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EUA retiram sobretaxa ao aço brasileiro em vigor desde a administração Obama

Os Estados Unidos retiraram as tarifas extras à importação de aço laminado a quente do Brasil em vigor desde 2016. A medida foi tomada na sexta-feira, 21, pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA (USITC, na sigla em inglês), mas comunicada somente nesta quinta-feira, 27, pelo Ministério das Relações Exteriores.

A decisão se soma a outra, de julho, na qual o governo americano revogou as sobretaxas sobre as importações de aço laminado a frio. De janeiro a setembro deste ano, a produção de aço laminado corresponde a 69,6% de toda a produção siderúrgica brasileira, segundo dados do Instituto Aço Brasil, representante das empresas do setor.

Em outubro de 2016, os EUA impuseram taxa adicional de 45,58% para importação do produto brasileiro, dividida em 34,3% de direito antidumping e 11,3% de medida compensatória. A decisão, tomada no fim do governo Barack Obama, como resultado de uma investigação que apontou que o Brasil estaria concedendo subsídios ilegais no comércio internacional às empresas do setor: Usiminas e CSN. O governo Michel Temer (MDB) recorreu à Organização Mundial do Comércio (OMC), mas os EUA mantiveram a sobretaxa.

No pacote inicial, havia restrição também aos produtos originários de Austrália, Japão, Holanda, Rússia, Coreia do Sul, Turquia e Reino Unido. A revogação da taxa extra agora favorece somente o Brasil.

“A revogação dos direitos antidumping e das medidas compensatórias vigentes sobre as importações de aço laminado a quente do Brasil provavelmente não levaria à continuação ou reincidência do prejuízo importante em um prazo razoavelmente próximo”, disse em comunicado a USITC. “As tarifas existentes de importação deste produto do Brasil serão revogadas.”

O governo republicano de Donald Trump criou em 2018 outra sobretaxa para o aço brasileiro, em meio à guerra comercial contra a China. Essa a alíquota extra de 25% ainda está em vigor. O Brasil, assim como alguns outros países, obteve uma cota de exportação de aço livre desta cobrança, mas o país ainda defende que esse limite seja ampliado ou extinto.

A representação brasileira no exterior defende que a sobretaxa imposta durante o governo Trump atrapalha a economia americana, porque o material é tratado no Brasil com carvão metalúrgico importado dos Estados Unidos. Depois, o aço brasileiro ainda serve de matéria-prima para a indústria americana, defende a Embaixada do Brasil.

Segundo o Itamaraty, o Brasil exportou US$ 9,3 bilhões (R$ 49,27 bilhões) em produtos siderúrgicos em 2021, sendo US$ 5,1 bilhões para os EUA. Em nota, o Instituto Aço Brasil afirmou que “considera a iniciativa um relevante movimento no sentido de permitir a retomada desse mercado”.

Fonte: Folhapress
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/10/2022

Instituto Aço Brasil comemora fim de restrições adicionais contra exportações

Após o governo dos Estados Unidos informar que não prorrogará medidas restritivas adicionais contra exportações brasileiras de produtos de aço, o Instituto Aço Brasil comemorou a decisão, em nota. Segundo a entidade, o governo brasileiro teve papel importante na derrubada das barreiras impostas.

Como mostrou o Broadcast, a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos da América (USITC, na sigla em inglês) decidiu não prorrogar as medidas antidumping e compensatórias contra as exportações brasileiras de produtos de aço laminados a quente (‘hot-rolled steel flat products’), que estavam em vigor desde outubro de 2016.

Fonte: Jornal Floripa
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/10/2022

Os efeitos da desaceleração chinesa no Brasil

A esperada desaceleração da economia chinesa provavelmente terá uma série de efeitos sobre as exportações brasileiras, com os impactos negativos mais proeminentes ocorrendo no setor de mineração.

“Olhando para o futuro, o crescimento econômico chinês não será tão alto quanto nas últimas décadas. Teremos que nos acostumar com a menor expansão da China nos próximos anos e isto impacta diretamente nas exportações brasileiras, já que são nossos principais parceiros comerciais”, disse à BNamericas José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

“Neste cenário, o setor de mineração deve ser o de maior impacto [negativo] em termos de exportações, enquanto para commodities agrícolas o impacto será menor, pois os alimentos continuarão com demanda estável. O minério de ferro deve continuar a sofrer sob este cenário ao longo de 2023”, acrescentou.

No início deste mês, o FMI cortou a previsão para o crescimento do PIB da China para 3,2% e 4,4% em 2022 e 2023, respectivamente, resultados inferiores aos 3,3% e 4,6% anteriores. Em 2021, o crescimento econômico do gigante asiático atingiu 8,1%.

“Os frequentes bloqueios sob sua política de zero Covid-19 afetaram a economia, especialmente no segundo trimestre de 2022. Além disso, o setor imobiliário, representando cerca de um quinto da atividade econômica na China, está enfraquecendo rapidamente. Dado o tamanho da economia chinesa e sua importância para as cadeias de suprimentos globais, isso pesará muito no comércio e na atividade global”, disse o FMI em seu Relatório de Perspectivas Econômicas Mundiais, publicado no início deste mês.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil e as conexões entre os dois no setor de mineração são ainda mais estreitas.

 

Do total de produtos de mineração exportados pelo Brasil no terceiro trimestre de 2022, 70% foi minério de ferro e clientes chineses adquiriram dois terços disso, segundo dados compilados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

A China também é um grande importador de caulim, cobre, manganês e nióbio do Brasil.

Além da desaceleração da China, o resultado do segundo turno da eleição presidencial no Brasil é outro fator importante que irá ditar a intensidade do comércio entre os dois países.

“Dependendo de quem vencer as eleições no Brasil, poderemos ter uma relação mais pacífica. Não temos muito espaço para conflito entre Brasil e China. As relações dos países têm que ser pautadas por interesses mútuos e não por amizades baseadas em ideologias”, explicou Castro.

Os primeiros quatro anos do mandato de Bolsonaro foram marcados por uma narrativa conflitante contra o governo chinês, em um momento em que o governo brasileiro tentava se aproximar do governo norte-americano de Donald Trump.

Se Lula for o vencedor da eleição de domingo, como parece provável, as relações do Brasil com a China provavelmente serão um pouco mais amigáveis.

 
Fonte: BN Americas
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 27/10/2022

Preços da indústria recuam 1,96% em setembro, diz IBGE

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que calcula a variação de preços dos produtos na saída da fábrica, registrou deflação (queda de preços) de 1,96% em setembro. A queda, no entanto, foi mais moderada do que em agosto, quando o IPP teve deflação de 3,04%.

Segundo dados divulgados ontem (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula taxas de inflação de 5,87% no ano e de 9,76% em 12 meses.

Em setembro, 11 das 24 atividades pesquisadas tiveram deflação. Os principais impactos vieram do refino de petróleo e biocombustíveis (-6,79%), outros produtos químicos (-6,20%), alimentos (-1,13%) e metalurgia (-3,77%).

Por outro lado, 13 atividades tiveram inflação, com destaque para fumo (3,62%) e vestuário (3,50%).

Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a principal queda de preços veio dos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-2,42%). Também tiveram deflação os bens de consumo semi e não duráveis (-2,01%).

Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo, tiveram inflação de 0,48%, enquanto os preços dos bens de consumo duráveis subiram 0,19%.
 
Fonte: Agência Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 27/10/2022

 

Mercado aumenta a projeção para crescimento da economia em 2022

A pesquisa divulgada pelo Banco Central (BC) através do Boletim Focus, que é publicado semanalmente, registrou crescimento na previsão do mercado financeiro para a economia brasileira este ano, de 2,71% para 2,76%.

A expectativa também é positiva para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Segundo o BC, a projeção é de crescimento de 0,63%. Em 2024 e 2025, o mercado projeta expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente.

Os cálculos relativos ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerado a inflação oficial do país — também tiveram bons prognósticos. Segundo a pesquisa do BC, o indicador deve variar para baixo, de 5,62% para 5,6% neste ano.

Essa é a 17ª redução consecutiva na projeção, com um resultado que também influenciou as previsões para os próximos anos. Assim, para 2023, a estimativa de inflação ficou em 4,94%, ao passo que, para 2024 e 2025, as previsões são de 3,5% e 3%, respectivamente.

Mesmo com o declínio, a previsão para a inflação em 2022 permanece acima do teto da meta — de 3,5% para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — que deve ser perseguida pelo BC.

Em paralelo à projeção, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou, para o mês de setembro, deflação de 0,29% para o IPCA. Segundo a instituição, o resultado foi influenciado, em especial, pela queda de preços de combustíveis — culminando na terceira redução seguida e menor variação para um mês de setembro desde o início da série histórica, que começou em 1994. Desta forma, o IPCA acumula alta de 4,09% no ano e de 7,17%, nos últimos 12 meses.

Fonte: AECWeb
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 27/10/2022

Compras e vendas de aços planos tiveram alta em relação a setembro de 2021, diz Inda

O desempenho da distribuição de aços planos do mês de setembro de 2022 foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Distribuidores de Aço (Inda), no dia 25 de outubro (terça-feira) onde mostra que as compras do mês de setembro registraram queda de 5,2% perante a agosto, com volume total de 332,6 mil toneladas contra 350,9 mil. Frente a setembro do ano passado — 276,6 mil toneladas — , alta de 20,3%.

As vendas de aços planos em setembro contabilizaram queda de 3,4% quando comparada a agosto, atingindo o montante de 323,5 mil toneladas contra 334,9 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 291,5 mil toneladas, registrou alta de 11%.

Estoques - Em número absoluto, o estoque de setembro obteve alta de 1,1% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 831,3 mil toneladas contra 822,2 mil. O giro de estoque fechou em 2,6 meses.

Importações - (Chapas Grossas, Laminados a Quente, Laminados a Frio, Chapas Zincadas a Quente, Chapas Eletro- Galvanizadas, Chapas Pré-Pintadas e Galvalume), as importações encerraram o mês de setembro com queda de 26,4% em relação ao mês anterior, com volume total de 108,7 mil toneladas contra 147,7 mil. Comparado ao mesmo mês do ano anterior — 167,3 mil toneladas —, as importações registraram queda de 35%.

Projeções - Para outubro de 2022, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas se mantenham iguais a setembro de 2022— conclui a apresentação, o presidente Executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro.

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 27/10/2022