aço ao setor em janeiro, disse o presidente do Inda.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/12/2021

La Niña também ameaça embarques de minério de ferro e carvão

De operadores a agricultores, todos buscam descobrir o impacto do La Niña para a produção global de alimentos. Mas também existem implicações que podem mexer com os preços dos metais industriais.

Episódios anteriores do fenômeno climático reduziram as entregas do carvão australiano e do minério de ferro brasileiro, o que elevou as cotações dos insumos da siderurgia.

No entanto, não há relatos de grandes gargalos desta vez. Mas as chuvas têm sido mais fortes na Austrália e chegaram mais cedo ao Norte do Brasil, o que destaca riscos do lado da oferta para mercados que já começaram a se recuperar com as expectativas de estímulo do governo chinês.

“O La Niña tende a ter um impacto maior no primeiro trimestre, então é algo para monitorar”, disse Tiago Vespoli, analista de aço do CRU Group, em entrevista.

O fenômeno normalmente resulta em temperaturas abaixo do normal no hemisfério norte, chuvas mais intensas na Austrália e no Norte do Brasil e secas no Sudeste. Durante o La Niña de 2010-2012, produtores de carvão declararam força maior depois que tempestades atingiram o estado australiano de Queensland.

O Australian Bureau of Meteorology prevê que o La Niña deve durar até pelo menos o fim de janeiro, enquanto o Centro de Previsão do Clima dos EUA atribui 95% de probabilidade de que o fenômeno se estenda até fevereiro.

No Brasil, o volume de chuvas nos primeiros três meses dos anos com o La Niña foi 45% maior do que nos outros anos, de acordo com o CRU Group, que vê “grande chance de que os embarques de minério de ferro do Norte do Brasil sejam afetados no primeiro semestre de 2022”.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/12/2021

Congresso conclui aprovação do Marco Legal das Ferrovias; texto vai à sanção

A Câmara dos Deputados concluiu nesta terça-feira, 14, a votação do novo Marco Legal das Ferrovias sem alterações no texto elaborado pelo Senado Federal. Com isso, a matéria segue para sanção presidencial. A proposta permite que estruturas sejam construídas no modelo de autorização, sem a necessidade de leilão. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, trabalhou pessoalmente nos bastidores para que o texto fosse aprovado sem alterações, a fim de ganhar tempo dispensando uma nova análise. Em troca, o Executivo deve publicar uma Medida Provisória com as reivindicações dos deputados. Pelo modelo estipulado na proposta, a empresa interessada em construir uma ferrovia deverá apresentar ao governo um projeto executivo com todos os dados de planejamento orçamentário, impacto da obra, bem como o tipo de carga que será transportada. Caberá à Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) liberar as novas ferrovias.

O deputado Giovani Cherini defendeu agilidade no processo. “Nos Estados Unidos se atravessa o país cheio de ferrovia. Aqui não tem ferrovia porque tem Iphan, Ibama, a Funai, tem o diabo que atrapalha que tenhamos um sistema de transporte ferroviário decente”, afirmou. A nova lei autoriza que a empresa autorizada passe a ser dono dos trilhos e dos terrenos pelo percurso. As companhias que trabalham atualmente no regime de concessão vão poder migrar para o regime de autorização. O texto estabelece ainda critérios para a devolução de trechos abandonados, permitindo que sejam realizados chamamentos públicos para atrair novos interessados.

O governo poderá decretar também utilidade pública para desapropriação de terrenos que sejam essenciais para a instalação de uma ferrovia. No entanto, o deputado Paulo Ramos aponta que o modelo é inadequado. “É óbvio que a pretensão do governo é privilegiar setores que não têm compromisso com o nosso desenvolvimento. Estão buscando apenas o lucro fácil”, disse. A expectativa do governo é que o modal ferroviário passe dos atuais 20% da matriz de transportes de cargas para 45% a partir de 2035.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Ferroviário
Publicação: 15/12/2021

Marco legal das ferrovias é caminho para atrair investimentos

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a aprovação do marco legal das ferrovias pela Câmara dos Deputados é um passo fundamental para a modernização do setor ferroviário no país. O projeto, que segue agora para sanção presidencial, cria o regime de autorização para a gestão de ferrovias pelo setor privado e permite a exploração de trechos ociosos por novos grupos.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, considera que o novo marco regulatório para o setor ferroviário atrairá investimentos para aumentar a oferta de infraestrutura, reduzir os custos logísticos e promover a concorrência no setor ferroviário. “O marco legal das ferrovias vai alavancar a participação do modal ferroviário em nossa matriz de transporte, que, excluindo-se o minério de ferro, é de apenas 4%”, afirma Robson Andrade. 

“Este é um importante passo para que o transporte ferroviário de cargas cresça no país e para que trechos ociosos da atual malha concedida possam ser transferidos para operadores em regime de autorização”, acrescenta o presidente da CNI.

A principal novidade regulatória são as regras do procedimento de outorga em regime de autorização para a construção, operação e exploração de trechos ociosos ou abandonados, viabilizando o surgimento de serviços dedicados em curtas e médias distâncias (conhecidos como shortlines).

Esta possibilidade de exploração por autorização, de forma similar ao que ocorre com os terminais portuários privados, é fundamental para a expansão e o melhor aproveitamento de malha ferroviária nacional.

O Brasil tem cerca de 30 mil km de ferrovias, mas 30% dessa extensão encontra-se ociosa. Existem, no entanto, alguns corredores ferroviários que apresentam altos níveis de utilização e padrões internacionais de eficiência. São por esses trechos economicamente rentáveis aos concessionários atuais que transitam a maior parte das cerca de 500 milhões de toneladas movimentadas anualmente na malha, em sua maioria minério de ferro (73% do total) e soja em grãos ou farelo (7% do total).

Entre os principais avanços do novo marco legal das ferrovias estão a criação de regras para o compartilhamento da infraestrutura de ferrovias e a viabilização de pequenos trechos ferroviários, a partir de outorgas de autorização ao operador privado.

Fonte: CNI
Seção: Ferroviário
Publicação: 15/12/2021

Petrobras reduz em 3% preço da gasolina para distribuidoras

A Petrobras informou nesta terça-feira, 14, que o preço da gasolina terá redução de 3% nas refinarias a partir da quarta-feira, 15, uma queda média de R$ 0,10 por litro. O preço para as distribuidoras passa de R$ 3,19 para R$ 3,09 por litro, informou a empresa, confirmando declarações recentes do presidente da República, Jair Bolsonaro.

O diesel não teve o preço alterado.

Na sexta-feira da semana passada, o presidente afirmou que o preço dos combustíveis iam cair "mais de uma vez nas próximas semanas".

Segundo a Petrobras, considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço da gasolina na bomba passará a ser de R$ 2,26 a cada litro em média, uma redução de R$ 0,07 em relação ao preço anterior.

Nos postos, a gasolina fechou a semana passada com preço médio de R$ 6,708, queda de 0,5% em comparação com a semana anterior.

Fonte: Notícias ao Minuto
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 15/12/2021