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Custo da construção segue em alta

 Dados são de câmara setorial; em São Paulo, setor teve boom em financiamentos para projetos de investimento Depois de registrar incremento de 2,28% em maio deste ano, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aumentou 2,14% em junho, o que correspondeu a sua terceira maior elevação, para esse mês, dos últimos 28 anos. Segundo a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, somente em junho de 1995 (3,12%) e em junho de 2021 (2,16%), as altas foram superiores. Com esse resultado, o indicador aumentou 7,53% no primeiro semestre de 2022 e 11,57% nos últimos 12 meses.

“Particularmente em junho de 2022 o custo com materiais e equipamentos cresceu 1,07%, o custo com a mão de obra aumentou 3,35% e o custo com serviços 0,68%”, disse.

No custo com materiais e equipamentos, foi observado que os vergalhões e arames de aço ao carbono, depois de aumentarem 1,64% em abril, e 6,97% em maio, registraram alta de 3,06% em junho.

“O cimento foi outro insumo que continuou aumentando: 5,38% em abril, 5,56% em maio e 3,15% em junho. No primeiro semestre de 2022, o cimento já apresentou incremento de 16,84% em seus preços. Essas altas contribuem para manter o custo da construção em patamar elevado, prejudicando as atividades do setor, gerando incertezas, instabilidades e preocupação em relação aos futuros lançamentos. Vale destacar que há 24 meses consecutivos a alta dos insumos é um dos principais problemas enfrentados pela construção”, afirmou Ieda.

Em junho de 2022, a variação de 3,35% registrada no custo com a mão de obra aconteceu em função do incremento observado em seis, das sete capitais componentes do INCC: Brasília (1,57%), Rio de Janeiro (2,37%), São Paulo (5,09%), Salvador (3,54%), Recife (3,91%) e Porto Alegre (2,26%).

“É importante ressaltar que é nos meses de maio e junho que se concentram as datas bases dos trabalhadores do setor nas cidades pesquisadas pelo INCC e, por esse motivo, historicamente, observa-se maior aumento do custo nesse período”, explicou.

A economista ainda mencionou que, desde julho de 2020, a construção civil vem sentindo as fortes elevações nos seus custos, especialmente em função das altas nos preços dos insumos. De julho de 2020 até junho de 2022, o INCC já aumentou 30,94%.

“Neste período, o custo com materiais e equipamentos cresceu 52,70%, o custo com a mão de obra registrou elevação de 18,46% e o custo com serviços aumentou 17,74%. Observa-se, portanto, que o incremento no custo com os insumos foi a maior fonte de pressão na elevação dos custos da construção. É importante ressaltar que, neste período em análise, o IPCA aumentou 21,23%”, apontou.

Em 2021, o Produto Interno Bruto da construção civil cresceu 9,7%, o maior crescimento anual desde 2010. Diante desse cenário, o setor teve um “boom” de financiamentos do Desenvolve-SP para novos projetos. Desde o início da pandemia, em março de 2020, até maio deste ano, os financiamentos da agência de fomento para o setor somaram R$ 215,6 milhões em 190 operações de crédito.

Desde a criação do Desenvolve-SP, em 2009, foram desembolsados R$ 333,7 milhões para a construção civil. Ou seja, 64% do total aportado pela agência de fomento para o setor foram financiados após o início da pandemia.

Do montante financiado pela agência de fomento ao setor, R$ 167,3 milhões foram destinados para projetos de investimento, equivalente a cerca de 80% do total. Ou seja, a grande maioria dos recursos foi aportado para ampliação dos negócios. Os demais desembolsos tiveram como finalidade capital de giro (R$ 32,1 milhões) e aquisição de máquinas e equipamentos (R$ 3 milhões).
Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 15/07/2022

 

Alacero prevê recuo de 8% no consumo de aço na América Latina em 2022

Com o mercado brasileiro representando pouco mais de um terço do volume, o consumo de aço na América Latina deverá registrar, neste ano, um recuo da ordem de 8%, na média, ante o ano passado. Essa é a expectativa revisada da Alacero, entidade que reúne mais de 60 fabricantes de produtos siderúrgicos na região.

A avaliação, diz Alejandro Wagner, diretor-executivo da Alacero, é que, nos últimos meses, desde o fim de fevereiro, fatores de peso tiveram forte influência sobre as projeções para o ano. Ele cita a guerra da Rússia na Ucrânia, a política de covid zero da China e o temor de recessão mundial, principalmente nos EUA, devido à alta da inflação.

No início de março a entidade tinha divulgado projeção de queda de 2,1% para este ano, um porcentual que mostrava apenas um leve ajuste no consumo ante o desempenho visto em 2021.

Wagner observa que o mercado de aço cresceu muito no ano passado, com demanda reprimida, mas principalmente devido à recomposição de estoques nas cadeias de consumo. Durante o auge da pandemia, em 2020, ocorreu profundo desarranjo na produção das siderúrgicas, com paralisação de operações por meses. Isso demandou tempo para que voltasse à normalidade e à acomodação da demanda.

No ano passado, o consumo aparente de produtos siderúrgicos na América Latina atingiu 74,8 milhões de toneladas, 27% sobre o ano anterior. “Mesmo caindo 8%, ainda vamos ficar com um volume de consumo superior ao de anos anteriores à pandemia (de 2017 a 2019, foram 66 milhões”, afirma Wagner.

Para o próximo ano, segundo o executivo, espera-se uma recuperação, na faixa de 4% na comparação com o volume de 2021 para o consumo da região. Depois do Brasil - com mais de 26 milhões de toneladas -, o México é o grande consumidor de aço da região - cerca de 25 milhões.

A construção civil lidera o consumo de aço nos países latino-americanos, com 48,3%, seguida pelos setores metal-mecânico (17,1%), automotivo (16,8%), manufatura de produtos metálicos (12,4%), equipamentos elétricos (2,2%), transporte (2%) e bens eletrodomésticos (1,2%).

A produção de aço bruto ficou em 64,6 milhões de toneladas no ao passado, alta de 15% sobre volume de 2020. Mais da metade do volume foi do Brasil (36 milhões de toneladas). O consumo per capta médio na região foi de 120 kg por habitante. O setor tem 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos.

Segundo Wagner, os impactos da guerra da Ucrânia foram mais fortes para a Europa e as sanções à Rússia não surtiram tanto efeito no mercado latino-americano.

Nesse cenário, informou que as empresas siderúrgicas da AL vêm buscando oportunidades de exportações - por exemplo, EUA e Ásia, com preços ainda bons. E também dentro da região.

Desvios de mercado e subsídios, principalmente da China, continuam a ser uma preocupação dos produtores afiliados à Alacero. De 66 ações antidumping abertas na região, 43 foram contra aço de origem chinesa. “Para o médio e longo prazo vemos indícios de melhoras, com a China preocupada em investir mais em aços menos poluentes para demanda interna”.

O executivo destaca que, desde o ano passado, neste e para 2023, se observa crescimento nas decisões de investimento na região, voltados principalmente para ganhos de eficiência energética, aços de maior qualidade, redução de impacto ambientais e projetos de descarbonização. “Nossa pegada de carbono é de 1,66 tonelada de CO2 para cada tonelada fabricada, ante média mundial de 1,89 tonelada e das 2,17 toneladas emitidas na China”.

Ele destaca que a região é favorecida para se desenvolver energias renováveis (eólica e solar) e cita o Brasil e Argentina, como destaques. Lembra que o gás natural será elemento-chave (de transição), no curto e médio prazos, entre os fósseis e as renováveis.

O futuro, completa Wagner, passará por energias renováveis, pela eletrificação, por hidrogênio verde e por sistemas de captura e armazenamento de carbono.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/07/2022

 

Exportações de sucata aumentam 28% no semestre

As exportações de sucata ferrosa, matéria-prima usada na fabricação de aço tanto por siderúrgicas integradas quanto por usinas de fornos elétricos, fecharam o semestre com aumento de 28% na comparação com mesmo período de 2021, informou o Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), citando números divulgados pelo Ministério da Economia.

Foram embarcadas 231,5 mil toneladas no total, ante 180,7 mil toneladas nos seis primeiros meses do ano passado. Já em junho, conforme o Inesfa, o volume exportado registrou retração de 72%, com apenas 12,8 mil toneladas, em relação a um ano atrás.

A queda nos embarques, explica a entidade, se deve à maior oferta do produto verificada no exterior, reduzindo a demanda pela sucata brasileira. Ao mesmo tempo, as processadoras estão direcionando mais vendas para o mercado brasileiro, diz o Inesfa.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/07/2022

 

CSN Mineração (CMIN3) vai captar R$ 1,4 bilhão com debêntures com isenção de IR para o investidor

Está em busca de um investimento para turbinar a sua carteira de renda fixa? Pois a CSN Mineração (CMIN3) anunciou que pretende captar R$ 1,4 bilhão em recursos no mercado por meio da emissão de debêntures — títulos de crédito emitidos por empresas.

A emissão da CSN Mineração conta com um atrativo adicional: os papéis possuem isenção de imposto de renda para o investidor pessoa física. Isso porque as emissões de debêntures para financiar projetos de infraestrutura contam com benefício fiscal.

Investir em uma debênture equivale a emprestar dinheiro para a companhia que emitiu os papéis. Ou seja, o principal risco é o de um eventual calote. No caso da CSN Mineração, essa possibilidade é muito baixa, de acordo com a Fitch Ratings, que atribuiu nota AAA, a melhor na escala da agência de classificação de risco.

A empresa pretende usar os recursos para financiar a expansão do Terminal Portuário de Granéis Sólidos, no Porto de Itaguaí.

As condições das debêntures da CSN Mineração

A CSN Mineração vai emitir as debêntures em duas séries. Ambas possuem correção pela inflação medida pelo IPCA. Confira a seguir as principais condições:

A XP coordena a oferta de debêntures da CSN Mineração, ao lado dos bancos BTG Pactual, UBS BB e Safra. O prazo de reserva para o investimento vai de 20 a 27 de julho. A remuneração das debêntures pode ser menor do que a indicada, dependendo da demanda dos investidores pelas debêntures na oferta.

Uma vez definida, a taxa só é fixa para quem segurar os papéis até o vencimento, assim como acontece com os títulos do Tesouro Direto. Por fim, quem optar por vender os papéis da CSN Mineração antes poderá ter um ganho ou perda de capital, dependendo das condições do mercado.

Fonte: Seu Dinheiro
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/07/2022

 

Empresa desenvolve tecnologia para otimizar lingotamento contínuo em siderúrgicas

 Tecnologia 3D Trasar, desenvolvida pela Ecolab, possibilita o monitoramento em tempo real, garantindo o desempenho das máquinas e moldes A Ecolab, líder mundial em prevenção de infecções e tecnologias relacionadas a água, higiene e energia, disponibiliza para o mercado a tecnologia 3D Trasar Caster. Essa é uma solução exclusiva para o Lingotamento Contínuo em indústrias siderúrgicas, oferecendo monitoramento em tempo real, garantindo o desempenho das máquinas e moldes e aumento de produtividade, com a redução da corrosão e descamação consequentes das temperaturas extremas e altos níveis de acidez.

Essa tecnologia melhora também a qualidade do produto final e a vida útil dos equipamentos, com a redução no número de manutenções. “Com o 3D Trasar Caster o ambiente interno da câmara de vapor em seus segmentos superiores é analisado diariamente. Com esse sistema avançado de monitoramento e controle online, conseguimos reconhecer condições críticas de corrosão e tomar ações em tempo real para restabelecer o equilíbrio químico, protegendo os ativos da máquina de lingotamento contínuo”, afirma Cesar Mendes, responsável pela divisão Nalco Water Heavy da Ecolab no Brasil. “Essa tecnologia ajuda a indústria siderúrgica a otimizar o processo de Lingotamento Contínuo e a reduzir custos totais de operação ao baixar as taxas de corrosão em até 40%”, conclui. 

A tecnologia 3D Trasar Caster traz uma abordagem exclusiva, digital e abrangente do processo, que monitora continuamente as condições dos seguimentos superiores da câmara de vapor, além de controlar de forma localizada a dosagem de químicos para controle de pH, alcalinidade, inibição de corrosão e incrustação.

Na implantação dessa tecnologia em uma siderúrgica global, foi observada a redução no pH nos segmentos superiores do molde e nas taxas de corrosão, impactando na redução dos custos de manutenção e aumento da segurança dentro da câmara de vapor. A atuação combinada do programa químico anticorrosão melhorou o desempenho da máquina de lingotamento contínuo, totalizando uma economia de cerca de 400 mil dólares por ano.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/07/2022

 

Puxada pelo mercado interno, produção de motos crescerá mais de 10%

 Nova projeção dos fabricantes prevê 1,32 milhão de unidades montadas até o fim do ano As vendas em alta levaram as fábricas de motos a revisar para cima suas projeções. A produção deve alcançar este ano 1,32 milhão de unidades, o que indicará crescimento de 10,5% na comparação com 2021. A estimativa inicial era de 1,29 milhão. Os números foram divulgados na terça-feira, 12, pela Abraciclo, associação que reúne os fabricantes do setor de duas rodas.

Para o mercado interno, a Abraciclo elevou a estimativa para 1,26 milhão de unidades e crescimento de 8,9%. No começo do ano essa expectativa era por 1,23 milhão.

“Temos um mercado com tendência de alta, com o avanço dos serviços de entrega e maior uso da moto nos deslocamentos urbanos, além do fator aumento dos preços dos combustíveis”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

Produção de motos cresce rumo ao patamar de 2011

O executivo recorda que as novas estimativas estão em linha com o crescimento esperado antes da pandemia de Covid-19. “Talvez em mais alguns anos o País volte ao patamar de 2 milhões de unidades como em 2011.”

Como foi o primeiro semestre

De janeiro a junho as fábricas instaladas em Manaus montaram  671,3 mil unidades, alta de 18% sobre iguais meses de 2021. O nível da produção local se mantém como o mais elevado desde 2015.

A análise isolada de junho indica 101,7 mil motos e queda de 21,6% em relação a maio. Segundo a Abraciclo, as fábricas pararam na última semana de junho, já como parte das férias coletivas, que normalmente se iniciam julho. “As fábricas aproveitam essa parada para realizar manutenções e ajustes em suas linhas de montagem”, garante o executivo.

Também neste primeiro semestre foram emplacadas 636,7 mil motos, o melhor resultado para o período em sete anos. Na comparação com a primeira metade de 2021 houve alta de 23,1%. Apesar da maior dificuldade de aprovação de crédito, a procura por motos aumentou no País porque os serviços de entrega não se restringem mais à alimentação e documentos. E a alta dos combustíveis também favoreceu as vendas do setor.

Exportações de motos

As fábricas instaladas em Manaus enviaram ao mercado externo 25,1 mil motos de janeiro a junho, o que revela pequena queda de 4,4% na comparação interanual. O maior mercado no período foi a Colômbia, com 7 mil unidades exportadas e 28,9% dos embarques. 

A Argentina ficou na segunda colocação, com 6,2 mil motos e participação de 25,5%. Para os EUA foram entregues 4,6 mil motos, 19,2% do total. “As exportações para os Estados Unidos cresceram 132,9%, o que comprova a qualidade do produto nacional em um dos mercados mais exigentes”, ressalta Fermanian.

Pela nova projeção da Abraciclo, o Brasil deve exportar até o fim do ano 56 mil motos e registrar pequeno aumento de 4,7%. A estimativa inicial era de 54 mil motos, quase uma repetição dos embarques de 2021 (53,5 mil).

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 14/07/2022