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Chuvas em MG não devem refletir nos preços do minério, diz Instituto Brasileiro de Mineração

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) informou em comunicado à imprensa que não espera reflexos nos preços dos minérios, nem na oferta dessas commodities, se as chuvas intensas que atingem Minas Gerais desde o início do mês tiverem curta duração.

“Se esta intensidade de chuvas perdurar por um curto período, o Ibram estima que não haverá reflexos na variação do preço dos minérios e na oferta”, afirmou em nota.

O Instituto também observou que a suspensão temporária das atividades de mineradoras no Estado pode ser revertida em breve, a depender do nível de chuvas dos próximos dias.

Hoje, Vale, Usiminas e CSN anunciaram a suspensão temporária de operações em Minas Gerais, em função das chuvas. A Vale paralisou parcialmente a circulação de trens na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e a produção nos Sistemas Sul e Sudeste.

A CSN interrompeu as atividades na mina Casa de Pedra em Congonhas e informou em nota que espera retomar a atividade nos próximos dias.

A Usiminas anunciou a paralisação das operações em Itatiaiuçu (MG). Em nota, a empresa afirmou que vai usar estoques próprios para manter o fornecimento de matéria-prima.

Já a Mina de Pau Branco, da Vallourec, em Nova Lima (MG), está com as atividades suspensas pelo Tribunal de Justiça do Estado.

De acordo com o Ibram, as mineradoras têm agido com cautela quando ocorrem fenômenos naturais, como o excesso de chuvas em Minas Gerais. “Todas as estruturas que compõem as empresas – como barragens de rejeitos – estão sendo monitoradas 24 horas ao dia e a qualquer sinal de anormalidade as autoridades são imediatamente comunicadas e medidas de emergência, como alertas, são tomadas imediatamente”, acrescentou o Instituto.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 11/01/2022

 

BTG estima risco de chuvas para alto volume de minério

Há mais de 100 milhões de toneladas de minério de ferro, em base anual, em risco devido às chuvas no Brasil, o que representa cerca de 7% do suprimento transoceânico e de 30% da oferta brasileira, estimaram, em relatório os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, do BTG Pactual. “Então, claramente, as apostas são altas e nós podemos ver impactos no curto prazo nos movimentos [do preço] do minério”, disseram os analistas.

Segundo eles, mesmo admitindo que há um período de chuva mais forte que o usual, há um elemento de “business as usual” nas notícias veiculadas até o momento. Ontem, a Vale anunciou que paralisou parcialmente a circulação de trens na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e a produção dos Sistemas Sudeste e Sul, no Estado, em razão do nível elevado de chuvas em Minas Gerais.

No Sistema Sudeste, a EFVM foi paralisada no trecho Rio Piracicaba-João Monlevade impedindo o escoamento do material em Brucutu e no complexo de Mariana, que estão com a produção suspensa. O trecho Desembargador Drummond-Nova Era também foi paralisado, mas em fase de liberação e não afetou a produção do Complexo de Itabira.

No Sul, devido à interdição de trechos das BR-040 e MG-030, da segurança de circulação de empregados e terceiros e da infraestrutura da frente de lavra das minas, a produção de todos os complexos está temporariamente paralisada.

Correa e Greiner lembraram que a Vale manteve sua meta de produção de minério para 2022 entre 320 milhões e 335 milhões de toneladas. Os analistas, no entanto, ponderam que o fator chave atualmente é o período de duração das chuvas acima do normal.

“O incerto nesse ponto é quanto tempo vai durar a chuva forte, mas assumindo que a normalidade seja restaurada rapidamente, acreditamos que os impactos econômicos podem ser baixos”, afirmam, acrescentando que, depois dos incidentes com as barragens no passado, é bem-vinda a abordagem de tolerância zero que as mineradoras estão tomando para reduzir os riscos operacionais, “abordagem que nós consideramos prudente”.

Pedro Galdi, da Mirae Asset Corretora, reiterou que até o momento a Vale não alterou a meta de produção para o ano e acrescentou que janeiro é um mês em que, comumente, as chuvas causam transtornos. “Com o La Niña está sendo pior, mas é só torcer para não haver um colapso maior em alguma grande barragem”, ponderou.

De janeiro a setembro de 2021, a Vale produziu 51,12 milhões de toneladas no Sistema Sudeste, cujo minério é escoado pela Estrada de Ferro Vitória-Minas até o Porto de Tubarão, no Espírito Santo. Outras 41,28 milhões de toneladas foram produzidos no Sistema Sul, escoado pela MRS para portos no Rio. Desse total, 13,53 milhões no Sudeste e 11,72 milhões no Sistema Sul foram produzidas no primeiro trimestre, período que sazonalmente é mais afetado por chuvas.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 11/01/2022

Agência de mineração diz não haver outros problemas além da Vallourec

A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou ao Valor que não havia registros, até ontem, de outros problemas em mineradoras e barragens de rejeitos, além do transbordamento de um dique de contenção de água de chuvas da Mina de Pau Branco, da Vallourec, no fim de semana. O incidente inundou a rodovia BR-040, que liga Minas ao Rio, na altura de Nova Lima (MG), ficando interditada durante dois dias.

O diretor-geral substituto da ANM, Guilherme Gomes, e o gerente de barragens da ANM, Luiz Paniago, e mais cinco servidores da gerência regional da agência prestaram apoio técnico à equipe da Vallourec para executar ações de emergência para cessar o galgamento que estava ocorrendo na barragem. A estrutura do dique chegou a ter sua classificação elevada para 3, mas foi reduzida a 2, após melhoria de suas condições.

Segundo dados mais recentes da agência, há 36 barragens em Minas com classificação de risco alto de rompimento. No país, são 43 barragens com essa classificação. Não houve alteração no nível de segurança de nenhuma barragem do Estado no mês até agora.

Em dezembro, nenhuma barragem teve a situação de emergência declarada e três tiveram essa condição encerrada: Forquilha IV, em Ouro Preto, e Marés I, em Belo Vale, ambas da Vale, e Santa Bárbara, da Vallourec, em Brumadinho. Do total de barragens em caso de emergência, 29 são da Vale, uma é da ArcelorMittal, uma da CSN, uma da Topazio Imperial Mineração, duas da Emicon Mineração e Terraplenagem e duas barragens da massa falida da Mundo Mineração.

Segundo a ANM, no Estado existem 350 barragens cadastradas no Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração, das quais 210 estão enquadradas na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). Elas são classificadas segundo a categoria de risco, que pode ser baixo, médio e alto. A ANM vistoriou 23 barragens em dezembro e para este mês estão previstas mais 20

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) declarou que se esta intensidade de chuvas durar um curto período, não haverá reflexos na variação do preço dos minérios e na oferta. E que a suspensão temporária pode ser revertida em breve, a depender do nível de chuvas nos próximos dias. Afirma que as empresas têm agido quando ocorrem fenômenos naturais, monitoração as barragens 24 horas ao dia.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 11/01/2022

Vendas de automóveis e comerciais leves usados superam barreira dos 11 milhões em 2021

A venda de automóveis e comerciais leves usados atingiu 11,2 milhões de unidades no acumulado de 2021. O resultado superou em 2,3% o recorde para o segmento, alcançado em 2019. O número também foi 18,8% mais alto que o de 2020, ano prejudicado pelo fechamento de Detrans e revendas, sobretudo no primeiro semestre com o início da pandemia de Covid-19.

Os números foram divulgados na segunda-feira, 10, pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários. Para cada veículo leve zero-quilômetro vendido em 2021 foram negociados 5,7 usados.

Com a escassez de veículos zero-quilômetro em razão de paralisações nas montadoras durante todo o ano passado, as transações de usados até novembro já haviam superado a barreira de 10 milhões de veículos leves. Dezembro foi mais um mês forte por causa de seus 23 dias úteis. Teve 901,8 mil veículos leves negociados, 4,4% a mais que no mês anterior.

“Como o mercado de novos foi bastante impactado pela crise global de abastecimento de componentes, muitos consumidores buscaram opções entre os seminovos e usados”, recorda o novo presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior.

Ainda de acordo com a entidade, os modelos leves com até três anos de fabricação responderam por 12,1% das transferências em 2021.

Quase 400 mil caminhões usados no ano

As transações de caminhões de segunda mão somaram em dezembro 27,8 mil unidades. O total foi 5,6% menor que o de novembro, mas o acumulado do ano teve 397,2 mil unidades e aumento de 19,2% sobre o ano anterior. A cada caminhão zero-quilômetro emplacado em 2021, 3,1 modelos de segunda mão trocaram de dono.

A venda destes usados esteve tão aquecida no ano passado que no acumulado até novembro eles já haviam superado o recorde anual do setor (obtido em 2019, com 364 mil caminhões transferidos).

Maior alta anual ocorreu para os ônibus

Dezembro teve a negociação de 3,9 mil ônibus usados, anotando pequena alta de 3,2% sobre novembro. No acumulado do ano foram 43 mil unidades. O confronto com 2020 indica crescimento de 28,1%, o maior entre todos os tipos de veículos.

Essa alta, no entanto, ocorreu sobre um ano bastante ruim: em 2020 foram negociados apenas 33,6 mil ônibus usados em todo o País. Como se sabe, o setor foi bastante afetado pela Covid-19. A retração no turismo e a queda nas renovações de frota urbanas e rodoviárias em razão da pandemia tiveram forte impacto no setor.

A venda de modelos zero-quilômetro teve apenas 17,8 mil unidades em 2021, um total 2,5% menor na comparação com o ano anterior. A baixa procura por modelos novos impediu movimentação maior entre os modelos de segunda mão. Com isso, a taxa anual de usados versus novos foi de apenas 2,4 para 1, a mais baixa entre os veículos.

Motos usadas também batem recorde: 3,26 milhões

As transferências de motos usadas em dezembro somaram 254,6 mil unidades, total 0,4% maior que em novembro. O acumulado do ano teve 3,26 milhões de unidades negociadas. Esse total foi 17,5% mais alto que o de 2020. Assim como os caminhões, as motos de segunda mão já haviam quebrado em novembro o recorde anual, obtido em 2019 com 2,98 milhões de transferências.

Em 2021, a cada moto zero-quilômetro entregue, 2,8 usadas mudaram de mãos. O setor de motos (novas e usadas) vem sendo puxado pelos serviços de entrega. E a baixa oferta de modelos zero-quilômetro também contribuiu com o aquecimento do mercado de segunda mão, assim como ocorreu entre os automóveis e comerciais leves.
 
Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 11/01/2022

 

Os caminhões e ônibus que serão lançados no Brasil em 2022

Vários caminhões e ônibus serão lançados no Brasil em 2022. Boa parte das estreias está ligada às novas regras de controle de emissões de poluentes, que entrarão em vigor em breve. Ou seja, estamos falando do Proconve P8, regra equivalente à Euro 6 válida na Europa. De acordo com o calendário das fabricantes, a maioria das novidades estará à venda a partir do segundo semestre.

Segundo a nova lei, todos os caminhões e ônibus feitos e vendidos no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2023 devem estar em conformidade com a fase 8 do Proconve. Portanto, as fabricantes vão iniciar os lançamentos em 2022 para preparar as linha de montagem para produção.

De acordo com o gerente sênior de marketing de produto caminhões da Mercedes-Benz, Marcos Andrade, em 2022 haverá poucos lançamentos. Segundo ele, a indústria vai focar esforços na nova tecnologia. "Não basta simplesmente importar a Euro 6 da Europa. Temos de adaptá-la às condições do Brasil, à qualidade do diesel, etc?, diz.

Seja como for, para comerciais leves com peso bruto total (PBT) de até 3,5 t, o P8 entrou em vigor em 1º de janeiro de 2022. Assim, marcas como Iveco, Fiat e Volkswagen Caminhões e Ônibus já apresentaram utilitários que atendem à nova legislação.

SCR, EGR e ambos

O Estradão perguntou às fabricantes nacionais quais soluções vão ser utilizadas para atender o P8. Assim, ficou claro que não há uma regra geral. Ou seja, cada marca optou por um tipo de inovação. Porém, todas vão passar a oferecer motores que utilizam diesel S-10.

Entre os recursos, haverá adoção do SCR, que utiliza o catalisador em conjunto com o Arla 32. Esse sistema contará com o auxilio do EGR, que reaproveita os gases gerados pela queima de diesel.  Por exemplo, a Iveco deve seguir por esse caminho.

Por sua vez, a Scania manterá apenas o SCR. Essa solução, presente no motor NTG que chegou ao mercado em 2018, já está em conformidade com a norma. Seja como for, a Scania promete melhorar o processo de filtragem dos gases gerados na queima de diesel.

Além disso, todas as fabricantes informam que seus motores vão gerar mais potência e torque. Além disso, os caminhões terão o desenho atualizado. Nesse caso, o objetivo é melhorar a aerodinâmica. Ou seja, quanto menor for a resistência à passagem de ar, menor será o consumo. Como resultado, há menos emissões de poluentes.

Alternativas ao diesel

Com a chegada da P8 também será uma oportunidade para os fabricantes apresentarem suas apostas alternativas aos motores diesel.

Líder da Iveco na América Latina, Márcio Querichelli, acredita que o Proconve P8 será uma oportunidade para os fabricantes fazerem melhorias e evoluções nos veículos. Bem como apresentar novas tecnologias que ajudam na redução de emissão de poluentes.

Nesse sentido, a Iveco promete introduzir no mercado no próximo ano o seu caminhão a gás. Com produção iniciada em fevereiro.

Do mesmo modo, a Mercedes-Benz que no ano passado apresentou o seu chassi de ônibus elétrico, também fará o lançamento do eO500U no segundo semestre de 2022.

Confira as novidades que cada montadora deve lançar em 2022.

DAF

A DAF fará um lançamento no dia 18 de janeiro. Porém, como no último ano a marca atualizou suas gamas XF e CF possivelmente ela faça uma extensão dessa geração, apresentando novas configurações de eixos. Nesse segmento, a DAF chegou a mostrar na Fenatran de 2019 uma versão 8x4 do CF para uso off-road, categoria que ela ainda não está presente.

Porém, a linha LF de caminhões médios da marca ainda não chegou ao País. Aliás, se chegar, e por se tratar de uma nova família, faz mais sentido lançá-la no segundo semestre. Assim, acompanhando as muitas novidades que devem ocorrer em razão da P8.

Foton

A Foton promete expandir sua operação com caminhões em outros segmentos. E mira introduzir os semipesados no País. Com a chegada da Euro 6 é possível que isso ocorra. A marca também realiza testes com um caminhão VUC a gás. O modelo tem motor 1.5 de quatro cilindros a gasolina que pode rodar com GNV.

Iveco

Em dezembro, a Iveco apresentou seus modelos de 3,5 t de PBT, Daily 30-160 e 35-160 atendendo à futura norma de emissão. Os veículos ganharam mais potência e torque em relação à geração atual. E no caso da Daily 35-160 ganhou nova grade frontal. Os modelos chegam ao mercado até abril.

Outra aposta do mercado é a introdução do Iveco S-Way no Brasil junto com a Euro 6. O modelo pesado é o topo de linha da marca e briga com rivais Scania R, Volvo FH, Actros e DAF XF atualizados no Brasil.

Do mesmo modo, a marca já afirmou que vai produzir o caminhão a gás e que começará pelo segmento pesados. Ainda há dúvidas se a tecnologia chegará no Hi-Way ou no S-Way.

Mercedes-Benz

Uma das novidades que a marca da estrela deve apresentar neste primeiro trimestre é a nova geração da Sprinter com PBT de até 3,5 t com motorização P8. Portanto, as versões de carga Sprinter Truck 314 Street e furgão Street 314 devem chegar com maior potência e torque, além do motor mais limpo.

Outro lançamento já confirmado pela marca é do ônibus elétrico eO500U que já está em fase de testes no País.

Scania

Com a introdução da nova geração em 2018, a Scania não deve fazer muitos lançamentos em 2022. Mas sim introduzir todas as versões P, G e R com motorização equivalente a Euro 6. E isso deve ocorrer na Fenatran 2021.

Porém, a marca está focada no desenvolvimento da tecnologia a gás no Brasil. Com isso, deve ampliar a família de motores a gás. E introduzir um propulsor superior a 410 cv.

Volkswagen Caminhões e Ônibus

Em dezembro, a fabricante anunciou o Delivery Express com motor Euro 6, que deve chegar a partir de janeiro. Mas é no campo da eletrificação que a marca deve trazer novidades e para o transporte urbano de passageiros.

Volvo

A Volvo introduziu em outubro a sua geração F. Portanto, FH, FM e FMX estão atualizados e com motor preparado para receber a P8. A marca também promoveu melhorias na gama VM. Nesse sentido, ainda renovou a família de ônibus rodoviários. Logo, o que se espera é a renovação de toda a linha para atender a nova legislação.

Ademais, a Volvo gosta de surpreender o mercado. Dessa forma, não se descarta a possibilidade de a marca também iniciar testes com veículos elétricos no País. Em dezembro a marca anunciou que vai testar o ônibus 7900 Electric no Chile. As avaliações iniciam neste mês e devem durar até abril. Em seguida, o modelo seguirá para testes em Bogotá, na Colômbia. O objetivo é validar a tecnologia de ônibus elétricos  nas severas demandas do transporte público da América Latina. Assim, o Brasil não deverá ser descartado.

Fonte: Estradão
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 11/01/2022

 

Governo federal sanciona marco legal para geração de energia em casa

Aqui no Mobility Now, nós já falamos das vantagens financeiras possibilitadas pela geração de energia na própria casa. Além de mitigar os custos com o consumo doméstico, a geração própria facilita ter um carro elétrico. E, se ter um modelo elétrico parece algo muito distante agora, os próximos anos devem mudar esse paradigma rapidamente com a chegada de novos modelos e a expansão da rede de recarga.

Agora, quem pensa em instalar painéis solares em casa (ou outro tipo de sistema de produção de energia) ganhou um novo incentivo: o presidente Jair Bolsonaro sancionou na semana passada o marco legal para micro e minigeradores de energia (Lei 14.300/2022).

Segundo o texto, microgeradores são aqueles que geram até 75 kW de energia por meio de fontes renováveis (como a fotovoltaica, a eólica e a de biomassa) em suas unidades consumidoras (como telhados, terrenos, condomínios e sítios). Já os minigeradores são os que geram mais de 75 kW até 10 MW.

A nova lei garante que essas unidades consumidoras já existentes — e as que protocolarem solicitação de acesso na distribuidora em 2022 — poderão contar, por mais 25 anos, com os benefícios hoje concedidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE). Quem protocolar solicitação de acesso depois de 2022 estará sujeito a novas regras, as quais serão implementadas gradativamente.

Nesse sistema, a unidade consumidora (ou seja, a casa da pessoa) pode injetar na rede a energia que produz e que exceda o consumo próprio. Essa energia extra é compensada pelo governo na forma de créditos, os quais podem ser usados para abater o consumo da própria conta de energia nos meses em que ele for superior à geração. Os créditos têm prazo de 60 meses.

Segundo o senador Marcos Rogério (DEM-RO), relator da matéria no Senado, esse tipo de geração de energia já existe em mais de 5,3 mil cidades brasileiras, sendo que o número de unidades consumidoras participantes já é de mais de 783 mil e a potência instalada ultrapassa 7.136 kW.

O custo para instalar um sistema desse tipo em casa pode variar de R$ 14 mil a R$ 60 mil. Segundo projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até 2050, o Brasil terá 18% de seus lares produzindo a própria energia com painéis fotovoltaicos.

Fonte: Automotive Business
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 11/01/2022