Notícias

Reposição coloca minério perto de maior ganho semanal em 2 meses

O minério de ferro segue rumo à maior alta semanal em quase dois meses, impulsionado pela expectativa de reposição de estoques de usinas chinesas e menor oferta global.

A matéria-prima subiu esta semana em reação ao corte da estimativa de produção pela Vale e melhor cenário para a demanda de usinas. Ainda assim, os preços caíram mais da metade desde a máxima em maio e fecharam novembro com período recorde de perdas mensais sob o peso de restrições na China, que encolheram o consumo a longo do ano.

Com melhores margens de lucro, siderúrgicas têm conseguido repor estoques de curto prazo, disse Wang Haitao, analista da Huatai Futures. Mas, no longo prazo, os volumes e consumo de aço moderados criam um cenário baixista para os preços do minério de ferro.

Investidores também precisam monitorar o impacto dos recentes surtos de Covid-19 sobre consumidores de aço bruto, disse Wang. A China registrou 73 infecções por coronavírus em 1º de dezembro e fechou uma fronteira ferroviária com a Mongólia devido ao surto. O governo chinês disse que está pesquisando uma vacina contra a ômicron, embora ainda não tenha divulgado casos da variante.

No lado da oferta, os embarques no mês passado permaneceram fracos devido às fortes chuvas no Brasil, em ambos os sistemas Norte e Sul da Vale, de acordo com a empresa de rastreamento de granéis sólidos DBX Commodities. A intensa atividade de manutenção em Port Hedland, na Austrália, também afetou as exportações da BHP e Fortescue Metals, disse.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/12/2021

Os pilares da construção civil para 2022

Gerenciamento estratégico e resiliência: esses foram os pontos de apoio que fizeram com que o mercado imobiliário e o setor da construção civil se adaptassem rapidamente aos impactos da pandemia desde o último ano. Hoje, ambos colhem os frutos das mudanças implementadas e já traçam novas perspectivas para o segmento.

Mesmo com a chegada da pandemia, o mercado imobiliário protagonizou o melhor índice de vendas dos últimos sete anos. De acordo com relatório recente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), as vendas de imóveis no país aumentaram 26,1% em 2020.

Já a construção civil superou as expectativas, com uma estimativa de crescimento em 4% no PIB do setor, o maior desde 2013, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Outro dado relevante é a geração de emprego, que acumulou em maio de 2021 mais de 2 milhões de trabalhadores com carteira assinada. A oferta de vagas também teve crescimento. Conforme relatório da CBIC, foram abertos cerca de 15% novos postos de trabalho em relação a janeiro de 2020.

É possível ver os efeitos positivos da construção civil também na economia. As projeções da CBIC mostram que em cada R$ 1 milhão de residências entregues, cerca de 3,31 empregos são gerados no pós-obra, o que contribui para um adicional de R$ 0,16 no PIB e R$ 0,08 em tributos. Além disso, o segmento residencial da construção civil tem capacidade de expandir os resultados.

No processo pós-obra, após a entrega das edificações, o setor consegue gerar 36% a mais de demandas para diversos outros setores da economia, incluindo a própria construção.

Construindo o futuro alicerçado no presente

A prosperidade do setor não se limita apenas a números. Se foi possível um crescimento durante a pandemia, muito se deu devido ao investimento em modernização e inovação. Agora, o desafio é manter a construção civil impulsionada e em plena ascensão. Para isso, o uso da tecnologia e a adoção de uma agenda sustentável são elementos cruciais.

É o que aponta o levantamento feito com líderes empresariais pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em setembro de 2021. O estudo mostra que 80% das empresas de grande e médio porte que inovaram em 2020 e 2021 tiveram um ganho de lucratividade, produtividade e competitividade.

Além disso, o impacto da construção civil ao meio ambiente é um dos temas que está em alta. Embora essa não seja uma pauta recente, a exploração e uso irrestrito dos recursos naturais está ganhando mais força e visibilidade. Se antes a sustentabilidade era apenas um diferencial competitivo, hoje ela se torna uma iniciativa vital para todos os setores produtivos. Mais economia, atração de grandes investimentos e oportunidade de novos negócios são apenas alguns desses benefícios.

Já no campo da tecnologia, temos a expansão das construtechs, empresas focadas em soluções para o mercado imobiliário e de construção civil. Com inovações disruptivas, essas startups proporcionam ao setor soluções que possibilitem um gerenciamento mais estratégico do negócio.

Apesar dos desafios que o mercado imobiliário e de construção civil ainda têm pela frente, especialistas afirmam que esses segmentos são um pilar essencial para a recuperação da economia brasileira nos próximos anos. Para isso, aliar o tradicional ao inovador pode ser uma grande estratégia.

Fonte: NSC Total
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 02/12/2021

Contratos futuros do aço fecham em baixa na China por temor com variante Ômicron

Os contratos futuros do aço na China foram negociados em uma faixa estreita, nesta segunda-feira, por temores com a demanda devido à nova variante do coronavírus Ômicron, enquanto os preços do carvão metalúrgico e do coque caíram após uma queda nos futuros do carvão térmico.

“Afetados pela nova variante do coronavírus, os preços do aço caíram durante a sessão noturna por causa do pânico”, escreveu a GF Futures em uma nota, acrescentando que o impacto real na demanda e no fornecimento do metal industrial pode ser limitado.

Analistas da CITIC Futures também observaram que os preços das commodities podem ser pressionados pela situação de pandemia no curto prazo, mas serão apoiados pela flexibilização da política de propriedade na China no longo prazo.

O vergalhão de aço na Bolsa de Futuros de Xangai, para entrega em maio, caiu 0,9%, para 4.145 iuanes (649,19 dólares) por tonelada, após queda de 2,5% na sexta-feira.

O contrato de janeiro das bobinas a quente, usadas no setor de manufatura, recuou 0,9%, para 4.533 iuanes por tonelada.

Os futuros do aço inoxidável de Xangai caíram 2,6%, para 17.170 iuanes por tonelada.

Os preços dos ingredientes para produção de aço na Bolsa de Commodities de Dalian fecharam mistos.

Os futuros do minério de ferro de referência saltaram 4,8%, para 615 iuanes por tonelada, devolvedo parte da alta anterior de 6,1%. O contrato caiu 6,7% na sexta-feira.

Os preços spot do minério de ferro com 62% de teor de ferro para entrega na China, compilados pela consultoria SteelHome, subiram 3 dólares, a 105 dólares a tonelada nesta segunda-feira.

Os futuros do carvão metalúrgico e do coque acompanharam a queda nos preços do carvão térmico, que despencou 7,7% no início da sessão, com o governo sinalizando mais regulamentações de preços.

O carvão metalúrgico e o coque caíram 2,1% para 2.048 iuanes por tonelada e 2,8% para 2.599 iuanes por tonelada, respectivamente.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 29/11/2021

MVV realiza 1º embarque de minério e se consolida no mercado de “metais verdes”

Mais um marco atingido no sábado, dia 27 de novembro de 2021. A Mineração Vale Verde (MVV), empresa do Grupo Appian Brazil, está vivenciando mais um importante passo na caminhada do empreendimento em Alagoas — tanto na história da MVV, como na do povo alagoano.

A MVV realizou, nesta data, o primeiro embarque de minério a partir do Porto de Maceió.

“De forma segura, responsável e inteligente, a MVV inaugura mais esse novo momento da história da empresa e do Estado de Alagoas. Agradecemos todos os envolvidos, sejam investidores, empregados(as), prestadores de serviço, empresas parceiras e os representantes das esferas públicas do Estado e região onde estamos inseridos. Cada um e cada uma deram sua contribuição para que este sonho se firmasse no solo fértil da cidade de Craíbas — com a instalação da nossa planta de beneficiamento — e agora ganhando os mares. Alagoas contribuirá para a revolução energética que estamos vivenciando, trazida por ‘metais verdes’ como este”, diz o gerente geral de Operação da MVV, Tony Lima.

O transporte de concentrado de cobre para estocagem no Porto de Maceió foi iniciado no final do mês de setembro. A previsão, segundo Tony, é que a cada dois meses os navios venham buscar esse material em Alagoas.

“Desde o início, a MVV estocou o cobre em dois galpões nossos e agora estamos acompanhando a primeira exportação. É um marco para nosso Estado”, pontua o administrador do Porto de Maceió, Dagoberto Omena.

PRIMEIRO LOTE

Como frisou o gerente geral de Operação da MVV, o concentrado de cobre da Mina Serrote servirá de insumo para a nova revolução energética, contribuindo para a descarbonização do nosso planeta.

Este é apenas o começo da jornada da Mineração Vale Verde, levando o minério craibense para este novo cenário que está se formando no mundo, visto que este minério está sendo extremamente requisitado, sobretudo, na fabricação de carros elétricos — o que reduzirá o uso de veículos movidos a combustíveis fósseis, como a gasolina.

Paulo Castellari, CEO do Grupo Appian Brazil, ressalta o excelente momento do Grupo. “Estamos fechando 2021 com chave de ouro. Primeiro, concluímos as obras de instalação da Mina Serrote abaixo do orçamento e antes do prazo previsto. Agora, após quase seis meses de Operação, realizamos o nosso primeiro embarque de concentrado de cobre. Essa é uma grande conquista do nosso Grupo que só vem reforçar o excelente trabalho que desenvolvemos. Vamos continuar trabalhando firmes, com segurança e minerando de forma inteligente e sustentável”, ressalta.

Agora, com a integração com o Grupo Sibanye-Stillwater — o novo mantenedor da MVV —, a empresa seguirá avançando como um dos principais ativos da multinacional sul-africana na América Latina, tendo em vista o empenho de todos os empregados, empregadas e prestadores de serviços locais para a consolidação de uma “Mineração do Futuro”, uma indústria mais “verde” e sempre alinhada com as comunidades vizinhas ao empreendimento e com o Agreste alagoano como um todo.

Fonte: Tribuna Hoje
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 29/11/2021

CSN abre vagas de emprego pelo país

CSN é uma das empresas do ramo siderúrgico mais eficazes do mundo, atuando em cinco áreas: Mineração, Logística, Siderurgia, Energia, e Cimento. Além disso, atende clientes diretamente ou via interligação e tem como objetivo buscar a melhoria da estrutura dos negócios, garantindo a logística eficaz.

No setor da mineração, é a segunda maior empresa que exporta ferro em nosso país, ficando apenas em sexto lugar no mundo todo.

A empresa oferece vagas a candidatos PCDs, portanto se você se encaixa nesse perfil, cadastre seu currículo para participar do processo.

Entre os cargos e regiões disponíveis para ocupação, estão:

Mecânico (Rondônia);
Engenheiro II (Rondônia);
Eletricista (Itaguaí);
Supervisor de Mecânica (Jamari);
Analista de Tecnologia da Informação (Congonhas), etc.

Todos os cargos exigem experiência e nível de escolaridade técnico/superior completos.

Os requisitos e qualificações alteram conforme o cargo pretendido, sendo necessário ler atentamente todas as informações especificadas nas vagas disponíveis.

Além dos salários compatíveis aos cargos, a empresa oferece benefícios, entre eles: cesta de natal, plano médico e odontológico, vale alimentação e seguro de vida.

Para realizar sua inscrição e participar do processo seletivo da empresa CSN, os profissionais deverão acessar o link de inscrição e preencher todas as informações no cargo pretendido.
Fonte: Notícias Concursos

Seção: Empregos & Oportunidades
Publicação: 29/11/2021

Acciona lança dois parques eólicos de R$ 5 bi

O grupo espanhol Acciona decidiu entrar no mercado de geração de energia renovável no Brasil. A companhia acaba de adquirir, da Casa dos Ventos, um projeto eólico em desenvolvimento na Bahia, com potência de 850 MW e investimentos projetados em € 800 milhões (R$ 5 bilhões, na cotação atual).

O empreendimento é composto por dois parques - Sento Sé I e II -, que estão em fase de obtenção de licenças. A expectativa é que a construção tenha início entre o fim de 2022 e começo de 2023. A ideia principal é comercializar a energia por contratos de longo prazo com clientes.

Trata-se de um primeiro passo da Acciona no setor, mas o objetivo é expandir, segundo José Manuel Entrecanales, presidente-executivo global do grupo, que falou com o Valor durante sua visita ao Brasil, na semana passada.

A empresa já tem em mente uma segunda etapa para o projeto de Sento Sé: a possível construção de uma usina solar, em área contígua ao parque eólico, que usaria a mesma estrutura de transmissão. Estima-se que a expansão agregaria mais 200 MW de potência e demandaria investimentos adicionais na ordem de R$ 800 milhões - em números ainda bastante preliminares.

“Além disso, queremos ver se há novas oportunidades de desenvolvimento conjunto com a Casa dos Ventos. Há muito que fazer”, diz o presidente.

A Acciona atua no Brasil há mais de 20 anos. Além de obras de grande porte, a empresa chegou a operar por dez anos a concessão da Rodovia do Aço, que foi vendida à KT2 em 2018. No ano passado, a companhia voltou ao mercado de concessões com um grande contrato: a Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. O projeto, inicialmente da Move São Paulo (formada por Odebrecht, Mitsui, UTC e Queiroz Galvão) foi adquirido oficialmente no fim de 2020 pelo grupo espanhol, que irá construir e operar a linha.

O plano para a próxima década é ampliar de forma significativa a operação de infraestrutura no Brasil, segundo Entrecanales. “Este país é um continente. Há vetores de crescimento para todas as áreas de negócio da Acciona: saneamento, tratamento de água, transporte, energia renovável, mobilidade urbana”, diz.

Para o executivo, a projeção é que o mercado brasileiro ultrapassará o europeu dentro da empresa nos próximos dez anos e se tornará um dos três principais locais de atuação do grupo, ao lado dos Estados Unidos e Austrália. “O Brasil se tornou objetivo essencial dentro da nossa estratégia.”

O cenário de instabilidade política e incerteza macroeconômica não abala o interesse, segundo Entrecanales. “O Brasil, entre os países em que estamos presentes, é aquele com mais oportunidade de investimento. É um país com alto crescimento, necessidades de infraestrutura infinitas. E há uma organização institucional estável. Há sim oposição e confrontação política alta. Mas é uma característica própria de democracias. A solidez institucional do país nos dá muita confiança como investidores”, afirma.

O ambiente incerto de curto prazo importa, mas não é determinante. “Em um projeto de 40 anos, a conjuntura dos primeiros dois, três anos conta, mas não é o mais importante.”

Uma variável que preocupa e pode afetar decisões futuras de investimento no país é a segurança jurídica em torno do contrato da Linha 6-Laranja - hoje ameaçado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em agosto, uma decisão inesperada do ministro Dias Toffoli abalou o mercado. Ele considerou inconstitucional a transferência de concessões de uma empresa para outra e, além disso, determinou que fossem desfeitas operações realizadas nesses moldes - como a compra da concessão do Metrô pela Acciona. Desde que o voto veio à tona, já houve sinais de que esse entendimento pode ser revertido no tribunal: o ministro Gilmar Mendes pediu vista, e o próprio Toffoli sinalizou que pode alterar o relatório. Porém, o caso segue em aberto.

“Não posso negar que é um fator de preocupação. Há algum risco. Mas os acontecimentos judiciais das últimas semanas, a racionalidade econômica e as alternativas que temos para resolver essa dificuldade me fazem estar razoavelmente tranquilo. Hoje trabalhamos com o cenário de que a situação vai se resolver”, afirma Entrecanales.

Mesmo com o imbróglio em curso, a sinalização é positiva para novos projetos. Entre os alvos em estudo pela Acciona neste momento estão: o Trem Intercidades (TIC), entre São Paulo e Campinas; leilões de saneamento básico em diversos Estados; a concessão da rodovia BR-381/262, entre Minas Gerais e Espírito Santo; além de um projeto imobiliário em Salvador.

O executivo, porém, destaca os elevados compromissos financeiros já assumidos na Linha 6 e no parque de energia, e diz que será preciso administrar o capital e ir “pouco a pouco”.

O financiamento dos projetos tem sido feito parcialmente com recursos da matriz, na Espanha, e com acesso a crédito do BNDES, no Brasil. No caso do novo projeto de energia, a estrutura dependerá dos clientes e dos contratos de longo prazo firmados - caso sejam em dólar, o financiamento deverá vir da matriz, e caso seja em reais, um empréstimo local.

Globalmente, a Acciona opera em 60 países e, no passado, faturou € 6,4 bilhões.

Fonte: Valor
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 29/11/2021