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Aço Verde do Brasil atinge venda total de laminados de aço no 3T22

A Aço Verde do Brasil S.A. (“AVB” ou “Companhia”) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2022 no dia 07 de novembro (segunda-feira), com destaques operacionais e financeiros do terceiro trimestre de 2022, recorde histórico de volume de vendas de laminados de aço, atingindo 92,4 mil toneladas, crescimento de 2,6% em relação ao segundo trimestre de 2022 e 60,8% em relação ao terceiro trimestre de 2021. Recorde histórico de receita líquida para um terceiro trimestre: R$462,3 milhões. Margem bruta de 38,7%, margem Ebtida ajustada de 41,7% e margem líquida de 31,8%. Lucro líquido de R$146,8 milhões. Manutenção dos níveis de alavancagem em 0,6x no terceiro trimestre de 2022, na relação dívida líquida/ Ebitda. Conquista, pelo segundo ano consecutivo, do Selo Ouro do programa Brasileiro GHG Protocol, uma ferramenta criada pela FGV EAESP - Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas para calcular as estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs) em nosso país.

A venda total de laminados de aço no terceiro trimestre de 2022 apresentou crescimento de 2,6% quando comparado ao trimestre anterior devido, principalmente, ao volume maior de vendas de vergalhão. Em relação ao terceiro trimestre de 2021, o volume total de venda de laminados de aço apresentou crescimento de 60,8% devido ao aumento no volume de vendas em todo o mix de produtos da Companhia, tanto no vergalhão quanto fio máquina.

A receita líquida do terceiro trimestre de 2022 apresentou redução de 23,2% em relação ao segundo trimestre de 2022, devido, principalmente, ao menor volume de venda de semiacabados, além da queda do preço no período analisado. Em relação ao terceiro trimestre de 2021, houve crescimento de 30,0% na receita líquida devido, principalmente, ao maior volume de vendas no terceiro trimestre de 2022, sendo parcialmente compensado pela queda do preço.

O custo do produto vendido (CPV), em valores absolutos, no terceiro trimestre de 2022 apresentou redução de 17,2% quando comparado com o trimestre anterior devido, principalmente, ao menor volume de vendas de semiacabados. Em relação ao terceiro trimestre de 2021, houve aumento de 64,8% no CPV devido, principalmente, ao aumento no volume de vendas no período. Em relação ao CPV em percentual da receita líquida, houve aumento de 4,4 p.p. em relação ao terceiro trimestre de 2022 e 12,9 p.p. em relação ao 3T21 devido, principalmente, à redução do preço e aumento dos custos das matérias primas no terceiro trimestre de 2022.

O Ebitda ajustado atingiu R$192,9 milhões no terceiro trimestre de 2022, redução de 30,8% em relação ao segundo trimestre de 2022. A margem Ebitda ajustada apresentou redução de 4,6 p.p., devido, principalmente, à (i) redução do preço, (ii) aumento dos custos das matérias primas, e (iii) aumento das despesas DVGA em percentual da receita líquida. Já em relação ao terceiro trimestre de 2021, o Ebitda ajustado permaneceu estável em R$192,9 milhões, sendo que a margem Ebitda ajustada sofreu queda de 12,5 p.p. devido, principalmente (i) ao aumento dos custos das matérias primas no período, (ii) redução do preço e (iii) maiores despesas com frete.

O lucro líquido atingiu R$146,8 milhões no terceiro trimestre de 2022, redução de 30,9% em comparação com o trimestre anterior. Já a margem líquida foi de 31,8% no terceiro trimestre de 2022, redução de 3,5 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2022. Esta redução se deve, principalmente, pela (i) redução do preço, (ii) aumento do CPV por tonelada, (iii) aumento das despesas DVGA em percentual da receita líquida e (iv) marcação a mercado do SWAP de IPCA para CDI. Já em relação ao terceiro trimestre de 2021 houve aumento de 1,5% no lucro líquido e queda de 8,9 p.p. na margem líquida. A queda na margem líquida se deve, principalmente ao (i) aumento do CPV por tonelada, (ii) redução do preço, e (iii) maiores despesas com frete.

A companhia milhões e manteve manutenção A s operações sua sólida estrutura de capital no terceiro trimestre de 2022, apresentando uma do grau de alavancagem (dívida líquida/ Ebitda LTM) em 0, dívida líquida de R$ 496,5 6 x de debêntures realizada s em abril de 2021 e junho de 2022, que dão lastro à CRAs da Companhia (R$250 milhões e R$400 milhões de valor de principal primeira e segunda , respectivamente) emissão de representava m 5 8,4 % da dívida bruta total da Companhia taxas pré-fixadas e 6 3,1 % em taxas pósno fixadas 3terceiro trimestre de 2022 . Atualmente, 3 6 , 9 % da dívida bruta total encontra, a um custo total de 96% do CDIse em e prazo médio de 4,29 anos. | https://avb.com.br

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 11/11/2022

Pesquisador brasileiro ganha prêmio por criar biofertilizante 100% sustentável

Há dez anos, o professor do Instituto de Química (IQ) da Universidade de Brasília (UnB), Brenno Amaro, dedica-se a pesquisas com materiais nanométricos. Entre seus projetos de destaque, está o voltado à produção da arbolina, uma nanopartícula com efeito bioestimulante e biofertilizante que aumenta a produtividade nas lavouras. A tecnologia foi desenvolvida nos laboratórios da UnB e validada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O professor é um dos fundadores da Krilltech, empresa especializada em nanotecnologia do ramo do agronegócio (AgTech) que aposta na arbolina como biofertilizante do futuro.

O produto 100% brasileiro é puro, atóxico, não bioacumulável e luminescente, capaz de aumentar a produção em até 40% e enriquecer a qualidade nutricional do alimento.

“O biofertilizante é composto por carbono orgânico, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio. É basicamente o que a planta precisa. Ele é ‘bio’ porque é atóxico, feito de material produzido na natureza. E é sustentável, portanto, não gera resíduos sólidos e nem líquidos na produção”, explicou Amaro em entrevista ao Conexão Planeta.

Em 2021, o professor foi escolhido para receber o Prêmio da Sociedade Brasileira de Química de Inovação Fernando Galembeck. O prêmio homenageia a competência e a capacidade inovadora e reconhece a atuação dos pesquisadores na ciência e tecnologia nacionais.

“Trata-se de mais uma grande oportunidade de mostrar à sociedade a importância do estímulo e do investimento na pesquisa e na inovação que, em sua esmagadora.

Fonte: JDV
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 11/11/2022

Brasil importa da China ‘modernidade’ e ‘miudezas’

Entre os dez produtos que a China mais exporta para o mundo, o Brasil está entre os dez principais clientes em dois: painéis solares e miudezas vendidas por e-commerce. Itens que mostram duas facetas importantes da China, apontam economistas. Uma, da segunda maior economia do mundo, líder em equipamentos de tecnologia desenvolvida no radar das energias renováveis, um dos temas mais caros do mundo atual. A outra, a do país asiático que o brasileiro conhece desde o início dos anos 90 pelos artefatos que é capaz de produzir de forma competitiva e que agora chegam cada vez mais via plataforma digital.

Os dois itens importados refletem também dois fenômenos brasileiros muito atuais. Um, da corrida pela geração distribuída de energia solar, parte dela para aproveitar vantagem tarifária. Outra, a do hábito mais intenso de comprar pela internet, inclusive pelo e-commerce transfronteiras, no qual despontam sites chineses como Aliexpress e Shopee.

Dos dez produtos que os chineses mais exportaram ao mundo de janeiro a setembro, o sexto item foram células voltaicas montadas em módulos ou painéis, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês). Do total de US$ 33,72 bilhões que a China embarcou em painéis solares no acumulado até setembro, US$ 3,85 bilhões - o equivalente a 11,4% - foram destinados ao Brasil, o segundo maior comprador do item, atrás somente da Holanda.

Também de janeiro a setembro, os “artigos de pequeno valor com procedimento aduaneiro simplificado”, registrados pelo governo chinês sob código 9804, foram o sétimo item mais exportado pela China ao mundo, no valor de US$ 25,3 bilhões. Para o Brasil vieram US$ 878,14 milhões e, a despeito de um câmbio não tão favorável para as importações brasileiras, o país ficou em oitavo dentre os dez maiores clientes da China nesse tipo de mercadoria.

Segundo a Câmara Chinesa de Comércio do Brasil, o código 9084 abrange produtos de uso pessoal adquiridos por comércio eletrônico que chegam ao país por courier, via transporte aéreo. Compras por e-commerce de produtos made in China, porém, podem ser registrados em outros códigos, conforme modal, valor e tamanho dos produtos, entre outras características.

Ainda dentro das exportações chinesas, o Brasil também tem desempenho relativamente bom em outros itens, como partes e acessórios de itens de informática. Esse é o oitavo item mais vendido pela China ao mundo, e os brasileiros estão em 14 º lugar no ranking dos maiores compradores.

“Os dados mostram na verdade uma dicotomia entre a China dos anos 2000, das miudezas da loja de R$ 1,99, que ainda povoa o imaginário popular, e a China do fim desse primeiro quarto de século”, diz Livio Ribeiro, sócio da BRCG e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O país asiático, diz, continua produzindo as miudezas, embora o avanço tecnológico tenha alterado a plataforma de comercialização. “Há quem compre lâmpadas em sites externos.”

Para Welber Barral, sócio da BMJ Consultores, a importação das miudezas chinesas reflete o grande mercado consumidor brasileiro que, depois da pandemia, aderiu mais às compras on-line e à facilidade de acesso a produtos mais baratos fortemente alardeada pelas campanhas de marketing das plataformas chinesas.

A produção de miudezas, porém, diz Ribeiro, vem diminuindo de peso dentro da estrutura chinesa de produção. “Porque a China tem uma meta estratégica de elevação na cadeia de valor que, em muitos aspectos, é induzida ou favorecida pela atuação estatal.” Ele explica que hoje há um processo de internacionalização da China, com produção de artefatos em grande escala cada vez maior comandada por companhias chinesas, mas com fabricação em outros países asiáticos com custo de produção unitário mais barato.

“Já o painel solar é fruto de políticas de promoção de produção chinesa, que remontam a meados da última década, quando houve um dirigismo estatal bastante específico para aumentar fortemente a produção de setores julgados como estratégicos”, diz Ribeiro. Há um debate muito grande sobre os preços praticados nessa comercialização de painéis solares, diz, já que há grande oferta existente não somente para a própria demanda chinesa como para a global. “Mas isso não muda o fato de os produtos terem combinação de qualidade e preço que é muito vantajosa. Sempre que você tem algum repique de demanda por produtos como esses no mundo, a oferta chinesa vaza porque é disparado o produtor de menor custo marginal e que tem excesso de oferta.”

Nos números de comércio brasileiro divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/ME), as importações de painéis solares também ganham espaço. Dados de janeiro a outubro mostram que as placas fotovoltaicas alcançaram US$ 4,27 bilhões em importações made in China, mais que o dobro do US$ 1,69 bilhão comprado em iguais meses do ano passado. A fatia dos painéis solares sobre as compras externas brasileiras de produtos chineses avançou de 4,4% para 8,4% do ano passado para 2022, sempre considerando os mesmos dez meses.

O que também tem incentivado essa importação, diz Barral, são os ex-tarifários concedidos a alguns painéis solares. O benefício, que trata de redução temporária da alíquota do imposto de importação, é estabelecido para bens de capital sem similar nacional. Outro aspecto que tem incentivado essa demanda, aponta, veio da Lei 14.300/2022. “Muitos equipamentos solares têm sido destinados às grandes usinas, mas há também a corrida provocada por essa lei”, diz Barral. Segundo a lei, consumidores interessados na energia distribuída de fonte solar devem pedir o acesso à rede da concessionária até o dia 6 de janeiro para garantir um subsídio tarifário até 2045.

O que torna a China grande fornecedor do Brasil, num espectro que vai das miudezas fabricadas em grande escala aos painéis solares, diz Ribeiro, está ligado a um processo de redução da participação relativa dos empregos industriais e do valor adicionado da indústria no PIB. “Trata-se de um processo global. Na América Latina e em algumas economias emergentes há um debate de que essa desindustrialização não resultaria de natural migração para o setor de serviços, que faria o tamanho da indústria diminuir.” Há diagnósticos diversos sobre o processo, mas o fato é que a indústria brasileira tem perdido tamanho e sofre competição de matrizes industriais externas que produzem a custos mais baixos, aponta Ribeiro.


Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 09/11/2022

IGP-DI desacelera queda a 0,62% em outubro com pressão maior ao consumidor, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) reduziu o ritmo de queda para 0,62% em outubro depois de ter apresentado queda de 1,22% no mês anterior uma vez que a pressão ao consumidor aumentou, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de um recuo de 0,74%, e o resultado levou o índice a acumular em 12 meses alta de 5,59%.

No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, teve queda de 1,04%, ante recuo de 1,68% no mês anterior.

“A inflação ao produtor segue em terreno negativo. Inúmeras commodities de peso estão registrando queda em seus preços”, disse o coordenador dos índices de preços, André Braz, citando minério de ferro (de -3,27% para -5,01%), leite in natura (de -6,92% para -8,17%), adubos ou fertilizantes (de -2,23% para -9,98%) e café (de -0,58% para -10,37%).

Mas a pressão para o consumidor em outubro aumentou, e Braz destacou que os preços dos combustíveis passaram a mostrar queda menos intensa. Os preços da gasolina tiveram queda de 1,44% em outubro, contra deflação de 8,68% no mês anterior.

Assim, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– passou a subir 0,69% no período, de variação positiva de 0,02% em setembro.

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou aceleração da alta em outubro, a 0,12%, de 0,09% antes.

O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

Fonte: Reuters
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 09/11/2022

 

Aumento de casos de Covid-19 confronta esperanças por reabertura na China, mas por que minério de ferro segue em alta?

De um lado, notícias (que ganharam força no final da semana passada) de que a China finalmente flexibilizará a sua política de Covid-zero. Do outro, informações divulgadas no fim de semana de alta de casos no gigante asiático e de que o país, segundo autoridades, seguirá com o  seu compromisso com medidas rígidas de contenção do Covid.

Enquanto isso, o minério de ferro, notoriamente o contrato futuro para janeiro negociado na Bolsa chinesa de Dalian, seguiu em alta nesta terça-feira (8), nas máximas em duas semanas, após uma última semana de recuperação expressiva.

Nesta terça, o contrato do minério mais negociado em Dalian encerrou as negociações diurnas com alta de 2,6%, a 680 iuanes (US$ 93,80) a tonelada, depois de atingir seu maior nível desde 24 de outubro nas negociações intradiárias, a 683 iuanes.

Desta forma, mineradoras e siderúrgicas também registravam ganhos na B3 nesta sessão, com Vale (VALE3) subindo 1,96%, a R$ 73,28, por volta dasd 10h50 (horário de Brasília), enquanto CSN Mineração (CMIN3) subia mais de 7%, esta última também por conta da divulgação de dividendos e juros sobre capital próprio no valor de R$ 2,44 bilhões. Usiminas (USIM5) avançava mais de 1%, enquanto CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) operavam próximas à estabilidade.

Na última semana, notoriamente na sexta, o minério teve forte alta, impulsionando as empresas do setor de mineração, siderurgia e também as petroleiras na B3,

A Bloomberg News publicou ainda na última sexta que a a China estaria trabalhando em um plano para encerrar um sistema que proibia a entrada de voos com passageiros infectados com o vírus da Covid-19. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse no dia, porém, que não estava ciente da reportagem. As políticas de Covid da China são consistentes e claras, afirmou Zhao a repórteres em um briefing diário em Pequim.

Assim, a China reafirmou sua adesão a uma abordagem de “limpeza dinâmica” para os casos de Covid-19 assim que surgirem, frustrando as esperanças de uma rápida reabertura da economia.

Neste sentido, novos casos de coronavírus foram reportados em Guangzhou e outras cidades chinesas, com o centro de manufatura global se tornando o mais recente epicentro da Covid-19 da China.

As novas infecções transmitidas localmente na China subiram para 7.475 em 7 de novembro, ante 5.496 no dia anterior, no maior nível desde 1º de maio.

Contudo, o que explica a persistência da alta do minério de ferro?

O rali da commodity parece carecer de apoio dos fundamentos, já que as restrições da Covid-19 e os próximos cortes na produção de aço no inverno provavelmente reduzirão a demanda.

O Wall Street Journal reforçou em matéria que os líderes chineses estavam considerando medidas para a reabertura após quase três anos de duras restrições devido à pandemia, mas estavam avançando lentamente e não estabeleceram cronograma.

Neste sentido, as expectativas de analistas do mercado, mesmo com as notícias da semana passada de reabertura, eram de que o movimento seria lento, com a reabertura ganhando força apenas no ano que vem.

“Acreditamos que o relaxamento das medidas existentes é mais provável após 2022”, disseram economistas do ING.

O Bradesco BBI reforça que a incerteza permanece em relação à estratégia de contenção da Covid.

“De fato, houve alguns indícios de que as autoridades chinesas pelo menos iniciaram um diálogo sobre como começar a flexibilizar. Autoridades estão debatendo como podem reduzir a quarentena obrigatória de hotéis para viajantes que chegam, enquanto o regulador do setor de aviação também incentivou empresas estatais a aumentar osvoos. Na frente da vacina, o chanceler alemão Olaf Scholz deu a primeira indicação de que a China pode estar disposta a usar vacinas estrangeiras mais eficazes, quando disse na sexta-feira que o país concordou em disponibilizar a vacina da BioNTech SE para estrangeiros que vivem lá. Por enquanto, no entanto, as restrições permanecem em vigor”, aponta o banco.

Um lockdown de sete dias foi ordenado na maior fábrica de iPhone do mundo em Zhengzhou, centro da China, enquanto um distrito do centro manufatureiro do sul, Guangzhou, ficará fechado até sexta-feira. Cidades do noroeste têm restrições há meses.

Contudo, avaliam os analistas do BBI, ao menos houve os primeiros sinais de que o governo está considerando algumas medidas de flexibilização, o que é uma sinalização positiva. “Nós esperamos que a a política de Covid-zero seja flexibilizada gradualmente ao longo de 2023, o que deve ajudar a apoiar o crescimento econômico chinês e os preços das commodities”, reforçam.

O Goldman Sachs, por sua vez, cita que o Diário do Povo da China, um dos veículos que faz a comunicação estatal, indicou também na última semana que a maior parte dos casos de Covid registrados ultimamente é leve.

“Alterar a comunicação oficial para aliviar os temores da população em relação ao coronavírus é uma das condições necessárias para a reabertura,  entre outros preparativos médicos. No entanto, conforme sinalizado pela própria China, o governo ainda precisa manter sua política de zero Covid até que todos esses preparativos sejam feitos. Isso pode levar alguns meses, em nossa opinião, e continuamos esperando a reabertura para o segundo trimestre de 2023, em linha com nosso cenário-base anterior”, ressaltou o banco.

Assim, analistas de mercado já esperavam que a reabertura fosse se dar em passos bastante lentos e monitorarão de perto as próximas sinalizações do governo chinês.

Sobre o minério de ferro, analistas internacionais destacam  ainda que a alta também pode ser atribuída a um movimento “técnico” dos contratos futuros da commodity, uma vez que em Dalian rompeu a resistência nos 673 yuans, segundo a corretora de commodities Marex, significando um ponto de entrada para compra, caso haja força dos preços.

Ainda assim, muitos analistas seguem cautelosos. “O recente rali de ativos e moedas ligado às perspectivas da economia da China na expectativa de que as autoridades chinesas relaxem sua política de ‘Covid zero’ provavelmente não durará”, disse a Capital Economics em nota.

Fonte: Infomoney
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/11/2022