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China quer construir ferrovia transoceânica no Brasil, ligando Rio de Janeiro ao Peru, passando por Porto Velho

Um novo projeto promete revolucionar não apenas as relações comerciais, mas também a logística entre a América do Sul e a Ásia, abrindo novas rotas e oportunidades para ambos os continentes.

Em uma iniciativa ousada e visionária, o Brasil, o Peru e a China anunciaram uma parceria estratégica para o desenvolvimento da Ferrovia Transoceânica.

Entretanto, não se pode ignorar os desafios logísticos e financeiros que acompanham um projeto de tal envergadura. A complexa geografia sul-americana, que inclui a vastidão da Floresta Amazônica e a grandiosidade dos Andes, representa obstáculos significativos a serem superados.

Apesar desses desafios, a experiência da China em megaprojetos de infraestrutura sugere que esses obstáculos podem ser enfrentados com sucesso.

A relação econômica entre a China e a América do Sul tem visto um crescimento substancial nos últimos anos, com o comércio bilateral ultrapassando a marca de US$ 490 bilhões.

Nesse contexto, a Ferrovia Transoceânica surge como um passo adiante nessa parceria em expansão, oferecendo uma alternativa logística que pode reduzir custos e tempos de transporte.

A construção pretende beneficiar não só os países diretamente envolvidos, mas toda a região sul-americana ao melhorar o acesso aos mercados asiáticos.

Além disso, a presença crescente de empresas chinesas no Brasil desde 2007 demonstra o interesse e o compromisso do país asiático com o desenvolvimento econômico da região.

Empresas como, por exemplo, a State Grid e a China Three Gorges têm desempenhado papéis importantes na infraestrutura energética do Brasil.

O estabelecimento do Fundo China-Brasil em 2017, com recursos de US$ 20 bilhões destinados principalmente à infraestrutura, é um exemplo tangível desse compromisso mútuo.

A Ferrovia Transoceânica simboliza não apenas um avanço na conectividade global, mas também uma visão compartilhada entre nações, capaz de superar desafios físicos e geopolíticos.

A iniciativa ainda promove o desenvolvimento sustentável, além do crescimento econômico mútuo, em uma era marcada pela cooperação e interdependência entre as nações.

A Ferrovia Transcontinental – EF-354, também conhecida como Ferrovia Transoceânica, é uma iniciativa entre Brasil e Peru para conectar o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, cruzando o continente Sul-americano de Leste a Oeste. A ferrovia terá uma extensão total estimada em 4.400 km no território brasileiro.

História

A ideia de um corredor bioceânico no Brasil data da década de 1950 com a proposta da Ferrovia Transulamericana, destinada a conectar os oceanos Atlântico e Pacífico. A proposta incluía a construção de um porto em Campinho, escolhido por suas condições oceânicas favoráveis. O percurso entre o litoral da Bahia e o oeste foi promovido por Vasco Azevedo Neto, destacado por seu trabalho como deputado federal, engenheiro civil e professor universitário. Outras iniciativas anteriores e alternativas incluem estudos de 1938 sobre a Estrada de Ferro Brasil-Bolívia e a ferrovia Paranaguá–Antofagasta, parte do Eixo Capricórnio da IIRSA.

Após décadas de estagnação, o projeto foi incluído no Plano Nacional de Viação em 2008, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sob a denominação de Ferrovia Transoceânica. Foi dividido principalmente em: Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) e um trecho de Campinorte até o Porto do Açu.

Designada como EF-354, a ferrovia se divide em três grandes segmentos no Brasil:

Do Porto do Açu até a Ferrovia Norte-Sul;
De Campinorte até Porto Velho, às margens do Rio Madeira;
De Porto Velho a Cruzeiro do Sul, na fronteira Brasil-Peru.

A Lei 11.772 concedeu à VALEC a responsabilidade pelo trecho de Campinorte a Porto Velho, destacado como prioridade. Esse segmento tem 1.641 km de Campinorte a Vilhena, além de cerca de 770 km até Porto Velho.

Até 2009, apenas o trecho entre Campinorte e Vilhena teve seu pré-projeto finalizado, com estimativa de 1.641 km a um custo de 5,25 bilhões de reais, permitindo velocidades de até 120 km/h. A construção estava prevista para começar em abril de 2011 pela VALEC, mas as obras ainda não iniciaram.

Em 2014, um acordo foi firmado entre Dilma Rousseff e os governos do Peru e da China para financiamento e estudos da ferrovia. Em 2015, o governo chinês comprometeu-se a financiar parte do projeto, excluindo o trecho até o Porto do Açu. A construção, prevista para iniciar em 2015, atrasou.

Após reuniões do G20 em 2016, a China prometeu investimentos no Brasil, incluindo a Ferrovia Transoceânica, que já tinha estudo de viabilidade econômica concluído, visando reduzir custos de exportação para a Ásia.

O impeachment da presidente Dilma e o período de instabilidade política que se seguiu inviabilizou a continuidade de qualquer projeto de infra-estrutura mais audacioso.

Com a vitória de Lula em 2022, os estrategistas de infra-estrutura do Brasil, Peru e China voltaram a se mobilizar para levar adiante o projeto da ferrovia bio-oceânica, transcontinental ou transoceânica.

Fonte: Extra Online
Seção: Naval & Ferroviário
Publicação: 21/03/2024

 

Minério de ferro de Dalian amplia ganhos na esperança de melhorar a demanda da China

Os preços dos contratos futuros de minério de ferro em Dalian ampliaram os ganhos pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira, apoiados pelas crescentes expectativas de uma onda de retomada da produção entre as siderúrgicas no principal consumidor da China.

O contrato de minério de ferro mais negociado para maio na Bolsa de Commodities de Dalian (DCE) da China, DCIOcv1, encerrou as negociações diurnas com alta de 1,23%, a 823,5 iuanes (US$ 114,39) por tonelada.

A produção de metal quente, amplamente utilizada para medir a demanda por minério, deverá ter algum aumento esta semana, disseram analistas da Chaos Ternary Futures em nota, acrescentando que a crescente competitividade de custos do minério após uma queda significativa de preços provavelmente aumentará seu apelo.

Analistas da ANZ disseram em nota que “a recente queda nos preços parece ter desencadeado algumas compras oportunistas”.

Os volumes de transações de minério de ferro nos principais portos chineses pesquisados ??aumentaram 20% no comparativo diário, para 1,27 milhão de toneladas na terça-feira, mostraram dados da consultoria Mysteel.

O minério de ferro de referência SZZFJ4 de abril na Bolsa de Cingapura estava, no entanto, 0,98% mais baixo, a US$ 105,6 a tonelada, às 07h26 GMT, pressionado por preocupações persistentes sobre o momento e a escala da recuperação da demanda de minério no futuro, bem como o alto nível remanescente de estoques de minério portuário.

A produção de aço bruto na China deverá cair em março em relação aos níveis do ano anterior, já que as usinas atrasaram as reinicializações ou iniciaram a manutenção após o feriado do Ano Novo Lunar de fevereiro, em meio à demanda fraca, disseram analistas.

Outros ingredientes siderúrgicos no DCE avançaram ainda mais, com o carvão metalúrgico DJMcv1 e o coque DCJcv1 subindo 1,80% e 0,72%, respectivamente.

A maioria dos índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai subiu. O vergalhão SRBcv1 subiu 0,71%, a bobina laminada a quente SHHCcv1 ganhou 0,80%, o fio-máquina SWRcv1 ficou pouco alterado, enquanto o aço inoxidável SHSScv1 caiu 0,83%.

“Alguns traders com posições vendidas fecharam posições para garantir lucros desde sexta-feira passada; e a recente recuperação dos preços contribuiu para a liberação da demanda reprimida dos setores downstream”, disseram analistas da Everbright Futures em nota.

“Além disso, observam-se mais compras especulativas e o sentimento do mercado melhorou até certo ponto”, acrescentaram.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/03/2024

ArcelorMittal anuncia brasileiro Kleber Silva como novo diretor executivo de mineração

A ArcelorMittal anunciou nesta terça-feira (19) que o brasileiro Kleber Silva foi nomeado diretor executivo de mineração e vice-presidente executivo da companhia. Ele assumirá as posições em 8 de abril.

Silva substituirá Stefen Buys, que ocupava o cargo de diretor executivo do segmento desde outubro de 2021 e que, segundo a fabricante de aço e minério, “deixará a empresa para buscar outras oportunidades”.

Kleber Silva retorna à companhia após deixar o grupo em 2017, quando assumiu na Eramet o cargo de vice-presidente executivo e diretor de operações de mineração e metais. Nestas funções, era responsável pelas atividades globais de mineração e metalurgia para manganês, níquel, zircônio, titânio, areias minerais, ligas de manganês e lítio.

Silva destaca como objetivos o crescimento da mineração da empresa com a implementação de tendências da indústria, como segurança, ESG, descarbonização e digitalização.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/03/2024

Brasil consegue permissão para exportar 100 novos produtos do agro para 49 países

O Brasil conseguiu autorização para exportar 100 novos produtos do agronegócio para 49 países desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A marca da abertura de 100 novos mercados foi atingida nesta terça-feira, 19, com a autorização para as empresas brasileiras venderem carnes para oEgito.

A abertura de mercados para o agronegócio no exterior ocorre enquanto o governo tenta melhorar a relação entre o presidente Lula e o agronegócio. Uma série de episódios envolvendo o petista e ruralistas afetaram essa interlocução.

No ano passado, o presidente Lula se referiu a representantes do agronegócio como “alguns fascistas de São Paulo” após o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ter sido desconvidado para participar da Agrishow, uma das maiores feiras do setor, realizada em São Paulo.

Carlos Fávaro é ruralista e, como senador licenciado, é um dos integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Na reunião ministerial que promoveu na segunda-feira, 18, Lula citou o chefe da pasta em função da abertura de novos mercados. Naquele dia, o número ainda era de 98 novas autorizações.

“Ele (Fávaro) certamente vai ganhar um prêmio de alguma instituição internacional por ser o melhor vendedor que o Brasil teve nesses últimos tempos. Vendedor de políticas boas, vendedor de produtos produzidos pelo Brasil e não vendedor de empresas estatais”, disse o presidente na abertura da reunião.

A abertura de mercado significa que o Brasil passou a ter autorização para exportar um produto para outro país, atendendo a determinados requisitos sanitários e técnicos que mudam de acordo com a mercadoria e o destino da venda.

A mais recente abertura permite que empresas brasileiras vendam carnes e produtos como coração, fígado, rins, pulmões, rabo, pés, miolo e língua de animais ovinos para o Egito. Também neste ano, o Brasil conseguiu autorização para exportar pescados de cultivo para a África do Sul, gelatina e colágeno derivado de suínos para a Grã-Bretanha e ovos para a Rússia, entre outros mercados.

Integrantes do Ministério da Agricultura e do Itamaraty atribuem parte da abertura de novos mercados às viagens internacionais de Lula. Em comparação com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a abertura de mercados do agronegócio aumentou. Nos 15 primeiros meses da gestão Bolsonaro, o Brasil conseguiu autorização para exportar 50 novos produtos em 24 países.


Exportações do agro batem novo recorde em fevereiro de 2024
Açúcar, algodão, café verde e carne bovina foram os produtos que impulsionaram o mercado
a quase 20% de aumento em comparação com o mesmo período do ano passado

Açúcar, algodão, café verde e carne bovina. Esses quatro produtos levaram o agronegócio brasileiro a ter um resultado positivo, no mês passado. “Nós temos uma produção muito grande, principalmente vinculada ao setor primário, ao agronegócio — e são grandes volumes de produtos exportados que acabam gerando um saldo positivo na balança comercial”, explica o advogado especialista em agronegócios Francisco Torma, ao comentar o desempenho do país que, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, teve desempenho recorde em fevereiro com relação ao mesmo período do ano passado..

A notícia pode até deixar o setor otimista, mas na opinião do Francisco Torma, o Brasil ainda carece de mais investimentos para que os produtos tenham maior competitividade e atratividade no mercado.

“Óbvio que temos desafios gigantescos, principalmente por estarmos num país com dimensões continentais. E quando nós trabalhamos política agrícola dentro de um país de dimensões continentais, nós vamos precisar fazer adaptações regionais”, analisa.

As exportações do agronegócio alcançaram cifras recordes para os meses de fevereiro, chegando a US$ 11,63 bilhões. O valor foi 19,7% superior na comparação com os US$ 9,71 bilhões exportados em fevereiro de 2023, correspondendo a um crescimento de US$ 1,91 bilhão nos valores exportados, conforme dados do MAPA.

A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) mostra os números do agro com relação aos produtos que se destacaram e que contribuíram para o crescimento das exportações em fevereiro de 2024: açúcar (+ US$ 1,06 bilhão); algodão (+ US$ 406, 55 milhões); café verde (+ US$ 313,06 milhões) e carne bovina (+ US$ 211,65 milhões).

Para o analista e consultor de SAFRAS & MERCADO Fernando Iglesias, não adianta ter um índice de produtividade espetacular dentro do seu ramo, mas na hora de comercializar, pecar em alguns aspectos básicos. 

“As regiões que nós temos maior preocupação nesse momento são as grandes regiões que produzem leite, aqui na região sul por exemplo, temos que considerar também os estados do Mato Grosso, alguns outros estados em que a quebra da soja foi mais expressiva e os produtores dessas regiões encontram maiores dificuldades. São dificuldades que poderiam ser mitigadas em caso de bom uso das ferramentas de gestão de risco e gestão de preço.”, salienta.

Exportações e importações

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a China continua sendo a principal parceira do agronegócio brasileiro, tendo adquirido US$ 3,60 bilhões em produtos do setor em fevereiro de 2024. O valor colocou o país asiático com 31,0% de participação nas exportações brasileiras do agronegócio no mês. Na sequência vêm os Estados Unidos com US$ 842 milhões.

As importações de produtos agropecuários passaram de US$ 1,34 bilhão em fevereiro de 2023 para US$ 1,44 bilhão em fevereiro de 2024 (+7,5%). Além desses produtos, houve aquisições de inúmeros insumos necessários à produção agropecuária, como: fertilizantes (US$ 640,47 milhões) e defensivos agropecuários (US$ 306,55 milhões).

Para o especialista em agronegócios Marcelo Moura, o país precisa continuar investindo, continuar recebendo incentivos para trazer sempre bons resultados para um setor que é responsável por movimentar a economia.

“Pra colher tem que plantar, e pra plantar precisa de insumos. Então são resultados bastante otimistas, quase 20% de crescimento para o mês. A gente espera que o ano, apesar das dificuldades, principalmente climáticas, que se anunciam, possa trazer novos resultados como esse”, deseja.


Com agências de notícias (Estadão e Brasil 61)

Fonte: Infomet
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 20/03/2024

ArcelorMittal: investimentos geram redução de emissões

Quando assinou o Termo de Compromisso Ambiental (TCA), em setembro de 2018, a ArcelorMittal, unidade Tubarão, já figurava como exemplo de eficiência em gestão atmosférica entre as produtoras de aço no Brasil e no mundo.

Com histórico de investimentos contínuos para redução dos seus impactos ambientais, que vêm desde sua inauguração e incluiu a criação de uma área verde em seu entorno, a empresa frisa que sempre manteve índices de emissões atmosféricas abaixo dos limites da legislação, tendo sido pioneira no uso de diferentes tecnologias de monitoramento e controle.

No processo de construção do TCA, realizado por meio de um diálogo aberto e produtivo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), o Ministério Público Federal (MPF), o governo do Espírito Santo e os representantes da sociedade, a ArcelorMittal, unidade Tubarão, comprometeu-se a fazer mais para elevar o seu patamar de qualidade ambiental.

O foco foi ouvir as expectativas e estruturar um plano de investimentos centrado no propósito de atender o principal interesse de todos os envolvidos: o bem-estar e a qualidade de vida da população da Grande Vitória.

As metas estabelecidas no TCA são direcionadas a aprimorar os controles para reduzir as emissões de material particulado em fontes difusas, que não são dutos ou chaminés, usando as melhores tecnologias disponíveis no mundo.

Para atingir esse objetivo, a empresa criou o Programa Evoluir, que, além de gerir os investimentos previstos, desenvolveu ações abrangentes – que incluíram treinamentos, parcerias científicas, ações de comunicação, entre outras – para promover uma transformação tecnológica e cultural em sua gestão ambiental.

“O TCA e o Evoluir são marcos na nossa história de compromisso ambiental não só pela grandeza dos investimentos realizados e pela instalação das melhores tecnologias disponíveis no mundo, mas principalmente pela ação das pessoas envolvidas nos processos”, diz Jennifer Oliva Coronel, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal.

“Quem faz a eficiência da gestão ambiental acontecer não são os equipamentos, mas sim as pessoas. Compreendendo a dimensão do nosso compromisso com a qualidade do ar da Grande Vitória, onde todos nós moramos, elas participaram ativamente, inclusive contribuindo com dezenas de sugestões que geraram outras melhorias. Essa evolução no comportamento é que vai nos impulsionar para novos avanços”, ressalta.

“Quem faz a eficiência da gestão ambiental acontecer não são os equipamentos, mas sim as pessoasJennifer Oliva Coronel, ArcelorMittal,

Metas em dia e inovações garantem bons resultados

Com investimentos de R$ 1,9 bilhão, o Programa Evoluir, da ArcelorMittal, unidade Tubarão, completou cinco anos em setembro de 2023 com um total de 446 planos de ação implementados.

Neste mês, 95% das metas acordadas no Termo de Compromisso Ambiental (TCA) já estão concluídas. Dos 131 objetivos estabelecidos, 124 já foram entregues e, destes, 76 já receberam a validação do Iema.

Até o final do ano, a ArcelorMittal, unidade Tubarão, vai entregar outros investimentos em andamento para cumprir as sete metas restantes.

Ano a ano, as reduções de emissões foram sendo confirmadas pelo monitoramento e pela avaliação dos dados reportados por meio do Inventário de Fontes da ArcelorMittal, que segue a metodologia determinada pelo Iema desde o final de 2018.

Os dados apontam que as emissões de material particulado em fontes difusas tiveram redução de 29% entre 2019 e 2023.

“É um resultado muito significativo quando falamos de uma empresa que já tinha indicadores de emissão abaixo da média do setor de produção de aço. E, com a consolidação de investimentos que estão em andamento, vamos reduzir ainda mais”, observa Jennifer Coronel, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal.

Rota Evoluir é exemplo de ação de transparência

“A assinatura do TCA (Termo de Compromisso Ambiental) e a criação do Programa Evoluir também contribuíram para fortalecer nossos laços com a sociedade capixaba, impulsionando novas ações de transparência e comunicação”, ressalta a gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da ArcelorMittal, Jennifer Coronel.

Entre essas ações, a gerente destaca o lançamento do Aplicativo Evoluir, uma inovação que permite acompanhar de forma on-line o andamento de todas as metas do TCA, desde 2019, e a Rota Evoluir, criada no início de 2023, que já levou mais de 120 pessoas para visitar a empresa e conhecer de perto os resultados e os investimentos realizados.

“Usando a tecnologia ou recebendo as pessoas em nossa empresa, essas ações ampliam o diálogo e nos permitem mostrar o que temos feito com clareza. Nessa comunicação aberta, compartilhamos com todos que o nosso foco é beneficiar as pessoas e o planeta, buscando as melhores tecnologias existentes e até criando novas”, conclui Jennifer Coronel.

Destaques do programa evoluir

Tecnologia de ponta: Entre as centenas de novos controles implantados na ArcelorMittal, unidade Tubarão, pelo Programa Evoluir para cumprir as metas definidas no TCA, destacam-se equipamentos de ponta desenvolvidos especialmente para reduzir ao máximo as emissões geradas em fontes difusas. Veja algumas dessas inovações.

Instalação de seis novas wind fences no entorno de pátios de materiais

As novas barreiras de vento somam um investimento total de R$ 251 milhões. Juntas, têm 8,5 km de extensão e 175.000 metros de cobertura. O investimento foi finalizado em setembro de 2023. A imagem mostra a wind fence localizada no entorno do pátio de carvão.

Correias Transportadoras e Torres de Transferência

Cerca de R$ 70 milhões foram direcionados para enclausurar torres de transferência e instalar mais de 20 mil coberturas, ao longo de 42 km de correias transportadoras, com tecnologias específicas a cada tipo de material. A imagem mostra a área de transporte de carvão para o pátio deste material.

Implantação de 23 novos Sistemas de Controle Atmosférico

A imagem acima mostra um desses equipamentos, instalado em setembro de 2021 para atender a Unidade de Beneficiamento de Coprodutos e o basculamento de gusa em emergência, que sozinho representou um investimento de R$ 56,5 milhões.

Novos carros de carregamento para a coqueria convencional

Esse investimento de R$ 42 milhões foi realizado voluntariamente pela empresa e entregue em dezembro de 2022. O TCA previa apenas a reforma desses equipamentos, e o investimento foi integrado ao Programa Evoluir.

Pavimentação e controle de emissões

De 2019 a 2023, a empresa investiu cerca de R$ 103 milhões para pavimentar 174 mil m de vias e pátios. Também foram feitas melhorias nos sistemas de limpeza, umidificação e aplicação de polímeros, além da instalação de novos lavadores de rodas nas saídas dos pátios.

Sistema de Captação da Aciaria

Com investimento de US$ 65 milhões (R$ 320 milhões), está sendo instalada uma coifa de 4.300 m acima do telhado da aciaria, (marcada em verde na imagem), com alta capacidade de captação de material particulado para posterior tratamento. A previsão de entrega é para dezembro.

Sistemas de controle de emissões nos carros da coqueria Heat Recovery

A alteração realizada nos oito carros da unidade traz para a usina a melhor tecnologia disponível hoje para controle de emissões. O investimento de R$ 66 milhões foi concluído em 2023.

Sistema de captação nas três máquinas desenfornadoras

Com tecnologia inédita no Brasil, é um investimento de US$ 12 milhões (R$ 60 milhões), que integra o Programa Evoluir e não estava previsto no TCA. Seu objetivo é aumentar a capacidade de captação das emissões fugitivas durante o desenfornamento do coque na coqueria convencional. A previsão de conclusão desse investimento é novembro deste ano.

Sistema de dessulfuração da coqueria convencional

O sistema teve um investimento de US$ 112 milhões (R$ 560 milhões) que não integrava o TCA, mas foi incorporado ao Programa Evoluir. Com previsão de entrega para dezembro de 2025, vai reduzir ainda mais as emissões de enxofre, realizando o tratamento do gás de coqueria.

Fonte: Tribuna Online
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/03/2024

 

Minério de ferro sobe para máxima de quase uma semana com dados positivos da China e crescente liquidez à vista

Os contratos futuros de minério de ferro ampliaram os ganhos pela segunda sessão consecutiva na terça-feira, para seus níveis mais altos em quase uma semana, em meio ao crescente interesse em estocar na China, principal consumidor, em parte estimulado pelo último lote de dados otimistas.

O contrato de minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou as negociações diurnas com alta de 5,35%, a 827 iuanes (US$ 114,87) por tonelada, o maior valor desde 13 de março.

O minério de ferro de referência para abril (SZZFJ4) na Bolsa de Cingapura subiu 2,91%, para US$ 106,9 a tonelada, na madrugada de terça-feira (19), também o maior desde 13 de março.

“O aumento no investimento em ativos fixos deve ajudar a apoiar a demanda por aço”, disseram analistas da ANZ em nota.

O investimento em ativos fixos expandiu 4,2% no período janeiro-fevereiro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados oficiais na segunda-feira, contra as expectativas de um aumento de 3,2%.

Além disso, os sinais de estabilização dos preços futuros no dia anterior encorajaram algumas usinas a reentrar no mercado para adquirir cargas portuárias, com o aumento da liquidez no mercado à vista, por sua vez, impulsionando o sentimento, disseram os analistas.

Os volumes de transações de minério de ferro nos principais portos chineses aumentaram 66% em relação à sessão anterior, para 1,06 milhão de toneladas, mostraram dados da consultoria Mysteel.

“Esperamos que a produção de metal quente atinja o fundo do poço esta semana”, disseram analistas da Galaxy Futures em nota.

“A demanda por aço do setor de infraestrutura provavelmente terá um aumento óbvio no final de março ou no início de abril, por isso não achamos que deveríamos ser tão pessimistas em relação ao mercado de aço para construção”, acrescentaram.

Outros ingredientes siderúrgicos no DCE também registraram ganhos, com o carvão metalúrgico NYMEX:ACT1! e coque (DCJcv1) subiram 3,59% e 2,49%, respectivamente.

Os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai foram mais elevados. Vergalhão ganhou 2,85%, bobinas laminadas a quente subiu 2,99%, o fio-máquina (SWRcv1) subiu 2,14% enquanto o aço inoxidável foi pouco alterado.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/03/2024