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O que explica o sobe-desce do preço do minério de ferro

A volatilidade na cotação do minério de ferro tem provocado verdadeiros altos e baixos nas ações das mineradoras e siderúrgicas listadas na B3. Num dia, a commodity dispara e ações sobem, noutro, derrapa e as ações cedem bastante, mas, afinal, o que justifica tamanhas oscilações e o que se pode esperar desse ativo para os próximos meses?

Fatores como a aprovação do pacote trilionário de infraestrutura nos Estados Unidos e o pagamento parcial de juros de três títulos em dólar realizado na última quinta-feira, 11, pela gigante Evergrande, que está à beira da falência e pode provocar um impacto gigantesco na cadeia imobiliária da China, trazer algum afago ao minério, mas a tendência, segundo os analistas, é de baixa.

“A expectativa de menor crescimento das economias globais em 2022 tende a puxar a cotação para baixo dos 100 dólares, isso é fato. A avaliação da variação do dia que a gente tem visto deve ser mais cautelosa em função de fatores específicos daquele dia, mas o pano de fundo disso tudo é a percepção de uma demanda menor para o próximo ano”, diz Evandro Bertho, sócio-fundador da Nau Capital. Em Dalian, o minério de ferro fechou a sexta-feira, 12, em queda de 1,6%, a 85,4 dólares, e registrou um recuo de quase 3% no acumulado da semana. Sem uma definição clara de para onde vai a Evergrande, o morde e assopra do mercado deve continuar.

Fonte: Veja
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/11/2021

Minério de ferro segue para 5ª queda semanal por preocupações com demanda da China

Os preços do minério de ferro estavam a caminho de uma quinta queda semanal consecutiva na sexta-feira, com as preocupações pela fraca demanda por matéria-prima na principal produtora de aço, a China, superando as esperanças de um afrouxamento nas restrições ao financiamento no setor imobiliário do país, abalado por dívidas.

O minério de ferro mais negociado para entrega em janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em queda de 1,6%, a 546,50 iuanes (85,48 dólares) a tonelada, e estava a caminho de uma queda semanal de quase 3%.

O contrato do minério de ferro para dezembro na Bolsa de Valores de Cingapura caía mais de 4%, para 88,35 dólares a tonelada, no início da manhã (horário de Brasília), com queda de cerca de 3% em relação à semana passada.

O minério de ferro spot na China foi negociado na sexta-feira a uma mínima de 18 meses, 90 dólares a tonelada, queda de cerca de 5% esta semana, de acordo com dados da consultoria SteelHome.

Os traders ficaram cautelosos após uma recuperação nos mercados futuros de elementos ferrosos da China na quinta-feira, impulsionada pelo China Evergrande Group fazendo pagamento de última hora para alguns detentores de títulos e conversas sobre um potencial afrouxamento do crédito no setor imobiliário. O setor é responsável por cerca de um quarto da demanda doméstica de aço.

"A questão é mais sobre os detalhes da implementação", disseram analistas da J.P. Morgan em uma nota, referindo-se às possíveis medidas de flexibilização do crédito.

Mesmo assim, a China se manterá firme nas políticas para conter o excesso de empréstimos por parte dos incorporadores imobiliários, ao mesmo tempo que faz ajustes de financiamento para ajudar os compradores de imóveis e atender à demanda "razoável" em meio a uma crise de liquidez em todo o setor, dizem banqueiros e analistas.

Somando-se às perspectivas pessimistas para a demanda de aço e minério de ferro da China, a ArcelorMittal --maior siderúrgica do mundo-- disse que prevê uma leve contração na demanda de aço chinesa em 2021, citando o setor imobiliário do país.

O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai caiu 2,3% após um salto de 5% na sessão anterior, enquanto a bobina a quente caiu 1%. O aço inoxidável caiu 2,1%.

O carvão metalúrgico em Dalian caiu 4,9%, enquanto o coque recuou 2,9%.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/11/2021

Congresso da Alacero discutirá sustentabilidade na indústria de aço

Nos dias 17 e 18 de novembro será realizado o Alacero Summit 2021 , um dos encontros mais importantes de todo o setor industrial da região. Esta edição será em formato virtual e terá como foco “O futuro da indústria em um mundo sustentável” em linha com um dos próximos desafios que a cadeia de valor do setor siderúrgico na América Latina terá que enfrentar: liderar a transição para uma única indústria. mais amiga do ambiente.

O congresso contará com a participação de palestrantes do mais alto nível e especialistas da região e do mundo que darão sua visão sobre a situação atual e os próximos desafios e oportunidades para que o setor siderúrgico continue trabalhando para ser uma indústria inovadora, responsável com o cuidado com o meio ambiente e a geração de empregos de qualidade e desenvolvimento integral para suas comunidades em toda a região. Entre eles estão Jeffrey Sachs , Diretor da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas; Xavier Sala-Martin , Professor de Economia na Universidade de Columbia e autor do Índice de Competitividade Global; Moises Naim, Diretor de Política Externa (1996 - 2010) e autor do best-seller "The End of Power"; eLuis Alberto Moreno , Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (2005 - 2020) e Diretor Gerente da Allen & Co LLC.

Além disso, Susan Segal , CEO Council of Americas, falará sobre o cenário político, social e econômico da América Latina, e Marcelo Spinelli , VP da Vale, falará sobre Sustentabilidade da Cadeia de Valor. Por outro lado, entre os principais palestrantes do setor estão Aditya Mittal, CEO da ArcelorMittal, e Paolo Rocca, CEO do Techint Group .

A esse respeito, Alejandro Wagner, Diretor Executivo da Alacero, explica: “a indústria do aço sempre foi a protagonista das grandes mudanças no mundo. Somos um dos principais motores do setor, promovemos a geração de mais de 1.200.000 empregos de qualidade em todos os cantos da América Latina e contribuímos para o desenvolvimento social, econômico e tecnológico das comunidades locais, dos países e da região em seu todo. Essa capacidade de liderar mudanças também está presente nos grandes desafios que temos pela frente. Conforme anunciado no recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, a sustentabilidade ambiental está em um ponto de inflexão e a indústria do aço já começou a caminhar para estar na vanguarda.

Mais informações: https://summit2021.alacero.org/

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/11/2021

Venda de implementos acumula alta próxima a 40%

Os implementos rodoviários somaram em outubro 13,3 mil unidades vendidas, o que resultou em uma pequena queda de 2,3% na comparação com setembro, que teve um dia útil a mais. Já a média diária de vendas subiu de 636 para 665 unidades nesse intervalo. No acumulado do ano já foram entregues 134,2 mil equipamentos, uma alta de 38,2% sobre o mesmo período do ano passado. 

Os números foram divulgados na terça-feira, 9, pela Anfir, associação que reúne os fabricantes do setor. O acumulado até outubro mostra que a venda anual vai passar das 160 mil unidades e atingir seu maior volume desde 2014. O setor também vai ultrapassar a projeção anual de 156 mil implementos, refeita há apenas dois meses pela Anfir.

“Esse resultado de dez meses deixa claro como o setor está conseguindo superar os obstáculos que têm surgido em sua jornada de recuperação”, afirma o presidente da entidade, José Carlos Spricigo, referindo-se a problemas com insumos como chapas de aço e pneus, por exemplo.

Reboques e semirreboques superam 75 mil unidades

Os reboques e semirreboques somaram até outubro 75,2 mil emplacamentos, registrando alta de 40,2% sobre o mesmo período do ano passado. Dentro dessa divisão, os implementos basculantes permanecem como o principal segmento em volume. Nestes dez meses foram emplacadas 20,4 mil unidades, revelando aumento de 51,8% pela comparação interanual.

Os implementos graneleiros/para carga seca cresceram menos, 18,2%, mas permanecem como o segundo maior em volume, com a entrega de 14,4 mil unidades no período.

Entre os equipamentos para o agronegócio, a menor alta anotada (15,3%) ocorreu nos canavieiros, com pouco mais de 1,5 mil emplacamentos. A venda de equipamentos para transporte de toras mantém o maior crescimento, 150,6% pela comparação interanual. Até outubro foram 1,9 mil unidades.  

Os baús para carga geral continuam apontando uma boa movimentação na indústria e varejo, com 8,8 mil unidades licenciadas e crescimento de 66,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Venda de carrocerias sobre chassi cresce acima de 35%

Nestes dez meses a indústria local entregou 59 mil carrocerias sobre chassi, anotando alta de 35,8% sobre o mesmo período de 2020. A venda desses equipamentos continua indicando a recuperação ou bom momento para diferentes setores da economia.

Somente de baús de alumínio/frigoríficos (usados no varejo e no transporte de perecíveis) foram entregues 25 mil unidades, 30% a mais que nos mesmos dez meses do ano passado. Os basculantes (para construção civil) anotaram crescimento de 44,5%, com 6,1 mil emplacamentos. A venda de betoneiras cresceu mais de 100%, com 1,3 mil equipamentos entregues. 

A Anfir também divulgou as exportações dos associados, com 3,6 mil unidades e alta de 129%, mas neste caso o número traz o acumulado apenas até setembro.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 10/11/2021

Consórcio busca liberar R$ 6 bi para metalúrgicas

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e a indústria automotiva vão pleitear junto ao governo de São Paulo a liberação de R$ 6 bilhões em créditos de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) que estão retidos. Para isso, é necessário que seja efetivamente colocado em prática o Programa Pró-Ferramentaria, que foi assinado pelo então governador Márcio França (PSB), em novembro de 2018, e regulamentado pela Secretaria da Fazenda em dezembro de 2019.

Ontem foi realizada reunião entre os representantes do Consórcio e da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) na qual foi debatido o futuro do  segmento na região.

Além do prefeito de Santo André e presidente do colegiado, Paulo Serra (PSDB), e do presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Aroaldo Oliveira da Silva, participaram do encontro o diretor de assuntos governamentais da Volkswagen e vice-presidente da Anfavea, Antonio Megale; a gerente de relações governamentais da Mercedes-Benz, Cristiane Guimarães; o diretor de relações institucionais e governamentais  da Scania, Gustavo Bonini; o gerente de assuntos governamentais da Toyota, Thiago Sugahara, e o diretor de relações públicas e governamentais da General Motors, Adriano Barros.

“Os problemas que estamos enfrentando não são somente da região, mas ocorrem em todo setor automobilístico mundial”, afirma Megale, em referência à falta de peças para a produção dos veículos. “Isso tem dificultado as montadoras de manterem o nível de produção mais estabilizado. O mercado está aí. Existem clientes, mas não conseguimos produzir em quantidades suficientes”, avalia o executivo.

“A injeção desses recursos vai contribuir para recuperar a indústria de ferramentaria do Grande ABC, que sempre teve um papel muito relevante, estimulando a geração de empregos de qualidade e renda para a região”, afirmou Megale.

O presidente da Agência de Desenvolvimento ressaltou a relevância do segmento na região, que conta com cerca de 255 mil trabalhadores na cadeia de produção automotiva, sendo 13 mil somente nas montadoras. “Não podemos perder a importância e o simbolismo da indústria automotiva para a região, assim como toda a sua cadeia produtiva”, disse Aroaldo Oliveira.

O presidente do Consórcio e prefeito de Santo André, Paulo Serra, afirmou que a entidade regional fará a articulação com o governo do Estado para destravar os recursos atualmente retidos. “O Consórcio vai intensificar o pedido junto ao governo do Estado para a liberação dos créditos de ICMS. Nosso objetivo é criar um ambiente favorável para a retomada da indústria automotiva do Grande ABC”, disse Paulo Serra.

Segundo o prefeito, “a ideia é fazer um calendário de planejamento para definir a liberação desse valor. Então, a missão inicial é essa reunião técnica, com dados, agendas técnicas e políticas e utilizar da força do Consórcio para que o calendário seja feito”, conta. 

O setor é responsável diretamente por 25% do PIB (Produto Interno Bruto) do Grande ABC.

Fonte: Diário do Grande ABC
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 10/11/2021

China responde por 45,6% das exportações mineiras

A China segue como maior parceiro comercial de Minas Gerais. O gigante asiático respondeu por 45,6% das exportações e 22,3% das importações do Estado no decorrer do terceiro trimestre deste exercício, mesmo diante do desaquecimento econômico mundial, que tem sido puxado justamente por aquele País.

No mesmo movimento, os Estados Unidos se mantiveram como segundo maior parceiro comercial do Estado, respondendo por 6% das exportações e 12,6% das importações. Ainda integram a lista do comércio exterior mineiro nas exportações: Barein (5,3%), Países Baixos (3,9%) e Argentina (3,1%). Nas importações, constam Argentina (6,8%), Rússia (6,1%) e Itália (5,1%).

Ainda segundo a análise da Fiemg, quanto à indústria de transformação, os principais produtos enviados à China foram carnes e preparações (36,7%), ferro e aço (32,7%) e açúcares, preparações de açúcar e mel (16,4%). Já para os Estados Unidos foram ferro e aço (60%), produtos químicos inorgânicos (9,8%) e celulose e resíduos de papel (6,2%).

Fonte: https://diariodocomercio.com.br/economia/