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Vendas brasileiras de aço, alumínio e automotivas para EUA sujeitas a tarifa somaram US$ 6,973 bi em 2024

As exportações brasileiras de aço, de alumínio e do setor automotivo para os Estados Unidos e sujeitas às novas tarifas de importação implantadas pelo governo americano somaram US$ 6,973 bilhões no ano passado. As informações foram levantadas pelo Valor em documento divulgado nesta segunda-feira (07) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O documento apresenta números das exportações do três setores para os Estados Unidos.

Do total, a maior parte se refere às exportações de aço, que somaram US$ 4,137 bilhões em 2024. Na sequência, vêm as exportações do setor automotivo (US$ 1,687 bilhão), demais produtos de aço e alumínio da lista (US$ 881 milhões) e alumínio (US$ 267 milhões). No caso do setor automotivo, US$ 1,68 bilhão se refere a demais produtos do setor, como autopeças, e pouco menos de US$ 7 milhões a automóveis.

Em comunicado, o Mdic afirma que a “seleção de produtos deste relatório foi gerada a partir” das listas divulgadas pelo governo americano em 5 de março, no caso de aço e alumínio, e 2 de abril, no caso do setor automotivo. Em todos os caso, as tarifas de importações implantadas pelo presidente americano Donald Trump são de 25%.

O Mdic faz a ressalva, porém, “que a lista divulgada pelos Estados Unidos apresenta um nível de complexidade elevado, e os códigos tarifários utilizados podem não ter equivalência exata com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)”.

“Dessa forma, qualquer levantamento específico pode ter margens de imprecisão”, diz, afirmando que as “informações podem ser, em grande parte, comparadas”.


Consumo de alumínio no Brasil cresce 13,5% em 2024
O aumento do consumo foi impulsionado pela demanda aquecida em setores estratégicos como construção civil, eletricidade e transportes

Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o consumo de produtos de alumínio no Brasil atingiu 1,8 milhão de toneladas em 2024, um crescimento de 13,5% em relação ao ano anterior, quando o volume consumido foi de 1,6 milhão de toneladas. O aumento do consumo foi impulsionado pela demanda aquecida em setores estratégicos como construção civil, eletricidade e transportes. “O resultado reforça o papel estratégico do alumínio como material essencial à infraestrutura, à industrialização e à transição energética do país”, destaca Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL. “Trata-se de um insumo importante, de alta circularidade, elevado desempenho e múltiplas aplicações em setores críticos e importantes para a economia”, acrescenta a executiva.

Um dos segmentos que alavancaram o consumo foi a construção civil, com evolução de 21,9% na demanda de produtos de alumínio. A combinação entre maior concessão de crédito imobiliário, retomada de projetos financiados pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e a busca por edificações mais sustentáveis e eficientes tem favorecido o uso do alumínio em fachadas, esquadrias e sistemas de ventilação, devido às suas propriedades de durabilidade e leveza. Outro destaque foi o setor de eletricidade, que registrou expansão de 20,7%. A expectativa de investimentos robustos em novas linhas de transmissão, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, tem impulsionado a demanda por cabos de alumínio – devido à sua alta condutividade elétrica, menor peso, permitindo menores custos de instalação e manutenção de redes elétricas. “O fato de o Brasil contar com ativos estratégicos para o fortalecimento de uma cadeia produtiva altamente verticalizada, que tem grande parte da produção voltada ao atendimento da demanda interna, se consolida como uma vantagem competitiva relevante. Essa estrutura integrada é o que confere maior resiliência ao setor, garantindo segurança de suprimento, reduz a exposição a choques externos e fortalece a capacidade de resposta diante de crises, como as vivenciadas em cenários desafiadores, como os que estamos vivendo, marcado por uma série de tensões geopolíticas no cenário global e de disputas tarifárias”, diz Janaina.

Outros setores, como Máquinas/Equipamentos (17,8%), Transportes (15,6%), Bens de Consumo (9,5%) e Embalagens (8,4%), também contribuíram de forma significativa:

A alta em Máquinas/Equipamentos reflete um movimento de formação de estoques e de preparação da indústria para atendimento de uma demanda mais robusta de diversos setores, enquanto que Transportes foi impulsionado pela produção de ônibus escolares em atendimento do programa federal “Caminhos da Escola” e pela renovação da frota de caminhões e implementos rodoviários. Já o setor de Bens de Consumo viu o aumento da demanda por eletrodomésticos como refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado crescer, impulsionado por questões climáticas e por mudanças de comportamento, como o home office, que intensificou a compra de refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado. A indústria de Embalagens registrou aumento devido à recuperação do poder de compra das famílias, resultado da recuperação do mercado trabalho que contribuiu para a melhora dos indicadores do setor de alimentos e bebidas.

A ABAL projeta um cenário de crescimento, ainda que mais moderado no consumo doméstico de produtos de alumínio, com destaque para a continuidade da demanda em cabos elétricos e fundição. O setor segue atento aos impactos de curto e médio prazo das medidas tarifárias recentemente anunciadas pelo governo dos Estados Unidos sobre o alumínio, que podem provocar reconfigurações nas cadeias globais de suprimento. Embora o momento inspire cautela na articulação de respostas comerciais, é fundamental que o país evite ceder a movimentos oportunistas e preserve o equilíbrio competitivo da indústria nacional. Os investimentos em reativação e expansão da capacidade produtiva evidenciam o compromisso da indústria brasileira do alumínio com o fortalecimento de sua base industrial – movimento que encontra paralelo nas estratégias industriais adotadas por países como Estados Unidos e União Europeia. Diante desse cenário, a ABAL reforça a importância de avançar em uma agenda de políticas públicas voltadas à valorização da produção nacional e ao aproveitamento das vantagens competitivas do Brasil, como a disponibilidade de recursos naturais, matriz energética renovável, cadeia produtiva integrada e expansão da capacidade de reciclagem do país.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 08/04/2025

 

Brasil é o maior fornecedor de oito dos principais produtos vendidos aos EUA

O governo dos Estados Unidos anunciou, na quarta-feira (2), tarifa adicional de 10% sobre os produtos brasileiros que entram no país, regra que entrará em vigor no dia 5 de abril. Nos dois últimos meses, o governo americano anunciou tarifas específicas para a importação de aço, alumínio, veículos e autopeças. Nesses casos, a taxa de importação adicional permanecerá em 25%. 

Uma análise elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra os produtos em que o Brasil é o principal fornecedor do mercado norte-americano, na maioria, bens intermediários (insumos industriais) e bens de capital, e como as novas tarifas vão deixar os produtos mais caros aos parceiros nos EUA. 

“As tarifas podem ter um impacto negativo principalmente para a consumidor nos EUA, porque vendemos bens intermediários e insumos. Esse aumento de custos pode levar a uma pressão inflacionária e ao aumento de preços, fazendo com que o produto americano perca competitividade”, afirma a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri.

Veja a lista dos 8 produtos:

Outros produtos semimanufaturados, de ferro ou aços: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 59,9% das vendas; adicional de 25% de tarifa 

Ferro fundido bruto não ligado: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 58,1% das vendas; adicional de 10% de tarifa
Café não torrado, não descafeinado: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 25,8% das vendas; adicional de 10% de tarifa
Pasta química de madeira de não conífera: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 79,6% das vendas; adicional de 10% de tarifa
Preparações alimentícias e conservas, de bovinos: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 66% das vendas; adicional de 10% de tarifa
Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 53,6% das vendas; adicional de 10% de tarifa
Sucos de laranja não congelados, não fermentados: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 75,8% das vendas; adicional de 10% de tarifa
Niveladores: entre os países que mais vendem para os EUA, o Brasil lidera como fornecedor com 83% das vendas; adicional de 10% de tarifa
EUA são principal destino de exportações da indústria de transformação brasileira

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras da indústria de transformação, especialmente de produtos de maior intensidade tecnológica, além de liderarem o comércio de serviços e os investimentos bilaterais. Somente em 2024, a indústria de transformação brasileira exportou US$ 31,6 bilhões em produtos para os EUA. Nesse ano, a cada R$ 1 bilhão exportado para os EUA, foram criados 24,3 mil empregos, R$ 531,8 milhões em massa salarial e R$ 3,6 bilhões em produção.

CNI lidera missão aos EUA em maio

Com objetivo de estreitar laços e buscar soluções de interesse comum com os EUA, a CNI levará um grupo de empresários brasileiros ao país na primeira quinzena de maio. A expectativa é que a comitiva se reúna com representantes da indústria e do governo norte-americano para discutir agendas de facilitação de comércio e abertura de mercados de forma equilibrada.

O governo dos Estados Unidos anunciou, na quarta-feira (2), tarifa adicional de 10% sobre os produtos brasileiros que entram no país, regra que entrará em vigor no dia 5 de abril. Nos dois últimos meses, o governo americano anunciou tarifas específicas para a importação de aço, alumínio, veículos e autopeças. Nesses casos, a taxa de importação adicional permanecerá em 25%. 

Uma análise elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra os produtos em que o Brasil é o principal fornecedor do mercado norte-americano, na maioria, bens intermediários (insumos industriais) e bens de capital, e como as novas tarifas vão deixar os produtos mais caros aos parceiros nos EUA. 

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 07/04/2025

Setor do aço alerta para riscos com tarifas dos EUA e defende retomada de acordo de cotas

A recente decisão do governo norte-americano de manter a tarifa de 25% sobre as importações de aço — aplicada anteriormente sob a Seção 232 — reacendeu preocupações na indústria siderúrgica brasileira. Embora não tenha havido um novo aumento tarifário sobre os produtos do Brasil, o setor alerta para os efeitos indiretos da medida, como o redirecionamento de fluxos globais de aço para o mercado interno brasileiro.

Segundo representantes da indústria, o anúncio dos Estados Unidos sobre a aplicação de tarifas recíprocas deve acender um sinal de alerta, especialmente quanto à possibilidade de países que antes exportavam para o mercado norte-americano — e que agora enfrentam barreiras — passarem a direcionar seus produtos para o Brasil. Embora o impacto direto sobre as exportações chinesas de aço não deva ser significativo, uma vez que o país asiático já vinha sendo taxado e apresentando redução nas vendas ao mercado norte-americano, outras origens, como o Vietnã, despertam atenção.

Nesse contexto, lideranças do setor reforçam a necessidade de fortalecer os instrumentos de defesa comercial. Um dos exemplos citados é o caso da investigação de dumping no segmento de aço fino laminado a frio, em que, mesmo diante de indícios claros de práticas desleais, o governo optou por não aplicar imediatamente medidas compensatórias. A demora em agir, segundo a indústria, transmite uma mensagem de pouca urgência diante de ameaças concretas.

Além das preocupações com a concorrência desleal no mercado interno, a indústria brasileira também se mobiliza para restaurar o acordo de cotas de exportação de aço firmado com os Estados Unidos em 2018, que permitia a entrada de até 3,5 milhões de toneladas de semiacabados e 687 mil toneladas de produtos laminados por ano, sem incidência tarifária. O acordo vigorou até março de 2025, quando foi suspenso pelo governo norte-americano em decisão unilateral, retomando integralmente a tarifa de 25%.

A defesa da retomada do acordo tem sido uma prioridade tanto para a indústria quanto para o governo brasileiro, que vem conduzindo esforços diplomáticos junto às autoridades dos EUA. A expectativa do setor é de que a reativação das cotas seja benéfica para ambos os países. Em 2024, por exemplo, as usinas norte-americanas importaram cerca de 6 milhões de toneladas de placas de aço, sendo 3,4 milhões provenientes do Brasil, evidenciando a complementaridade entre as duas economias.

A não reconstrução do acordo pode representar perdas bilaterais, comprometendo o abastecimento da indústria norte-americana e limitando o escoamento da produção siderúrgica brasileira. Por isso, o setor segue confiando na continuidade do diálogo entre os dois governos para restabelecer condições mais equilibradas e previsíveis no comércio internacional de aço.

Fonte: Infomet
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 07/04/2025

Setor de aço brasileiro mantém pleito para volta do acordo de 2018 com os EUA

O Instituto Aço Brasil disse, nesta quinta-feira (3), que, após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre tarifação de outros países, o setor mantém o pedido, feito em fevereiro, pelo reestabelecimento do acordo de cotas de 2018.

Desde 2018 até 11 de março, Brasil e Estados Unidos tinham acordo que previa isenção de tarifas de importação do aço brasileiro, considerando cota de 3,5 milhões de toneladas de semiacabados e 687 mil toneladas de laminados por ano.

Em fevereiro, Trump anunciou a tarifa de 25% sobre a importação de aço e deu fim ao acordo. O anúncio de quarta-feira (2) não impôs tarifa adicional em relação ao anunciado anteriormente.

"Desde então [fevereiro], a indústria brasileira de aço vem defendendo a reconstrução do mecanismo de cotas, o que também tem sido alvo de grande esforço negocial por parte do governo brasileiro e de sua diplomacia junto às autoridades norte-americanas", informa o Instituto Aço Brasil, em nota.

"O Aço Brasil reforça que a retomada das exportações de aço aos Estados Unidos nas condições vigentes até março atende não somente o interesse da indústria de aço brasileira, mas também da indústria de aço norte-americana. As usinas norte-americanas demandaram quase 6 milhões de toneladas de placas de aço em 2024, das quais 3,4 milhões de toneladas vieram do Brasil".

Na visão do instituto, a manutenção do cenário atual, sem a retomada do acordo, é prejudicial para ambos os países.

No anúncio de 2 de abril, Trump definiu a tarifa de 10% para todas as importações provenientes do Brasil, a cota mínima em relação à lista divulgada sobre os demais países. A cobrança começará a ser feita no dia 5.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 04/04/2025

 

O Brasil no centro da disputa global por minerais estratégicos

Em meio à transição energética global e à corrida por tecnologias cada vez mais sofisticadas, o Brasil se vê novamente no centro de uma disputa internacional.

Dessa vez, não é o ouro do século XVIII nem o café que movia a economia e fazia crescer o número de ferrovias no século XIX. É o lítio, o nióbio, as terras raras e outros minerais estratégicos — elementos invisíveis ao olhar comum, quebrando tradicionalidades, mas essenciais para turbinas eólicas, baterias de carros elétricos, painéis solares, medicamentos de ponta e fertilizantes.

O mapa do interesse internacional mudou. E muito!

E o Brasil, com vastas reservas minerais, especialmente em regiões como o Norte de Minas, o Cerrado e a Amazônia Legal, se transforma em território cobiçado por potências como Estados Unidos, China e União Europeia.

A China, hoje líder absoluta na cadeia global das terras raras, vê no Brasil um possível aliado ou concorrente. Já os Estados Unidos, que buscam reduzir sua dependência asiática, olham para o país como fornecedor estratégico de segurança energética e tecnológica. A Europa, pressionada por metas ambientais rigorosas, busca matérias-primas “limpas” e sustentáveis — e também mira o Brasil.

Esse novo ciclo de exploração mineral se ancora em velhos dilemas. O desenvolvimento econômico impulsionado pela mineração costuma vir acompanhado de promessas: emprego, renda, infraestrutura, tributos.

Mas, no “chão de fábrica” das regiões impactadas, a realidade nem sempre cumpre o que a retórica promete. Povos tradicionais, pequenos agricultores e comunidades inteiras são frequentemente deixados à margem desse progresso. São eles os verdadeiros “superficiários” — habitantes das áreas diretamente afetadas, cujas vidas são alteradas pela chegada do maquinário, das barragens e da poeira vermelha que recobre tudo.

A extração de minerais estratégicos, como as terras raras, está entre as mais agressivas do ponto de vista ambiental. Produz resíduos tóxicos e radioativos, consome grandes volumes de água e muitas vezes destrói biomas inteiros.

Em nome da modernidade, repete-se uma velha lógica colonial: o centro tecnológico de um lado, os danos colaterais de outro. No Brasil, isso significa que as comunidades rurais e tradicionais continuam a pagar a conta do crescimento global — agora, ainda mais acelerado.

A legislação brasileira, embora disponha de marcos regulatórios importantes, ainda falha na proteção efetiva das populações atingidas. Falta transparência nos processos de licenciamento, falta consulta prévia, falta indenização justa. Sobram conflitos, judicializações e a sensação de que o direito, quando chega, chega tarde.

É nesse cenário que cresce a importância da assessoria jurídica especializada na defesa dos direitos socioambientais e dos interesses das comunidades afetadas.

Advogar nesses casos vai muito além do embate judicial: é trabalhar no sentido de garantir a escuta ativa dessas populações, é intermediar negociações com empresas mineradoras, é assegurar o cumprimento dos direitos constitucionais ao meio ambiente equilibrado, à saúde, à moradia e à dignidade. O advogado que atua junto aos atingidos pela mineração precisa entender do Direito, mas também de história, de cultura local, de política global. Precisa reconhecer que cada jazida aberta reabre, em alguma medida, as feridas mal cicatrizadas do nosso modelo de desenvolvimento.

O Brasil vive, hoje, mais que um novo ciclo econômico: vive uma encruzilhada ética. Pode se tornar referência em mineração sustentável e justiça socioambiental — ou repetir um passado de espoliação e invisibilidade. E essa escolha não será feita apenas nas salas de reunião entre investidores e governos. Será feita, principalmente, nas vozes que ecoam das comunidades, nas decisões dos tribunais e nos compromissos assumidos — ou não — com os que vivem onde a riqueza se extrai.

O subsolo brasileiro volta ao centro do mundo. Mas o que será feito dele ainda está em disputa.

Fonte: Cidades & Minerais
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 03/04/2025

 

Vendas de máquinas e equipamentos sobem 17% no primeiro bimestre

A receita de vendas da indústria de máquinas e equipamentos atingiu R$ 43,3 bilhões nos dois primeiros meses do ano, 16,9% acima do registrado no mesmo período de 2024. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (2), são da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

O resultado das vendas do acumulado de janeiro e fevereiro é o primeiro positivo após três anos consecutivos de queda nas receitas nos primeiros bimestres, de 2024, 2023, e 2022. 

Entre os mercados compradores, o destaque foi a melhora na demanda de máquinas para fabricação de bens de consumo, de máquinas para agricultura e de máquinas para construção civil.

Exportações 

As exportações do setor totalizaram US$ 1,6 bilhão no primeiro bimestre, uma queda de 10% na comparação com o mesmo período de 2024. Os setores fabricantes de máquinas para construção (-25,4%), indústria de transformação (-12,3%) e componentes (-10,5%) registraram os principais recuos.

Por destino, a principal queda nas exportações ocorreu nas vendas para a América do Norte (-26,8%): nos Estados Unidos, o recuo foi de 26,8%; no México, de 30,6%; e no Canadá; de 13,1%. 

Houve crescimento apenas nas exportações para a América do Sul (+12,4%) com destaque para a Argentina que ampliou as aquisições em 73,4%, principalmente em máquinas agrícolas e máquinas para construção civil.

“Com esses resultados, a América do Sul voltou a ser o principal destino das máquinas nacionais, adquirindo 35,5% de todos máquinas e equipamentos exportados pelo Brasil”, destacou a Abimaq em nota.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 03/04/2025