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Covid e Influenza aumentaram custos da produção de metade das indústrias neste ano

O Covid e a Influenza afetaram a produção da indústria, o custo, a produtividade e os investimentos de forma intensa no primeiro bimestre de 2022. De acordo com a sondagem especial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 49% das empresas tiveram aumento de custos, 48% relataram aumento da incerteza e 43% acusaram queda da produção e da eficiência. Foram entrevistadas 1.788 empresas, sendo 753 pequenas, 621 médias e 414 grandes.

Das empresas consultadas, cerca de 90% afirmaram ter afastado algum funcionário, em janeiro de 2022, por contaminação ou suspeita de contaminação. E mais da metade delas teve a produção afetada. Os setores da indústria de transformação mais impactados foram: Calçados e suas partes (83%); Veículos automotores (82%); Vestuário e acessórios (77%); e Móveis (71%). No outro extremo, estão os setores Biocombustíveis (18%); Farmoquímicos e Farmacêuticos (27%); e Químicos (34%).

De acordo com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, desde o início da pandemia a indústria precisou se adaptar para garantir a produção e, foi exatamente o que ocorreu no início do ano, quando houve novo pico e um afastamento incomum de funcionários.

“Os casos confirmados ou suspeitos aumentaram a pressão sobre a produção e sobre os custos no início do ano, o que teve um efeito negativo na produtividade. A vacinação se mostra importante do ponto de vista do indivíduo, da coletividade e da economia”, explica o economista.

Veja abaixo a análise completa do economista:

Além disso, cerca de 30% dos empresários da indústria geral acreditam que houve atraso nos prazos de entrega da empresa, 15% entendem que houve dificuldade logísticas no transporte de produtos e insumos, 11% declararam que houve redução de investimentos e 8% acreditam que os afastamentos geraram paralisação da produção.

Confira a pesquisa completa abaixo:

- Impacto da ômicron na indústria.pdf (2,5 MB)
Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/03/2022

ES: Rússia foi responsável por 5,74% das importações em janeiro

A guerra no leste Europeu está impactando a economia global, isto porque a Rússia e a Ucrânia são grandes exportadores de petróleo, gás, trigo, milho, fertilizantes, entre outros produtos. Mas como fica a economia capixaba, já que os dois países mantêm relações comerciais com o Espírito Santo? Há, inclusive, a importação de carvão de hulha utilizado pela indústria do aço no Estado.

Somente com este país, em 2021, o Estado importou em valores o total de US$ 255,9 milhões. Já as exportações capixabas para os russos totalizaram US$ 26,02 milhões no mesmo ano. As informações foram repassadas pelo Instituto Jones Santos Neves (IJSN).

Percentual de Participação

Porém, em uma análise mensal, é possível identificar o percentual de participação de cada país. Do que foi importado para o Espírito Santo, em janeiro de 2022, a participação da Rússia foi de 5,74%, já da Ucrânia de 0,01%. Para se ter uma ideia, os maiores parceiros comerciais do Estado, no mesmo mês, foram a China (22,93%) e a Austrália (20,94%).

No mesmo mês, a percentual exportado para a Rússia foi de 0,07% e para Ucrânia, 0,02%. Na ocasião, os maiores destinos das exportações foram os EUA (26,20%) e a Malásia (11,64%).

“A Rússia deve diminuir as importâncias, pois além das restrições, a tendência é de que ela utilize os recursos que tem durante a guerra. No caso da Ucrânia, as relações serão prejudicadas por conta do isolamento”, explicou o integrante do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES) e mestre em economia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Heldo Siqueira.

Comércio com a Rússia

São exportados para a Rússia, café, pedra de cantaria ou de construção, gengibre, açafrão, pimenta, melões, melancias, entre outros, já entre os produtos mais importados para o Espírito Santo estão: briquetes, adubos (fertilizantes), alumínio, ferro, magnésio e hulha.

Também conhecida como carvão de coque, a hulha é uma variedade do mineral com alto índice de carbono em sua composição. É utilizada na produção de ferro e aço. No Espírito Santo, a ArcelorMittal confirmou por nota que utiliza o produto. Contudo, salientou que “está operando de forma estável”.

“É uma questão industrial. Essas grandes empresas podem ser articular e buscar novos mercados, comprar mais de outros países ou fazer novos parceiros comerciais. Mas é bom lembrar que tudo é uma reação em cadeia. Em razão da elevação do preço do barril de petróleo por conta do conflito, tivemos recentemente a subida de preço dos combustíveis. O mesmo acontece com a produção do aço, contudo, por ser um produto intermediário, não acredito que ele seja tão influente no dia a dia das pessoas”, explicou Siqueira.

Comércio com a Ucrânia

Já as relações comerciais com a Ucrânia apresentam valores menores. As importações do país para o Estado alcançaram as cifras de US$ 2,2 milhões em 2021. Já as exportações do Espírito Santo para os ucranianos totalizaram US$ 1,68 milhões em 2021.

Entre os produtos importados dos ucranianos para terras capixabas se destacam os aparelhos elétricos para telefonia, charutos, cigarros, transformadores elétricos, tubos e perfis de ferro ou aço. Já o Estado exporta para o país, pimentas, pedras de cantaria ou de construção, gengibre, açafrão, cúrcuma, café e preparações capilares.

“As exportações capixabas para os dois países são basicamente as mesmas, com destaque para o café e temperos, então acredito que essa pauta não mude, só o volume do que é comercializado, pois deve diminuir. Porém, nessas relações comerciais, o setor agrícola se destaca. E aí temos dois fatores, além do fornecimento em razão das exportações capixabas, o uso de fertilizantes na agricultura, que são importados da Rússia”, comentou o economista Siqueira.

Minério de Ferro e Aço 

Para o integrante do Conselho Federal de Economia (Cofecon), o economista Eduardo Araújo, o conflito no leste europeu traz várias interpretações. “Por um lado, ele beneficia o setor público, porque fez o preço do barril de petróleo subir, com isso as receitas dos estados e municípios tendem a crescer, tanto pela arrecadação do ICMS, quanto pelo repasse de royalties”.

Araújo também destacou que houve valorização no mercado de commodities exportadas pelo Espírito Santo, como minério de ferro e aço, por conta da guerra na Ucrânia.

“Contudo, temos o aumento dos custos de produção, que deve continuar a subir. Empresas importam equipamentos como eletrônicos, por exemplo, devem sofrer com problemas na quebra da cadeia logística global. Isso culmina no consumidor final”, disse.

Fonte: ES Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/03/2022

Aços planos e vergalhões: CSN vai aumentar preço do aço em 20% em duas parcelas, 12,5% em 1º de abril e 7,5% no dia 15

Pressionada pela alta de custos de matérias-primas e insumos, que foi acelerada pela invasão da Ucrânia pelo exército da Rússia, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) decidiu aumentar os preços do aço que produz em 20% no mês de abril, informou ontem ao Valor o diretor-executivo comercial da empresa, Luiz Fernando Martinez. O reajuste será feito em duas parcelas - a primeira de 12,5%, em 1º de abril, e a segunda de 7,5%, dia 15.

“A retirada de descontos que haviam sido concedidos pela CSN no segundo semestre é para a compensação da alta de custos das matérias-primas e dos insumos, principalmente do carvão metalúrgico”, destacou o diretor.

Segundo Martinez, a elevação de preços vai abranger vários tipos de aço: laminados a quente, bobinas a frio e zincadas, aços pré-pintado e galvalume, além de aço longo (vergalhão). Ficará de fora a folha metálica, conhecida com aço estanhado, que é usado para fazer embalagens. Os reajustes serão repassados à cadeia de distribuição, às indústrias (linha branca, máquinas e equipamentos, de tubos) e ao setor da construção civil.

De acordo com o executivo, o preço do carvão metalúrgico situa-se atualmente entre US$ 650 e US$ 700 a tonelada. “No custo da placa (semi-elaborado para fazer as chapas e bobinas), representa US$ 400”, diz. Antes do início da guerra, o insumo estava em quase US$ 400 a tonelada. Para cada tonelada de aço bruto (placa) são necessários 600 quilos de carvão.

“Nosso plano, com esse reajuste, é de zerar os descontos que foram dados em momentos de acomodação do mercado, e até subir um pouco”, afirmou o diretor. No ano passado, a CSN aumentou seus preços em 85%. Sua principal concorrente no mercado nacional, a 72%, segundo informou.

Martinez ilustra que no dia 3 de janeiro, o minério de ferro valia US$ 119,50 a tonelada, o carvão, US$ 354,40, e o câmbio estava em R$ 5,63. Ele diz que ontem o minério (com 62% de ferro) foi negociado a US$ 135, o carvão é negociado acima de US$ 650 e o dólar vale R$ 5,15. “Levando em conta apenas esses três fatores, houve, em reais, nesse período, um aumento de 37,5% no custo de produção da placa”, afirma.

Segundo o diretor, no mercado, impulsionada pelo conflito Rússia-Ucrânia, que gerou escassez do produto, e pelo aumento das commodities, atualmente a placa é negociada pelas siderúrgicas em torno de US$ 1.180 a tonelada (colocada em porto brasileiro). As grandes produtoras de placas para vendas no Brasil são Ternium, CSP e ArcelorMittal Tubarão.

“O mercado na Europa e Turquia, que era abastecido por Rússia e Ucrânia, está bastante demandante. Estamos reforçando o envio de aço laminado para nossa subsidiária Lusosider em Portugal”, afirmou Martinez.

Comandada pelo empresário Benjamin Steinbruch, seu principal acionista, a CSN vendeu 4,6 milhões de toneladas de aço (planos e longos) em 2021, sendo 3,18 milhões de toneladas no Brasil.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/03/2022

 

Ministério Público inicia discussão sobre exploração do nióbio de Araxá

Em reunião virtual ontem, o Ministério Púbico deu início esta semana à discussão sobre a exploração de nióbio em Araxá. A medida faz parte de uma das etapas de inquérito civil instaurado para verificar o volume de minério extraído no município vizinho.

O inquérito civil foi aberto pela 17ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público em Belo Horizonte, com o objetivo de solucionar dúvidas históricas em relação à interpretação das cláusulas contratuais do acordo firmado entre a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) e a Codemig (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais) relativas a direitos minerários.

Com isso, o Ministério Público pretende verificar o cumprimento das cláusulas que regulam a quantidade de massa lavrada e apurar os padrões atuais de governança da Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá (Comipa), que possui duas concessões de lavra junto à Agência Nacional de Mineração (ANM).

Na primeira reunião que ocorreu esta semana, o grupo deu início aos estudos para calcular a quantidade de minério lavrado na extração de nióbio em Araxá no período de 1973 a 2020, por meio da parceria firmada entre a CBMM e a Codemig.

Integrante do Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa da Probidade Administrativa e do Patrimônio Público, o promotor João Paulo Alvarenga Brant explicou que duas empresas foram contratadas para auditar os dados e precisam andar em conjunto para produzirem um trabalho que gere segurança à sociedade e confiança à Promotoria na hora de instruir o inquérito civil. Com a conclusão dos trabalhos técnicos, a expectativa do MP é aferir a regularidade da execução do contrato.

Já para o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (CAOPP), Daniel de Sá Rodrigues, o Ministério Público busca a resolução do caso de forma que não haja dúvida sobre a questão tanto para a Promotoria quanto para outras instituições. “Temos que trazer uma solução com segurança jurídica e com a mesma força de uma decisão judicial”, disse.

Segundo o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, o Ministério Público está confiante em conseguir, em breve, uma solução para questão. “Vamos dirimir as dúvidas, acabando com o que é mito e mostrando o que é correto de forma a evitar especulação sobre o tema”, finalizou.
 
Fonte: JM Online
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/03/2022

Mercado do aço promete alavancar economia em 2022

A expectativa de recuperação econômica global aliada ao aquecimento da indústria brasileira deve beneficiar o setor siderúrgico em 2022. O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) prevê aumento de 3% nas vendas enquanto o Instituto Aço Brasil calcula um crescimento de 2,5% em vendas internas e um avanço de 2,2% na produção nacional (número semelhante ao que a World Steel Association prevê para o mundo: aumento de 2,2%, para 1.896,4 Mt).

Dados do Instituto Aço Brasil de janeiro deste ano já apontam uma retomada do crescimento na produção nacional de aço e nas vendas para o mercado interno: a produção brasileira de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, representando crescimento de 10,5% frente ao apurado no mês de dezembro de 2021. Já as vendas internas de 2022 cresceram 1,6% frente ao verificado em dezembro do ano passado, atingindo 1,4 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos no mês de janeiro foi de 1,7 milhão de toneladas, 0,6% acima do verificado em dezembro de 2021. Especialistas acreditam que as vendas de aços longos seguirão elevadas em função do aquecimento de setores como a construção civil.

Um ponto de inflexão para o movimento crescente do segmento do aço no Brasil aconteceu em 2021, resultado de estímulos governamentais e uma forte atividade de construção. Uma das regiões responsáveis por essa subida é o Sul do país. Indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Banco Central e Ministério da Economia mostram que essa localidade tem crescido mais do que a média nacional.

Em 2021, a economia do Rio Grande do Sul apresentou crescimento acumulado de 12,2% de janeiro a setembro, sinalizando recuperação maior do que a do Brasil, de 5,7% no mesmo período. Já a indústria catarinense fechou 2021, como o segundo maior crescimento do país. O setor metalúrgico foi o que mais impulsionou esse crescimento.

Os vários setores responsáveis pela reciclagem no Brasil, de ferro e aço, vidro, plástico, papel, alumínio, pneus etc., vão unificar as ações e serão representados pelo Instituto Nacional das Empresas de Sucata Ferro e Aço (Inesfa). A entidade, que hoje reúne as empresas do comércio atacadista de sucatas metálicas, insumo usado para fins siderúrgicos e de fundição, passará a representar todas as áreas da reciclagem de materiais no país, para tornar essa importante atividade mais forte e representativa junto aos três poderes e a sociedade em geral.

“Os recicladores sempre tiveram um papel essencial no Brasil, ao lado dos catadores (os chamados ‘carrinheiros’, mais de 1 milhão de pessoas), na preservação e defesa do meio ambiente e na economia circular. Mas, apesar disso, ainda são pouco reconhecidos e estimulados, principalmente pelos três Poderes do país”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa.

A entidade, já estruturada e organizada, representa atualmente o setor de reciclagem de materiais metálicos, que tem o maior volume de insumos reinseridos na cadeia produtiva e foi indicada para estar à frente na defesa dos interesses dos recicladores nacionais.

No ano passado, o segmento como um todo se reuniu também em Brasília para buscar formas de reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou, em reunião plenária dos ministros, a isenção do PIS e Cofins nas operações de venda de materiais recicláveis à indústria de transformação. Essa isenção existia há mais de 15 anos e foi instituída na ocasião como um estímulo à reciclagem de insumos descartáveis. Na oportunidade, o Inesfa mostrou ao governo que havia muita sonegação no setor e que a Lei 11.196/2005 aumentaria a arrecadação da união.

Com a resolução, as empresas e cooperativas de reciclagem voltarão a pagar os impostos (3,65% ou 9,25%) na venda às indústrias, sem nenhuma garantia de repasse no preço.

Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/03/2022

 

Cotação do minério de ferro salta 5%

Os contratos futuros de minério de ferro de referência na China se recuperaram na sexta-feira (11), saltando mais de 5% para registrar um segundo ganho semanal consecutivo com oferta apertada e recuperação da demanda nas usinas.

Os embarques de minério de ferro da Austrália e do Brasil ficaram em 22,45 milhões de toneladas na semana passada, queda de 567.000 toneladas em relação à semana anterior, mostraram dados da consultoria Mysteel.

“Impulsionado pela macropolítica positiva, o consumo downstream está melhorando, enquanto os lucros nas siderúrgicas de processo longo estão decentes. Há mais demanda de reabastecimento nas usinas no período posterior”, segundo nota da SinoSteel Futures.

Os futuros de minério de ferro mais ativos na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em maio, saltaram 5,9%, para 839 iuanes (US$ 132,66) por tonelada na sessão da manhã. Eles terminaram com alta de 3,8%, a 822 iuanes por tonelada, ganhando 1,2% na semana.

Os futuros de aço inoxidável, para entrega em abril, estenderam as perdas pela terceira sessão consecutiva e caíram 3,6%, para 19.235 iuanes por tonelada, enquanto os futuros de níquel de Xangai mergulharam para atingir o limite de negociação de 17% após retomar as negociações na sexta-feira.

Para toda a semana, os preços do aço inoxidável subiram 2,5% em meio à volatilidade nos preços da matéria-prima níquel.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/03/2022