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Quarta deflação no IGP-10 abre espaço para IGPs abaixo de 6% em 2022, diz FGV

Uma onda de quedas de preços em commodities no atacado levou o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) à quarta deflação consecutiva, com recuo de 0,59% em novembro, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em outubro, a retração do indicador foi de 1,04%. Para André Braz, economista da fundação responsável pelo índice, como o movimento atual de commodities mais baratas deve permanecer, no curto prazo, é possível nova retração do índice no próximo mês.

Na prática, uma nova queda abre espaço para que a taxa anual do IGP-10, assim como de restante da família dos IGPs, se posicione abaixo de 6% neste ano, comentou o técnico. Caso isso ocorra, seria um resultado próximo ao do IPCA, do IBGE, que, até outubro, acumula alta de 6,47%, e bem abaixo do IGP-10 doe 2021 (17,30%). A projeção mais atualizada do boletim Focus, do Banco Central (BC), é que o IPCA encerre 2022 com taxa anual de 5,82%.

Ao detalhar o desempenho do indicador na passagem de outubro para novembro, o técnico informou que a manutenção de recuo do IGP-10 foi influenciada principalmente por comportamento de preços atacadistas. O Índice de Preços ao Produtor Amplo -10 (IPA-10), que representa o atacado e tem peso de 60% no total do índice, também permaneceu em deflação, de outubro para novembro, de 1,44% para 0,98%.

Braz explicou que, no período, ocorreram vários recuos de preços expressivos em commodities de peso na formação de preços atacadista, como minério de ferro (-9,69%); café em grão (-16,30%); leite in natura (-4,9%); e algodão (-10,75%).

O atual movimento de desaceleração da economia mundial, com perspectiva de recessão global, levou ao enfraquecimento de preços das commodities, afirmou o técnico. Como há dúvidas em relação ao ritmo de demanda global, isso acaba por diminuir potencial de aceleração de preços, desse tipo de item, detalhou. “A possibilidade de recessão mundial começou a ‘esfriar’ preço de commodities”, resumiu.

Ainda de acordo com o técnico, o recuo do IGP-10 foi mais fraco do que observado em outubro devido à trajetória ascendente dos preços de varejo e de construção civil, que representam respectivamente 30% e 10% do indicador. O Índice de Preços ao Consumidor -10 (IPC-10) subiu de 0,17% para 0,67% de outubro para novembro; e o Índice Nacional da Construção Civil -10 (INCC-10) acelerou de 0,01% para 0,19%.

O técnico explicou que, no caso do IPC, esse é pressionado para cima com altas em preços administrados, como plano de saúde (alta de 1,14% em novembro), bem como de “itens sazonais”, que ficam mais caros nessa época do ano - como hortifrutigranjeiros, afetados por problemas climáticos. É o caso de tomate, que ficou 18,15% mais caro no mês. “E a gasolina parou de cair”, acrescentou, lembrando os recuos autorizados pela Petrobras em meses anteriores. Esse combustível é um dos itens de maior peso na formação do IPC, lembrou ele e a ausência de queda no preço desse item também favoreceu nova aceleração do indicador do varejo.

Mas, como o IPA-10 e o atacado representam 60% do total do IGP-10, e as commodities devem continuar a cair de preço – visto que a desaceleração da economia mundial não dá mostras de arrefecimento - é possível projetar novo recuo no indicador, no próximo mês, reiterou ele.

Ele comentou, ainda, que preços atacadistas em baixa podem conduzir a custo de produção menos elevado, visto que são insumos para a indústria. Em tese, isso poderia se refletir em preço menor na ponta, no varejo, para o produto final ao consumidor, notou o técnico. Entretanto, Braz frisou que esse cenário está sendo causado por consequência de economia mais fraca, mundial – e com possibilidade de impacto no Brasil. “Uma recessão não é uma notícia boa”, afirmou.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 18/11/2022

Inteligência artificial, robótica, nuvem e internet das coisas. O que é Indústria 4.0?

Inteligência artificial, robótica, nuvem e internet das coisas. Termos que há alguns anos não eram nada conhecidos, hoje já fazem parte do nosso dia a dia. São tecnologias que fazem parte de um conceito bem familiar no setor industrial: a Indústria 4.0. E esse é o tema do Indústria de A a Z desta semana. Chamada de 4ª revolução indústria, a Indústria 4.0 engloba um grande sistema de tecnologias avançadas que estão mudando as formas de produção e os modelos de negócios no Brasil e no mundo.

Quer saber mais? Confira no vídeo acima. Você vai ver neste episódio:

0:09 - O que é Indústria 4.0?
0:36 - Qual o objetivo da Indústria 4.0?
0:56 - O que esperar da Indústria 4.0?
1:27 - Tecnologias da Indústria 4.0
2:01 - Inteligência Artificial
2:16 - Big Data
2:37 - Computação em nuvem
3:05 - Robótica avançada
3:27 - Internet das coisas
3:48 - E a Indústria 4.0 no Brasil?
4:30 - Pesquisa sobre a Indústria 4.0 no Brasil?
5:08 - Como avançar?

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 18/11/2022

Alacero aponta 4 tendências para o setor de aço em 2023 na América Latina

Até 2028, o mercado global de aço deverá apresentar um crescimento médio de 2,5% ao ano, chegando a US$1,12 trilhão, segundo dados da Reports and Data. Como o aço é um dos principais materiais do mundo, além de um componente essencial para impulsionar economias, é esperado que o setor influencie as tendências globais (e vice-versa).

Neste sentido, a Alacero, Associação Latino-Americana do Aço, entidade responsável por reunir 95% da cadeia produtora e atuar como voz do setor, citou quatro das tendências esperadas para 2023 na América Latina:

1- Sustentabilidade é peça-chave
A COP27 e os temas retratados já demonstram que, se a sustentabilidade não for levada em consideração, os países terão problemas irreversíveis com os quais lidar. As preocupações globais com os aspectos de mudança climática dos negócios colocam em destaque o aço fabricado na América Latina. Trata-se de uma produção cerca de 30% mais limpa que a chinesa, uma vez que a energia utilizada na fabricação do aço vem de fontes renováveis, como energia eólica e hidrelétrica. Reduzir a pegada de carbono em toda a cadeia é essencial para evitar danos ainda maiores ao meio ambiente. Além disso, a utilização da sucata também pode ser uma opção para as empresas.

2- Nearshoring e competitividade
“As empresas latino-americanas não precisam de protecionismo e sim de comércio justo, com base em critérios bem estabelecidos. Quando o mundo compete em igualdade de condições, abrindo mão de práticas como o dumping e os subsídios governamentais, a América Latina se destaca por sua capacidade de inovação”, ressalta Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero. A entidade acredita que, uma tendência para o desenvolvimento do setor em 2023, é utilizar o material produzido em regiões próximas, a exemplo da América Latina se autossustentar.

3- Educação e geração de empregos
Dados da Alacero apontam que, na América Latina, o setor de aço emprega 1,3 milhão de pessoas diretamente na produção de 64,7 milhões de toneladas em 2021. A região, porém, consome 74,9 milhões de toneladas de aço por ano. Para defender a geração de empregos e todo um ecossistema que se beneficia da cadeia do aço, porém, é preciso mudar alguns paradigmas. Essas mudanças irão gerar benefícios econômicos e sociais, aumentando a vocação sustentável da nossa região. Há uma intensa concorrência na atração de pessoas. A indústria do aço compete com empresas de serviços e de tecnologia pelos profissionais que trilharão o caminho da inovação do setor. Por isso, a Alacero apoia, a nível América Latina, o desenvolvimento de projetos de educação que podem fazer uma diferença enorme.

4- Desenvolvimento econômico
Nas linhas de sustentabilidade com proteção regional e aposta em educação, a quarta tendência é, inevitavelmente, o desenvolvimento econômico do setor de aço na região da América Latina. O aço é um elemento essencial para o desenvolvimento econômico da região. E, além disso, vem ganhando um protagonismo ainda mais importante dia após dia, uma vez que o mundo inteiro precisará de mais material – de melhor qualidade e mais sustentável. Por ser uma substância presente no início da cadeia produtiva de uma série de setores, a evolução do setor do aço tem um impacto positivo fortíssimo em toda a economia.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/11/2022

Região Sul teve a maior queda do PIB no primeiro ano da pandemia

Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) do Brasil atingiu R$ 7,6 trilhões, recuo de 3,3%. Houve quedas no PIB em 24 das 27 unidades da Federação, estabilidade no estado de Mato Grosso e variações positivas em Mato Grosso do Sul (0,2%) e Roraima (0,1%). As informações constam das Contas Regionais 2020, elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

O Rio Grande do Sul teve a maior queda em volume (-7,2%), seguido pelo Ceará (-5,7%), Rio Grande do Norte (-5%), Espírito Santo (-4,4%), Rondônia (-4,4%) e Bahia (-4,4%). Os demais recuos foram em Alagoas (-4,2%), Acre (-4,2%), Pernambuco (-4.1%%), Paraíba (-4%), Piauí (-3,5%) e São Paulo (-3,5%).

Segundo o IBGE, no Rio Grande do Sul, o resultado foi provocado pela agricultura, que sofreu impacto da estiagem em 2020, e pelas indústrias de transformação, devido ao segmento de preparação de couros. No Sudeste, o volume do PIB foi igual ao nacional (-3,3%), com retração mais acentuada no Espírito Santo (-4,4%), seguido por São Paulo (-3,5%), Minas Gerais (-3%) e Rio de Janeiro (-2,9%). A Região Sul teve a maior queda em volume do PIB (-4,2%), entre 2019 e 2020, devido principalmente ao desempenho do Rio Grande do Sul (-7,2%). Já o Centro-Oeste foi a região de menor queda em volume (-1,3%), influenciado por Mato Grosso do Sul (0,2%), e Mato Grosso, que se manteve estável.

Segundo a pesquisa, oito estados trocaram de posição no ranking de participação no PIB entre 2019 e 2020. Ao longo da série histórica, iniciada em 2002, apenas em 2014 e 2016 o número de movimentação de posições foi maior. "O Paraná avançou da quinta para a quarta posição, devido ao seu ganho relativo na agropecuária nacional, enquanto no Rio Grande do Sul a perda de posição refletiu sua redução em volume e em participação na mesma atividade", diz o IBGE. "Houve muita troca de posição, muito mais que nos anos recentes. Isso é reflexo do primeiro ano da pandemia e da forma como ela ocorreu, diferentemente entre as unidades da Federação. A agropecuária cresceu 4,2%, mas representa cerca de 5% do PIB nacional, enquanto nos estados do Centro-Oeste chega a 20% do valor adicionado, o que compensou parcialmente a queda nos serviços. O Rio Grande do Sul foi um dos poucos estados onde a agropecuária não colaborou, devido a problemas climáticos", disse a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça.

De acordo com a gerente, em 2020, a agropecuária teve supersafras (à exceção do Rio Grande do Sul) e aumento do preço das commodities como soja, milho, café e grãos de uma maneira geral na agricultura, como também aumento nos preços dos produtos da pecuária, contribuindo para o resultado dos estados que têm produção agropecuária relevante em suas economias. No Sudeste, única região a perder participação no PIB no período, Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram redução de 0,7 ponto percentual e 0,6 ponto percentual, respectivamente. No estado do Rio, o recuo foi motivado pelas indústrias extrativas, com a queda de preço de petróleo e gás, enquanto em São Paulo, devido às perdas nas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados e em alojamento e alimentação.

Entre os demais estados da região, Minas Gerais teve ganho de 0,2 ponto percentual devido ao cultivo de café, e o Espírito Santo perdeu 0,1 ponto percentual, também afetado pelas indústrias extrativas. "No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo perderam participação. O Espírito Santo perdeu porque o petróleo teve queda de preços e sua produção de minério ainda não se recuperou após o acidente de Brumadinho (MG), cuja produção era pelotizada e escoada pelo Espírito Santo. O desempenho positivo do café não compensou as perdas em outros setores da economia capixaba", afirmou Alessandra.

Fonte: Agrolink
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/11/2022

 

Com minérios, Pará aumenta riqueza na pandemia e “atropela” Pernambuco

Os R$ 97 bilhões que foram retirados do subsolo do Pará em recursos minerais por diversas mineradoras instaladas no estado, durante os momentos mais críticos da pandemia de coronavírus, em 2020, mostraram nesta quarta-feira (16) os efeitos estatísticos no cenário econômico nacional. Por causa de seus minérios, o Pará se tornou, pela primeira vez, o 10º estado mais rico do Brasil, com Produto Interno Bruto (PIB) total de R$ 215,94 bilhões. O PIB é a soma da produção de riquezas em determinado período.

As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que analisou os números do “Sistema de Contas Regionais 2020”, de autoria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB exato do Pará dois anos atrás foi de R$ 215.935.603.793,78 (duzentos e quinze bilhões novecentos e trinta e cinco milhões seiscentos e três mil setecentos e noventa e três reais e setenta e oito centavos). Com esse desempenho, a economia paraense superou a de Pernambuco, cujo PIB foi de R$ 193,31 bilhões naquele ano.

OS 14 MAIORES PIB DO BRASIL

1º São Paulo — R$ 2.377.638.979.845,22

2º Rio de Janeiro — R$ 753.823.710.634,85

3º Minas Gerais — R$ 682.786.116.406,68

4º Paraná — R$ 487.930.593.783,22

5º Rio Grande do Sul — R$ 470.941.846.049,47

6º Santa Catarina — R$ 349.275.0155.311,29

7º Bahia — R$ 305.320.812.687,12

8º Distrito Federal — R$ 265.847.334.002,70

9º Goiás — R$ 224.126.112.043,80

10º Pará — R$ 215.935.603.793,78

11º Pernambuco — R$ 193.307.317.291,22

12º Mato Grosso — R$ 178.649.563.702,02

13º Ceará — R$ 166.914.535.656,73

14º Espírito Santo — R$ 138.445.922.362,02

O IBGE revela que a produção de riquezas do Pará até caiu em volume (-0,2%), porém bem abaixo da média nacional (-3,3%) e da Região Norte (-1,6%). O Blog do Zé Dudu prevê que o PIB de 2021, a ser divulgado no ano que vem, será ainda mais robusto, visto que a produção mineral do ano passado totalizou valor recorde de R$ 146,57 bilhões, o que deve levar a economia paraense a ultrapassar a do estado de Goiás.

No entanto, este ano, que está a um mês e meio de se encerrar, deve sacramentar uma dolorosa queda do PIB do Pará a ser vista em 2024, uma vez que a atividade mineradora, carro-chefe da economia estadual, não repetirá o mesmo dado de 2021 e poderá não alcançar sequer o resultado de 2020, muito em razão da queda do preço do minério de ferro no mercado internacional.

Vale destacar que esse PIB colossal é fruto da dobradinha da produção da mineradora multinacional Vale nos municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás, líderes globais da oferta de minério de ferro de alto grau de pureza. No mês de dezembro, o IBGE divulgará o PIB de 2020 para nível de municípios, e os dois vão desfilar entre as 75 maiores praças de geração de riquezs do Brasil.

Fonte: Blog do Zé Dudu
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/11/2022

China começa a construir grande projeto de mina subterrânea de minério de ferro

Uma importante siderúrgica da China, Ansteel, começou a construir um projeto de mina subterrânea de minério de ferro de 22,9 bilhões de yuans (US$ 3,25 bilhões) na Província de Liaoning, nordeste da China, na quarta-feira.

Estima-se que a mina Xi'anshan, localizada a 7 quilômetros a sudoeste do distrito de Qianshan, na cidade de Anshan, produzirá anualmente 30 milhões de toneladas de minério de ferro e 10 milhões de toneladas de concentrado de minério de ferro.

Com uma reserva de minério de ferro de 1,3 bilhão de toneladas, o projeto se tornará a maior mina subterrânea de minério de ferro do país, de acordo com Dai Zhihao, presidente da Ansteel Mining Co., Ltd.

"A mina de minério de ferro Xi'anshan é de grande importância para melhorar a capacidade de fornecimento de minério de ferro da China e promover o desenvolvimento saudável da indústria siderúrgica", disse Luo Tiejun, vice-presidente da Associação de Ferro e Aço da China, na cerimônia de inauguração.

Conhecido como o berço da indústria siderúrgica chinesa, a Ansteel foi o primeiro gigante de ferro e aço estabelecido após a fundação da República Popular da China.

A China é o maior importador mundial de minério de ferro, com importações superiores a 917 milhões de toneladas nos primeiros 10 meses de 2022.

Fonte: Xinhua Newswire
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/11/2022