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Pequenos produtores rurais poderão contar com maquinário agrícola para ajudar na produção em Resende

Os pequenos produtores rurais do município poderão contar com a ajuda da prefeitura para auxiliar na produção. O Plenário aprovou a indicação do presidente do Legislativo, o vereador Reginaldo Paulo da Silva, o Reginaldo Engenheiro Passos (Podemos) solicitando que o Poder Executivo faça um estudo de viabilidade para disponibilizar, gratuitamente, máquinas agrícolas, tratores e afins, para pequenos produtores rurais. O presidente ainda chamou para serem signatários da propositura os vereadores Soraia Balieiro (PSD), Nélson da Silveira Diniz (União Brasil) e Fábio Lucas de Almeida (Avante).

De acordo com o vereador Reginaldo Engenheiro Passos a proposta visa criar uma política de estímulo para cada etapa da produção rural no município.  O subsídio do serviço de maquinário é um desses benefícios. “O programa prevê a disponibilização gratuita de maquinários para cada produtor, exaltando a importância da agricultura familiar. A proposta é de valorização dos produtores rurais, dando oportunidade para aumentarem suas produções e consequentemente a renda de cada um, fortalecendo muito essa área”, explicou o presidente. Ele disse ainda que  é de extrema importância a prefeitura implementar programas que fortaleça a cadeia produtiva, ajudando os trabalhadores do campo a produzir, e ao mesmo tempo vender seus produtos dentro do próprio município, melhorando assim o orçamento financeiro de cada um. “Destaca-se que o trabalho das máquinas sem qualquer tipo de custo para os produtores rurais será uma iniciativa muito positiva. Temos pessoas que produzem todo tipo de cultura agrícola propícia para região e com isso, terão um incentivo a mais para melhorar suas produções”, complementou o parlamentar.

MANUTENÇÃO DA ESTRADA DA PARTE ALTA DO PARQUE NACIONAL

Em outra indicação, o vereador Reginaldo Engenheiro Passos, solicita a prefeitura que seja feita, junto ao Departamento de Estrada e Rodagens (DER), a manutenção da RJ- 485, Estrada da Parte Alta do Parque Nacional do Itatiaia, no distrito de Engenheiro Passos. “A estrada está localizada na divisa os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, porém no domínio de Resende. Visitado por milhares de pessoas anualmente, o Parque Nacional do Itatiaia conta com o Pico das Agulhas Negras, o ponto mais alto do Brasil, o que atrai turistas e amantes das montanhas, mas tendo uma via com seu estado precário, dificulta muito a visita de todos ao local”, justifica o vereador.

Fonte: A Voz da Cidade
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 09/08/2022

 

Mineradoras de MS devem superar R$ 5 bilhões em investimentos nos próximos dois anos

Os investimentos das mineradoras em exploração, ampliação e prospecção em Mato Grosso do Sul deverão superar R$ 5 bilhões nos próximos dois anos. O Estado é rico em matéria-prima em regiões como Corumbá, Ladário, Miranda, Bodoquena, Bonito e Porto Murtinho.

A estimativa positiva é da Semagro (Secretaria de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar) com base em dados obtidos junto as empresas minerais de agregados, ferro, manganês, cobre, calcários, fosfatos, rochas ornamentais, água mineral e reminerilizadores (usado como fertilizantes, e de suma importância para uma agricultura sustentável). 

O secretário Executivo da MS Mineral, Eduardo Pereira destaca que o Governo está muito confiante nos investimentos das mineradoras existentes e as novas empresas que estão chegando. “No Estado, estas empresas podem injetar US$ 1 bilhão no período de 2022 a 2024. Um deles o antigo Complexo Centro Oeste a Vale, que produziu em média 2,7 milhões de toneladas/ano, e agora controlada pelo Fundo J&F, poderá aumentar a extração deste mineral para 3,5 milhões já no primeiro ano, para atender o aumento da demanda nacional e internacional”, afirmou. Segundo dados da ANM- Agencia Nacional de Mineração, até julho no Estado foram emitidas 72 requisições de pesquisa, 21 Alvarás de Pesquisas e 10 requerimentos de licenciamento até maio/2022.

O secretário Jaime Verruck está bastante otimista com o avanço no segmento. “Estamos muito confiantes nestes investimentos. Temos a maior reserva de manganês do País, a 2ª maior reserva de calcários e a 3ª maior reserva de ferro de alto teor. Isso atrai investimentos nacional e internacional” afirmou.

Ele destaca ainda que aliado a este potencial mineral, o Estado está situado no coração da América do Sul, em posição estratégica de logística e com grandes projetos em andamento nos modais de transporte. “Estamos em parceria com o Paraguai, Argentina e Chile na construção da Rota Bioceânica, que vai encurtar o caminho para a Ásia em 15 dias. Temos investido muito na logística, construindo novas rodovias, portos e estamos reorganizando o sistema ferroviário, o que nos tornará muito competitivos no mercado nacional e internacional, diz Verruck.

No País, os investimentos da indústria de mineração deverão somar US$ 40,44 bilhões no período de 2022 a 2026, estimou o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O montante para o quinquênio, divulgado pela primeira vez, indica uma queda de quase US$ 900 milhões na comparação com a projeção de investimentos para o período de 2021/2025, conforme dados do IBRAM.

Segundo o Geólogo Luís Antônio Vessani, Diretor do IBRAM e CEO da Edem Mineração, instituto que representa as mineradoras que atuam no Brasil, a maior parte dos investimentos, ou 54%, é referente a aportes que ainda estão programados, enquanto 46% do montante se refere a projetos já em execução. Pouco mais de 10% dos investimentos são em projetos socioambientais para o quinquênio.

Minério de Ferro 

O Estado detém a terceira maior reserva de minério de ferro de alto teor do Brasil nos municípios de Corumbá e Ladário. Com isso os investimentos em minério de ferro, produto que lidera os aportes financeiros no Brasil e em Mato Grosso do Sul estão estimados em aproximadamente em US$ 450 milhões, sendo US$ 400 milhões em projetos novos e ampliação das estruturas existentes e R$ 50 milhões em pesquisas e prospecção de novas áreas mineralizadas. Hoje atuam no Estado as empresas: Vale (J&F), Vetorial, 3ª Mining e

Minério de Manganês 

O MS tem a maior reserva do Brasil em manganês de alto teor acima de 44%, nos municípios de Corumbá e Ladário. Hoje temos a Vale que suspendeu as operações de manganês, mais que a nova Controladora da Vale Centro Oeste, a J&F deverá voltar a explorar e pesquisar novas áreas mineralizadas dentro de seus requerimentos. As empresas MPP Mineração e 3A Mining vão pesquisar em seus requerimentos também o manganês no Morro Tromba dos Macacos e no Morro do Rabicho, investimentos previstos de US$ 50 milhões para pesquisas (geofísica e sondagens) e extração do mineral. 

Cobre 

Atualmente o Estado conta com vários requerimentos na região de Porto Murtinho, que juntos somam mais de 15 mil hectares de áreas a serem prospectadas e pesquisadas nos Terrenos de Domínio Rio Apa, investimentos aproximados de US$ 30 milhões. 

Rochas Ornamentais

O setor tem várias empresas com requerimento de pesquisas e outras já explorando mármores, quartzitos e granitos, nos municípios de Porto Murtinho, Bonito, Bodoquena, Miranda, Ladário e Corumbá, investimentos em pesquisas, Instalações e extração de US$ 100 milhões.

Fosfato

Na Serra da Bodoquena o MS conta com jazimentos de Fosfato com teores médio de 12% a 18%, com investimentos iniciais na ordem de US$ 50 milhões em prospecção, pesquisas, extração e ampliação de estruturas existentes. Existem atualmente mais de 100 mil hectares de áreas sendo pesquisadas e a pesquisar, nos municípios de Miranda, Bodoquena e Bonito, temos mais de 80 milhões de toneladas de Fosfato medida nas jazidas da empresa E2 Mineração Ltda. (Edem Mineração), que tornam o Estado autossuficiente neste fertilizante. 
Calcários Calcíticos e Dolomiticos

O Estado tem a segunda maior reserva de Calcário do Brasil, de suma importância para o agronegócio sul mato-grossense, e abriga também duas fabricas em operação da indústria cimenteira (Bodoquena e Corumbá), e uma outra planta industrial em processo de investimento no município de Bela Vista. Investimentos da ordem de US$ 180 milhões;

Agregados da Construção Civil 

Argila, Areia, Cascalho e Brita têm vários projetos em estruturação, com investimentos em pesquisas, prospecção e extração na ordem de US$ 10 milhões. 

Água mineral

Nas cidades de Itaquirai e Bela Vista, há duas novas empresas em instalação de extração, envasamento e distribuição de Agua Mineral, com investimentos de US$ de 5 milhões.

Reminerilizadores

São rochas silicáticas moídas que quando adicionados ao solo, podem melhorar as propriedades físicas e biológicas do solo. E são usadas na agricultura, silvicultura e na pecuária, temos vários projetos sendo estruturados e remodelados para atender a demanda dos produtores por um produto sustentável, investimentos previstos em prospecção, pesquisa e extração, na ordem de US$ 130 milhões, nos municípios de Dourados, Terenos, Inocência e São Gabriel do Oeste.

Fonte: O Pantaneiro
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 05/08/2022

 

Nippon Steel registra lucro líquido cresce 42,5% no 1º trimestre fiscal, para US$ 1,72 bilhão

A Nippon Steel registrou lucro líquido de 230,9 bilhões de ienes (US$ 1,72 bilhão) no primeiro trimestre fiscal de 2022, encerrado em 31 de julho, alta de 42,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita cresceu 27,7%, para 1,91 trilhão de ienes (US$ 14,23 bilhões).

Segundo a empresa, os preços de mercado de minério de ferro e carvão metalúrgico dispararam devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia e a interrupções intermitentes no fornecimento relacionadas ao clima, o que levou os preços de contrato no primeiro trimestre a níveis recordes.

A produção de aço da companhia japonesa ficou em 10,33 milhões de toneladas, queda de 13% na comparação anual, enquanto os embarques de produtos de aço totalizaram 8,19 milhões de toneladas, baixa de 10,9% na mesma base de comparação.

A Nippon Steel diz que a economia da China está claramente desacelerando, a cadeia de suprimentos global permanece instável e imprevisível mesmo após afim dos bloqueios na China, e a demanda mundial de aço e preços de mercado seguem fracos.

No Japão, mercado doméstico da empresa, preocupam as interrupções da cadeia de suprimentos, aumentos de preços de energia e materiais e a depreciação do iene que leva ao agravamento do déficit comercial do país.

Para o ano fiscal de 2022, a empresa prevê produção de mais de 35 milhões toneladas de aço e embarque de mais de 32 milhões, com lucro operacional de mais de 800 bilhões de ienes.

A Nippon Steel planeja distribuir um dividendo de 70 ienes por ação no final do primeiro semestre, atingindo um recorde, o mesmo do ano fiscal de 2021, como dividendo intermediário. As ações da Nippon Steel fecharam em queda de 1,18% na Bolsa de Tóquio.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 05/08/2022

 

Gerdau vê impacto de custos maiores de carvão no 3º tri, mas ano deve ser “histórico”

A Gerdau espera um impacto maior de custos de carvão no terceiro trimestre, mas ainda assim tem otimismo de que poderá entregar em 2022 um resultado pelo menos em linha com o desempenho recorde do ano passado, afirmou o presidente do grupo siderúrgico, Gustavo Werneck, nesta semana.

O otimismo do executivo ocorre apesar de temores nos mercados de recessão nos Estados Unidos e riscos de queda na demanda por aço no Brasil diante da alta dos juros que tem afetado segmentos como o varejo de construção civil, concentrado por reformas e pequenas obras.

“A demanda no Brasil segue bem estável. O Brasil, independente da política, tem um fundamento de negócios bastante robusto. Não vemos grandes alterações na demanda, mas um período mais volátil”, disse Werneck em conferência com jornalistas. “Vamos entregar um ano que vai ser um ano histórico para a Gerdau”, afirmou.

Anteontem a companhia divulgou alta de 46,2% no lucro líquido do segundo trimestre ante os três meses encerrados em março, praticamente em linha com as expectativas do mercado, à medida que conseguiu repassar as elevações de preços vistas nos mercados internacionais.

Segundo Werneck, tirando o efeito do ano passado, em que clientes promoveram um movimento de recomposição de estoques, a demanda em geral por aço no terceiro trimestre no Brasil deve se manter estável, com a queda no autoconsumo da construção sendo compensada por segmentos como máquinas, veículos pesados, energia e infraestrutura.

Nos Estados Unidos, a empresa viu mais recentemente uma queda no número de pedidos de clientes, mas a carteira de encomendas da empresa no país “segue muito saudável”, com a capacidade produtiva das usinas totalmente ocupada, disse o executivo.

“Temos muita confiança de que independente do tamanho dessa recessão ela vai ter menos impacto do que já teve no passado”, disse Werneck, citando o pacote de investimento de infraestrutura aprovado no final do ano passado pelo governo de Joe Biden no valor de mais de 1 trilhão de dólares. Segundo o presidente da Gerdau, o pacote vai gerar uma demanda adicional por aço nos EUA da ordem de 5 milhões de toneladas.

Questionado sobre sua expectativa para 2023, Werneck afirmou que a visibilidade ainda é baixa, mas afirmou que alguns setores como o varejo de construção “vão sofrer mais” que outros como indústria de máquinas e infraestrutura. “Isso, mais o pacote dos EUA, vai nos permitir ter um 2023 bom. Ainda vai ser um ano bastante positivo”, afirmou.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 05/08/2022

 

STF valida cobrança de taxas de exploração de minérios

Os Estados de Minas Gerais, Amapá e Pará conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) validar a cobrança de taxas para a fiscalização da exploração de minérios. A decisão, dada ontem por maioria de votos, no retorno do recesso, mantém uma arrecadação bilionária para os governos estaduais.

Essas taxas são cobradas há mais de uma década. Em Minas Gerais e Pará, vigoram desde abril de 2012 e a estimativa, na época, era de que os dois Estados arrecadariam, juntos, cerca de R$ 1,1 bilhão por ano — Minas Gerais ficaria com R$ 450 milhões.

A cobrança foi analisada por meio de três ações movidas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) contra normas que instituíram a Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários, a TFRM (ADIs 4785, 4786 e 4787). Para a CNI, os Estados não poderiam cobrar taxa de mineração — atividade que só deveria ser fiscalizada pela União.

O tema começou a ser julgado no Plenário Virtual. Já havia, na ação contra Minas Gerais, maioria formada contra os contribuintes. Passou para ser analisado presencialmente a pedido do ministro Luiz Fux, presidente do Supremo. As leis editadas pelos Estados do Pará e do Amapá não tinham sido pautadas no Plenário Virtual.

Os relatores das ações, ministros Edson Fachin, Luiz Fux e Nunes Marques, votaram a favor dos Estados. Entenderam que podem cobrar a taxa por exercerem poder de polícia (fiscalização), previsto no artigo 145, inciso II, da Constituição.

Segundo o ministro Edson Fachin, além de o Estado poder exercer esse poder de polícia, a taxa não poderia ser considerada confiscatória nem irrazoável, como alegou a CNI, até porque representaria apenas 1% da receita bruta das empresas do setor. Para ele, tragédias como a de Mariana e de Brumadinho, em Minas Gerais, demonstram a importância de se investir em fiscalização.

Os relatores foram acompanhados pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. O ministro Dias Toffoli estava ausente, mas votou no Plenário Virtual com o relator. Por isso, seu voto só será calculado na ação contra Minas Gerais.

O ministro Luís Roberto Barroso abriu a divergência. Para ele, apesar do exercício regular do poder de polícia pelos Estados, deveria haver uma proporcionalidade entre o valor cobrado e o custo da atividade estatal. Ele deu o exemplo de Minas: a estimativa de arrecadação anual era de R$ 450 milhões, o que seria o triplo do orçamento das secretarias e órgãos ambientais para a fiscalização, que era de R$ 157 milhões.

“O Estado pode e deve instituir a taxa, mas ela tem que ser proporcional à atividade estatal. Do contrário deixa de ser taxa e passa a ser um tipo de tributação. A taxa só se legitima como custo da fiscalização”, disse o ministro.

O ministro Gilmar Mendes acompanhou a divergência. No caso de Minas Gerais, seguiu também o ministro Marco Aurélio (aposentado). Ontem, em seu lugar, votou nos outros processos contra Amapá e Pará, o ministro André Mendonça, no mesmo sentido.

De acordo com o advogado Fernando Scaff, sócio do Silveira Athias Advogados, que assessora mineradoras, o julgamento abriu a possibilidade para que todos os Estados e municípios cobrem taxas semelhantes e fiscalizem ao mesmo tempo.

Apesar de os Estados que mais concentram a mineração de ferro já cobrarem, outros governos, como o da Bahia, o de Goiás e o de São Paulo, por exemplo, podem instituir taxas semelhantes, afirma o advogado. “No julgamento falou-se muito do minério de ferro, mas em São Paulo, por exemplo, tem muito minério de construção como pedra, brita e areia”, diz ele, acrescentando que a decisão deve trazer impacto para toda a cadeia produtiva.

O julgamento, segundo o advogado, misturou a fiscalização ambiental com a mineração, o que, segundo o inciso IX do artigo 20 da Constituição Federal, seria bem da União, única que deveria fiscalizar. “É uma lástima que [as tragédias de] Mariana e Brumadinho tenham ocorrido, mas só quem teria esse poder de fiscalizar seria a União”, afirma o advogado.

Procurada pelo Valor, a assessoria de imprensa da CNI não deu retorno até o fechamento da edição.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/08/2022