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Como é a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos?

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, depois da China. O Brasil exportou e importou valores similares dos americanos em 2024, em torno de 40 bilhões de dólares.

Os Estados Unidos já foram, individualmente, o principal parceiro comercial do Brasil. Na década de 2010, a China se consolidou nessa posição. Em 2024, os chineses exportaram e importaram mais do que o dobro do que os americanos. 

Considerando os grupos de produtos comercializados, o ferro e aço formaram o maior saldo comercial do Brasil com os EUA, em 2024. Esses itens já foram alvo de tarifas elevadas por parte dos americanos, até 2024. No primeiro governo Trump, houve uma ameaça, nunca concretizada, de tarifas adicionais.





 

Governo Milei fala em cerca na fronteira: isso é permitido? Qual o impacto?

A Argentina construirá um alambrado de 200 metros de arame na fronteira com a Bolívia e aumentará o controle nas fronteiras com o Brasil e com os demais países limítrofes.

A ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, não descarta a possibilidade de novas cercas —ela deu o exemplo da fronteira entre Bernardo de Irigoyen, na província argentina de Missiones, e as cidades de Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR), do lado brasileiro

Mas, afinal, é permitido construir barreiras? Especialistas explicam as regras e alertam para impactos diplomáticos.

Quais as regras?

Especialistas apontam que uma eventual construção de barreira na fronteira da Argentina com o Brasil fere princípios do Mercosul. O bloco regional tem como base a integração e a livre circulação de pessoas. "Se a Argentina decidir construir um muro ou cerca, isso poderá gerar conflitos com os princípios da integração do Mercosul", afirma a advogada Talita Dal Lago Fermanian, especialista em relações internacionais.

Barreiras físicas unilaterais também violam princípios do direito público internacional, na opinião do advogado Nasser Judeh, especialista em direito migratório. "A construção de muros ou outras formas de barreira física entre países, quando decidida unilateralmente, além de ser contrária à convivência pacífica entre os povos, pode criar uma situação de criminalização da imigração."

Há risco de impacto diplomático caso o governo de Javier Milei siga com seu plano. O alerta é do professor de relações internacionais da Universidade Cruzeiro do Sul e pesquisador do Observatório de Regionalismo, André Araujo. Segundo ele, a Argentina sempre teve uma história de migração e um muro representaria uma ruptura simbólica. Para Flávia Carolina de Resende Fagundes, professora de relações internacionais da Faculdade da Serra Gaúcha e vice-presidente do Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia, a medida unilateral da Argentina já causa instabilidade diplomática. "Buenos Aires já tem tensionado o Mercosul com sua aproximação unilateral com os EUA, e essa decisão pode agravar ainda mais as relações."

A instalação de uma barreira física tem um simbolismo que contrasta com a proposta integracionista. André Araujo, pesquisador do Observatório de Regionalismo

A soberania da Argentina não é ilimitada no caso da construção de uma barreira entre países. Fermanian explica que tratados regionais impõem limites. "A Argentina tem soberania sobre seu território, mas há tratados internacionais e regionais que limitam certas decisões, especialmente no âmbito do Mercosul", explica.

Uma eventual construção de barreira pode ser levada a tribunais internacionais. A Corte Internacional de Justiça e a OEA (Organização dos Estados Americanos) poderiam ser acionadas. "Mas o ideal seria mesmo resolver isso por meio do diálogo antes de levar para tribunais internacionais", diz Fermanian.
Segurança e eficácia

Especialistas questionam a eficácia de barreiras físicas para conter crimes transnacionais. Fermanian afirma que muros não impedem tráfico de drogas e contrabando. "Se fosse tão simples, os Estados Unidos já teriam resolvido sua crise migratória", diz. O crime organizado encontra novas rotas, lembra Fagundes. Para ela, a solução está em ações conjuntas entre países. "Soluções como inteligência compartilhada e monitoramento eletrônico são muito mais eficazes do que um muro físico."

Barreiras geram disputas

Casos internacionais mostram que muros geram disputas, mas continuam existindo. A barreira de Israel, por exemplo, foi condenada pela Corte Internacional de Justiça, mas mantida pelo governo. "O governo argentino pode estar buscando uma solução imediata para questões que demandam estratégias mais abrangentes", avalia Fermanian.

Historicamente, muros são usados para diferentes propósitos. O muro de Berlim, a barreira entre EUA e México e o muro entre Israel e Palestina são exemplos. "No caso argentino, essa proposta parece mais um gesto político do que uma resposta a uma ameaça concreta", analisa Fermanian.

"As fronteiras são fechadas por diferentes tipos de barreiras: algumas utilizam tecnologia avançada, como radares e drones, enquanto outras combinam muros físicos e vigilância eletrônica, como nas fronteiras Israel/Palestina e EUA/México. Há também casos com barreiras simples, como cercas de arame farpado e grande efetivo militar, como na Índia e na fronteira Quênia/Etiópia. Na Europa, além de muros e cercas, fossos são usados para impedir a passagem, mas são alvo de críticas por causarem mortes entre imigrantes."
Flávia Carolina de Resende Fagundes, professora de relações internacionais

 
Fonte: UOL
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 31/01/2025

 

Por que a reforma tributária pode prejudicar empresas do setor automotivo e o consumidor?

Faz alguns meses que a indústria automotiva aguarda pelas mudanças que vão acontecer com a reforma tributária.

Isso acontece porque toda a cadeia automotiva deve ser impactada com as possíveis modificações. A maior novidade está na inclusão do Imposto Seletivo, também conhecido como “Imposto do Pecado” – o qual vamos destrinchar mais adiante.

Automotive Business conversou com Veridiana Selmi, gerente de inteligência tributária da Synchro, que classifica as iminentes mudanças como “extremamente significativas” para todas as empresas do setor.

“Será preciso pensar em estratégias com base nessa nova matriz tributária, e isso vai da parte logística à operacional. Então as empresas precisam estar atentas desde já”, acredita.

‘Imposto do Pecado’ é maior polêmica da reforma tributária

De acordo com uma projeção do próprio governo, a reforma tributária deve estabelecer uma alíquota básica de 26,5% para produtos industriais. Entretanto, automóveis e motos terão o acréscimo do Imposto Seletivo.

A tarifa extra foi apelidada de “Imposto do Pecado” porque visa desestimular o consumo de artigos nocivos à saúde — como cigarros e bebidas alcoólicas — ou que agridam o meio ambiente, como os veículos.

O texto aprovado pela Câmara dos Deputados aponta que as alíquotas do Imposto Seletivo aplicáveis aos veículos serão reduzidas ou aumentadas conforme enquadramento nos seguintes critérios:

potência do veículo;
eficiência energética;
desempenho estrutural e tecnologias assistivas à direção;
reciclabilidade de materiais;
pegada de carbono;
densidade tecnológica.

Havia a expectativa de que a alíquota incidisse apenas nos veículos com motor de combustão. Entretanto, carros híbridos e elétricos também devem ser inseridos.

“A discussão está um pouco incongruente pensando pelo lado ambiental porque eles (governo) excluíram os caminhões, que teoricamente são mais poluentes, mas, por outro lado, também são importantes dentro da logística industrial por transportar cargas e insumos. Mas os carros elétricos, por exemplo, não foram excluídos da cobrança do Imposto Seletivo”, afirma Veridiana.

Novas regras de carro PCD podem prejudicar consumidor

A especialista em tributação aponta outros pontos controversos da reforma tributária. Um exemplo está nas regras para compra de carros para pessoa com deficiência (PCD).

A ideia é restringir as isenções do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e à Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que não existem atualmente para as isenções de IPI e IOF.

“Hoje existe uma isenção (de impostos) no teto de R$ 150 mil sem considerar os benefícios. No entanto, a ideia é restringir os benefícios da operação a até R$ 70 mil, o que é um valor muito baixo considerando os preços praticados atualmente no mercado (de carros). Então o ideal seria fazer uma atualização anual com base nos valores do mercado”.

A gerente de tributação da Synchro diz que a proposta aprovada pela Câmara restringe quais grupos de PCD poderão ter acesso a esses benefícios.

Hoje qualquer pessoa portadora de deficiência que necessite de um veículo com câmbio automático tem direito às isenções. Só que a nova regra estabelece que os carros precisam ser necessariamente adaptados para o uso.

“Isso abre margem para algumas questões curiosas. Por exemplo, uma pessoa que tem amputação de membro terá direito ao benefício, mas desde que a perna amputada seja a direita porque aí seria necessária uma adaptação para conduzir o veículo. Se a perna amputada for a esquerda, aí a pessoa não terá direito ao benefício”, diz.

“É uma questão estranha e injusta porque, dependendo da condição física da pessoa, isso vai impactar no bolso de forma bastante relevante. É claro que isso ainda está sendo discutido no Senado e o texto (da reforma tributária) pode ser alterado, mas, da forma que está atualmente, entendo que pode ser prejudicial para o consumidor”, completa Veridiana.

Empresas devem se preparar para não serem pegas de surpresa

A especialista afirma que ainda é possível cravar de quanto será o aumento da carga tributária “porque as alíquotas não foram definidas”.

“A expectativa é que haja um aumento de 5% a 10% na tributação se tudo permanecer como está, mas essa alíquota vai variar de acordo com o tipo de veículo. De toda maneira, as empresas precisam ficar atentas às alterações porque haverá impacto nos custos, na logística e nas vendas”.

Veridiana aconselha que as empresas invistam em processos de análise e revisão na forma como realizam as tributações. Só assim elas podem se livrar de qualquer dor de cabeça, sobretudo no começo do novo regime tributário.

“Haverá um período conturbado de transição no qual os dois regimes vão atuar simultaneamente, começando já a partir de 2026. Portanto, é preciso investir em bons sistemas para realizarem um controle fiscal e garantir que tudo está dentro da lei. Assim, elas estarão prontas para quando as mudanças acontecerem e não serão pegas de surpresa com fiscalizações e eventuais penalizações por não estarem em conformidade com as novas regras”, conclui.
Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 30/01/2025

Faz alguns meses que a indústria automotiva aguarda pelas mudanças que vão acontecer com a reforma tributária.

Isso acontece porque toda a cadeia automotiva deve ser impactada com as possíveis modificações. A maior novidade está na inclusão do Imposto Seletivo, também conhecido como “Imposto do Pecado” – o qual vamos destrinchar mais adiante.

Automotive Business conversou com Veridiana Selmi, gerente de inteligência tributária da Synchro, que classifica as iminentes mudanças como “extremamente significativas” para todas as empresas do setor.

“Será preciso pensar em estratégias com base nessa nova matriz tributária, e isso vai da parte logística à operacional. Então as empresas precisam estar atentas desde já”, acredita.

‘Imposto do Pecado’ é maior polêmica da reforma tributária

De acordo com uma projeção do próprio governo, a reforma tributária deve estabelecer uma alíquota básica de 26,5% para produtos industriais. Entretanto, automóveis e motos terão o acréscimo do Imposto Seletivo.

A tarifa extra foi apelidada de “Imposto do Pecado” porque visa desestimular o consumo de artigos nocivos à saúde — como cigarros e bebidas alcoólicas — ou que agridam o meio ambiente, como os veículos.

O texto aprovado pela Câmara dos Deputados aponta que as alíquotas do Imposto Seletivo aplicáveis aos veículos serão reduzidas ou aumentadas conforme enquadramento nos seguintes critérios:

potência do veículo;
eficiência energética;
desempenho estrutural e tecnologias assistivas à direção;
reciclabilidade de materiais;
pegada de carbono;
densidade tecnológica.

Havia a expectativa de que a alíquota incidisse apenas nos veículos com motor de combustão. Entretanto, carros híbridos e elétricos também devem ser inseridos.

“A discussão está um pouco incongruente pensando pelo lado ambiental porque eles (governo) excluíram os caminhões, que teoricamente são mais poluentes, mas, por outro lado, também são importantes dentro da logística industrial por transportar cargas e insumos. Mas os carros elétricos, por exemplo, não foram excluídos da cobrança do Imposto Seletivo”, afirma Veridiana.

Novas regras de carro PCD podem prejudicar consumidor

A especialista em tributação aponta outros pontos controversos da reforma tributária. Um exemplo está nas regras para compra de carros para pessoa com deficiência (PCD).

A ideia é restringir as isenções do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e à Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que não existem atualmente para as isenções de IPI e IOF.

“Hoje existe uma isenção (de impostos) no teto de R$ 150 mil sem considerar os benefícios. No entanto, a ideia é restringir os benefícios da operação a até R$ 70 mil, o que é um valor muito baixo considerando os preços praticados atualmente no mercado (de carros). Então o ideal seria fazer uma atualização anual com base nos valores do mercado”.

A gerente de tributação da Synchro diz que a proposta aprovada pela Câmara restringe quais grupos de PCD poderão ter acesso a esses benefícios.

Hoje qualquer pessoa portadora de deficiência que necessite de um veículo com câmbio automático tem direito às isenções. Só que a nova regra estabelece que os carros precisam ser necessariamente adaptados para o uso.

“Isso abre margem para algumas questões curiosas. Por exemplo, uma pessoa que tem amputação de membro terá direito ao benefício, mas desde que a perna amputada seja a direita porque aí seria necessária uma adaptação para conduzir o veículo. Se a perna amputada for a esquerda, aí a pessoa não terá direito ao benefício”, diz.

“É uma questão estranha e injusta porque, dependendo da condição física da pessoa, isso vai impactar no bolso de forma bastante relevante. É claro que isso ainda está sendo discutido no Senado e o texto (da reforma tributária) pode ser alterado, mas, da forma que está atualmente, entendo que pode ser prejudicial para o consumidor”, completa Veridiana.

Empresas devem se preparar para não serem pegas de surpresa

A especialista afirma que ainda é possível cravar de quanto será o aumento da carga tributária “porque as alíquotas não foram definidas”.

“A expectativa é que haja um aumento de 5% a 10% na tributação se tudo permanecer como está, mas essa alíquota vai variar de acordo com o tipo de veículo. De toda maneira, as empresas precisam ficar atentas às alterações porque haverá impacto nos custos, na logística e nas vendas”.

Veridiana aconselha que as empresas invistam em processos de análise e revisão na forma como realizam as tributações. Só assim elas podem se livrar de qualquer dor de cabeça, sobretudo no começo do novo regime tributário.

“Haverá um período conturbado de transição no qual os dois regimes vão atuar simultaneamente, começando já a partir de 2026. Portanto, é preciso investir em bons sistemas para realizarem um controle fiscal e garantir que tudo está dentro da lei. Assim, elas estarão prontas para quando as mudanças acontecerem e não serão pegas de surpresa com fiscalizações e eventuais penalizações por não estarem em conformidade com as novas regras”, conclui.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 30/01/2025

 

Preços e câmbio devem impulsionar balanços de mineração, siderurgia e celulose, diz BofA

A temporada de balanços do quarto trimestre para siderúrgicas, mineradoras e empresas de papel e celulose deve ser marcada pelos efeitos do câmbio e pelos preços e volumes mais fortes no período, avalia o Bank of America (BofA).

As siderúrgicas expostas ao minério de ferro devem apresentar números mais fortes no trimestre, pois os resultados da mineração devem melhorar com a combinação do real mais depreciado, preços de referência mais altos e ajustes positivos do mecanismo de preço provisório, avalia o banco.

No caso das mineradoras de cobre, os preços estáveis, em conjunto com volumes mais altos, tendem a melhorar os resultados das companhias, assim como o real depreciado e os preços mais altos devem favorecer as empresas ligadas ao alumínio.

Por outro lado, o BofA acredita que as siderúrgicas mais expostas à América do Norte terão resultados mais fracos, dados os preços de referência mais baixos no trimestre para aços planos e longos, bem como volumes mais baixos devido à sazonalidade. Enquanto isso, no Brasil, os preços se recuperaram no trimestre, o que deve ajudar os resultados do aço, compensando parcialmente os volumes mais fracos.

Sobre as empresas de celulose, o BofA acredita que os resultados devem ser pressionados por preços mais baixos, parcialmente compensados pela depreciação cambial no trimestre.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 29/01/2025

 

Taxação do aço preocupa, mas setor de construção deve crescer 10%, diz Coopercon

A ameaça dos Estados Unidos de impor sobretaxa para o aço que venham de outros países pode causar um rearranjo no mercado, mas a expectativa é de que não impacte a indústria da construção no Ceará e o Valor Geral de Vendas (VGV) das construtoras suba 10% em 2025.

A avaliação é do presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon Ceará), Emanuel Capistrano, que destaca que o aço é um dos principais insumos do setor.

Vale lembrar que no ano passado a Coopercon realizou uma importação em grande quantidade para o setor de construção civil, reunindo os pedidos de diversas construtoras para conseguir melhor preço do que o praticado no mercado nacional.

"O preço do aço estava muito elevado. Contudo, no ano passado, com a importação realizada pela Copercon, conseguimos estabilizar e reduzir o valor em cerca de 40%. Hoje, o aço está girando em torno de R$ 6 o quilo para nós, da construção civil. Para você ter uma ideia, esse preço chegou a estar próximo de R$ 10 por quilo", explica.

O temor surge após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometer impor tarifas sobre chips de computador, produtos farmacêuticos e aço importados pelo país.

"Minha mensagem para todos os negócios do mundo é bem simples: venha produzir na América e vamos dar as menores taxas de qualquer nação. Mas se a decisão de vocês for de não produzir na América, simplesmente terão de pagar uma tarifa que deve direcionar até trilhões de dólares para o nosso Tesouro", disse nessa segunda-feira, 28.

Sobre a ameaça de Trump, Emanuel acredita que o mercado local conseguirá atravessar esse momento sem grandes impactos.

"Acreditamos que essa possível mudança poderá impactar, mas não de forma significativa para o setor", pontua.

Sobre a perspectiva de desempenho para as 134 construtoras cooperadas à Coopercon, lembra que 2024 foi "muito positivo", principalmente do ponto de vista de negociações, já que o grande propósito da entidade é unir grandes volumes de compras para obter preços mais competitivos, abaixo do mercado.

Atualmente, são 78 parceiros fornecedores e, segundo o presidente da Coopercon, 2025 deve ser ano de anúncios de projetos e início de construções.

"Estamos vendo um movimento forte de novas construções. Só aqui no Ceará, o programa Minha Casa Minha Vida está contratando 10 mil unidades. Em 10 a 12 meses, esses imóveis estarão prontos, o que deverá aumentar ainda mais as vendas e movimentar o mercado", afirma.

A grande questão do momento é o quadro macroeconômico de juros altos e preços em elevação.

A perspectiva da taxa Selic alcançar patamar próximo dos 15% até o fim do semestre é considerado preocupante, assim como o aumento dos níveis inflacionários em 2025 após ter estourado a meta em 2024.

Esse cenário gera aumento de preços aos construtores. "Normalmente, no início do ano, sempre há um acréscimo nos valores de insumos, mas nem sempre isso significa um impacto significativo. Alguns itens que preocupam são o cimento, o porcelanato e os elevadores. No caso dos elevadores, grande parte é importada, então depende muito do dólar e do aço, o que acaba impactando os custos. Esses são os insumos que mais exigem nossa atenção".

Fonte: O Povo
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 29/01/2025

 

5 expectativas para o setor de construção civil em 2025

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) prevê um crescimento mais moderado para o setor da construção civil em 2025, com uma expectativa de expansão de apenas 2,3%. Essa projeção representa uma desaceleração significativa em comparação ao crescimento de 4,1% registrado em 2024. A análise da CBIC destaca que os principais desafios enfrentados pelo setor incluem a elevada carga tributária e o alto custo da construção, que impactam diretamente a margem de lucro das empresas. Além disso, a alta nas taxas de juros dificulta o acesso ao crédito, enquanto a escassez de mão de obra qualificada continua a ser um obstáculo relevante.

Os fatores que influenciam essa expectativa incluem um cenário econômico nacional menos dinâmico, com projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em torno de 2% para 2025. A pesquisa Focus do Banco Central indica uma desaceleração na expansão econômica, passando de 3,39% em 2024 para 2% no ano seguinte. As taxas de juros elevadas não afetam diretamente as obras já contratadas, mas podem adiar investimentos privados e concessões, resultando em uma desaceleração mais acentuada na atividade da construção a partir do terceiro trimestre de 2025.

O mercado imobiliário deve continuar a apresentar resultados positivos devido ao programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" (MCMV), que se mostra como um protagonista no setor. Contudo, há preocupações com a contração do crédito habitacional para as classes média e alta. A possibilidade de aumento nos custos com mão de obra e insumos também é um fator que pode pressionar o setor. A CBIC alerta que o teto de preços do MCMV deve ser monitorado em relação aos custos crescentes para garantir a continuidade dos investimentos.

Em termos de mercado de trabalho, espera-se que a atividade do setor formal da construção cresça em 2025, refletindo o ciclo de expansão observado em anos anteriores. O aquecimento do mercado imobiliário em 2024, com um volume significativo de vendas, deverá repercutir em novas obras e manter o mercado de trabalho ativo. No entanto, os adiamentos nos lançamentos podem afetar não apenas o ritmo da construção em 2025, mas também nos anos subsequentes.

Além disso, o cenário internacional traz incertezas que podem impactar os custos e preços das commodities utilizadas na construção civil. Questões como as políticas econômicas dos Estados Unidos e os conflitos geopolíticos têm potencial para influenciar negativamente os preços dos insumos.

Em resumo, as expectativas para a construção civil no Brasil em 2025 refletem um contexto desafiador, marcado por uma desaceleração no crescimento econômico e por dificuldades estruturais que precisam ser enfrentadas para garantir a sustentabilidade do setor.

Para a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a expectativa é de um crescimento mais moderado para a construção civil em 2025, com uma projeção inicial de expansão de 2,3%. Este número revela a projeção de uma desaceleração significativa no setor, uma vez que em 2024 foi registrado um crescimento de 4,1% nas atividades relacionadas à construção civil. 

Atualmente os principais desafios que o setor enfrenta estão relacionados a elevada carga tributária e o alto custo da construção, fatores que impactam diretamente a margem de lucro das empresas. Além disso, o aumento das taxas de juros restringe o acesso ao crédito, enquanto a escassez de mão de obra qualificada continua sendo um obstáculo. Por favor, escreva um artigo explicando quais são as principais expectativas do ramo da construção civil no Brasil em 2025. Prompt: use texto corrido, não use bullets.

Fonte: Terra
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 27/01/2025