Notícias

Contratação de mão de obra é desafio para 96% do setor da construção civil

A dificuldade em contratar mão de obra qualificada é uma realidade para 96% das empresas do setor da construção civil, segundo pesquisa realizada pelo Portal AECweb, em parceria com o Sienge, o Ecossistema de Tecnologia e Negócios do Grupo Softplan para a Indústria da Construção e Mercado Imobiliário. O levantamento, que ouviu 602 profissionais do setor em todo o país, incluindo sócios-proprietários, diretores, gerentes, coordenadores, arquitetos e engenheiros de obra, revela que a falta de qualificação (84,1%) e a escassez de profissionais em geral (58,8%) são os principais obstáculos. Baixa produtividade (50,8%), alta rotatividade (42,4%) e custos elevados (24,9%) também contribuem para o cenário desafiador.

Entre os fatores que dificultam a contratação, destacam-se a falta de renovação da força de trabalho (53,7%), a ausência de treinamentos adequados (49,2%), o crescimento do trabalho informal e a sua atratividade (47,3%), além do envelhecimento da mão de obra atual (45,2%). A pesquisa também aponta para a necessidade de esforço físico inerente à profissão (30,7%) e a falta de perspectivas de crescimento profissional (28,1%) como fatores que afastam potenciais candidatos.

“A construção civil enfrenta uma crise geracional”, afirma Cristiano Gregorius, Diretor de Operações de Software do Grupo Softplan para a Indústria da Construção. “O setor precisa atrair e qualificar as novas gerações, ao mesmo tempo em que busca soluções para motivar e reter os profissionais experientes, considerando o desgaste físico e a necessidade de oferecer atrativos de carreira”.

Baixa produtividade e alta rotatividade

A pesquisa revela que a produtividade na construção civil é considerada baixa por 62,1% dos entrevistados. A falta de treinamento e capacitação (59,1%) e a baixa remuneração, aliada à desvalorização dos operários (41,4%), são apontadas como as principais causas. Contribuem também para esse cenário a falta de mecanização e industrialização nos canteiros de obras (32,2%), a terceirização excessiva (29,9%) e as deficiências no planejamento e gestão das construtoras (24,3%).

“A industrialização da construção civil, por meio do uso da tecnologia para a digitalização e modernização das atividades, se faz cada vez mais necessária para o nosso segmento”, destaca Gregorius. “Uma atuação mais conectada, planejada e integrada influencia não só no ganho de eficiência produtiva, como na redução de desperdícios e na atração de jovens profissionais. Hoje já é possível gerenciar as atividades do canteiro de obras de forma digital e com dispositivos móveis, por exemplo, mas essa ainda é uma prática com pouca adoção no Brasil”.

A rotatividade de pessoal também é um problema significativo, considerada alta por 49% e crescente por 28,6% dos participantes. A política de menor preço adotada por muitas construtoras, especialmente em licitações públicas (45,2%), é apontada como um dos principais motivadores. Informalidade (40,2%), baixa remuneração (37,4%) e terceirização (35,5%) completam o quadro de fatores que impulsionam a alta rotatividade.

Mais capacitação, melhores salários

Para enfrentar a escassez de mão de obra qualificada, 59% dos profissionais defendem que as construtoras invistam em capacitação, enquanto 41% acreditam que essa responsabilidade deve ser compartilhada por toda a indústria da construção. As principais soluções propostas incluem: melhores salários (48,8%); planos de carreira e oportunidades de crescimento (48,5%); investimento em sistemas construtivos industrializados e mecanização de canteiros (45,3% e 43,7%, respectivamente); melhoria das condições de trabalho (40,5%); políticas de atração de mulheres para o setor (31,4%); e a contratação direta, com preferência pelo regime CLT, reduzindo a terceirização (28,7%).

Segundo dados recentes do SindusCon-SP, o trabalhador médio da construção civil no Brasil é homem, média de 41 anos, com ensino fundamental incompleto, trabalha informalmente e recebe um salário médio de R$ 2.116,13. “A transformação da indústria da construção, por meio da tecnologia e da análise inteligente de dados, é a chave para tornar o setor mais atraente tanto para os profissionais experientes quanto para aqueles que estão iniciando suas carreiras. Uma atividade com menos trabalhos manuais e novos recursos tecnológicos representa também uma possibilidade desses trabalhadores se especializarem e buscarem novos conhecimentos, o que resulta, a médio e longo prazo, em uma valorização profissional”, conclui Gregorius.

Fonte: Mirian Gasparin
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 14/11/2024

 

CSN reverte lucro e tem prejuízo de R$ 751 milhões no 3º trimestre

A Companhia Siderúrgica Nacional(CSN) teve prejuízo líquido de R$ 751 milhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo lucro líquido de R$ 91 milhões no mesmo período de 2023, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta terça-feira. Os valores referem-se aos atribuíveis aos sócios controladores.

A receita líquida totalizou R$ 11,884 bilhões de julho a setembro deste ano, queda de 0,5% sobre os R$ 11,1256 bilhões de igual intervalo de 2023.

O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em R$ 2,284 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 18,9% ante Ebitda ajustado de R$ 2,815 bilhões um ano antes.

CSN Mineração

A CSN Mineração teve lucro líquido de R$ 446,3 milhões no terceiro trimestre de 2024, queda de 62,8% sobre o ganho líquido de R$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2023, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta terça-feira. Os valores referem-se aos atribuíveis aos sócios controladores.

A receita líquida totalizou R$ 2,973 bilhões de julho a setembro deste ano, queda de 31% sobre os R$ 4,310 bilhões de igual intervalo de 2023.

O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em R$ 1,139 bilhão no terceiro trimestre deste ano, queda de 42,7% ante Ebitda ajustado de R$ 1,988 bilhão um ano antes.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 13/11/2024

Librelato é a primeira implementadora a receber o certificado Aço Verde da ArcelorMittal

A sustentabilidade já não é apenas um diferencial; tornou-se uma urgência que permeia todos os setores. Em uma iniciativa pioneira no setor de implementos rodoviários, a Librelato acaba de receber o certificado Aço Verde, concedido pela ArcelorMittal, ao adotar o X-Carb em sua produção. Esse aço inovador é projetado para minimizar as emissões de CO2 ao longo de seu ciclo de vida, alinhando-se com os esforços globais pela redução de impactos ambientais.

A Librelato, uma das principais fabricantes de implementos rodoviários no Brasil e referência em inovação no transporte de carga, destaca-se não apenas pela qualidade de seus produtos, mas também pela busca contínua por soluções que respeitem o meio ambiente. O reconhecimento com o certificado Aço Verde consolida a cultura da empresa voltada à sustentabilidade, um valor essencial para o futuro do planeta e do setor industrial.

O X-Carb, desenvolvido pela ArcelorMittal, é mais do que um aço de alta qualidade: é um componente que contribui para a preservação ambiental. Produzido com tecnologias de baixo carbono, o aço verde ajuda a reduzir as emissões de CO2, sendo uma escolha estratégica para empresas comprometidas com a construção de uma economia mais sustentável.

Para a Librelato, adotar o X-Carb reflete um compromisso que vai além do econômico e do tecnológico; é uma ação que busca inspirar o setor a integrar práticas ambientais responsáveis em seus processos produtivos.

Fonte: Içara News
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 13/11/2024

Tarifas de Trump podem elevar custo de produção de carro nos EUA em US$ 40 bilhões

O retorno de Donald Trump à Casa Branca e a possível volta de suas políticas protecionistas podem elevar os custos anuais de produção de automóveis nos Estados Unidos em US$ 40 bilhões, mostram análises. Há ainda riscos de desacelerar os passos em direção à descarbonização e às tecnologias de inteligência artificial.

A Toyota anunciou planos de investir US$ 1,45 bilhão no México para aumentar a produção da próxima geração da picape Tacoma para o mercado dos Estados Unidos. Mas o futuro continua incerto.

Trump planeja impor tarifas de 10% a 20% sobre todas as importações e cobrar tarifas adicionais sobre certos produtos individuais.

O presidente dos Estados Unidos tem a opção de aumentar as tarifas sem passar pelo Congresso, exercendo o Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional.

Essas altas tarifas teriam um grande impacto na indústria automobilística. Cerca de 15 milhões de veículos são vendidos ao ano nos Estados Unidos, perdendo apenas para a China. Muitos deles são importados do México, Canadá e Japão, o que levaria a preços mais altos.

As tarifas não se aplicariam apenas a carros acabados. O México se beneficia do Acordo Estados Unidos-México-Canadá que elimina tarifas sobre importações para os Estados Unidos. O México foi responsável por 41% das peças importadas para os Estados Unidos de janeiro a junho deste ano. Devido às disputas comerciais entre Washington e Pequim, as montadoras aumentaram as compras do México em vez da China, mas isso agora está enfrentando um retrocesso.

A AlixPartners, uma empresa de consultoria dos Estados Unidos, calculou que se altas tarifas forem impostas sobre peças importadas, o custo de fabricação por carro feito nos Estados Unidos pode aumentar em até US$ 4 mil. Com base em uma escala anual de produção de automóveis nos Estados Unidos de 10 milhões de carros, isso aumentaria os custos em US$ 40 bilhões.

Se as tarifas forem impostas, não apenas a indústria automobilística será forçada a aumentar a produção nos Estados Unidos, mas outras indústrias de manufatura, como aço e máquinas, também terão que fazer o mesmo.

O centro de estudos Tax Foundation, sediado em Washington, estima que as tarifas podem aumentar a receita dos Estados Unidos em US$ 3,8 trilhões no longo prazo. Mas provavelmente as empresas que atendem clientes dos Estados Unidos cubrirão os custos mais altos aumentando os preços.

O negócio de energia renovável também teria preços mais altos. Trump vê a redução dos custos de energia como um trunfo para evitar o ressurgimento da inflação. Para esse fim, ele provavelmente incentivará o aumento da produção e o novo desenvolvimento de combustíveis fósseis. Ele também pretende expandir as exportações de gás natural liquefeito.

Trump sugeriu se retirar do acordo de mudança climática de Paris, contrariando a tendência global. O governo atual, de Joe Biden, atraiu um total de US$ 265 bilhões em investimentos em descarbonização de empresas nacionais e estrangeiras por meio de subsídios massivos, mas alguns desses aportes provavelmente serão retirados.

O apoio à geração de energia renovável provavelmente diminuirá. Trump tem uma postura particularmente dura em relação à energia eólica offshore, o que pode levar à interrupção de projetos, disse o Departamento de Pesquisa Industrial do Mizuho Bank.

Enquanto isso, a política linha-dura de Trump sobre imigração pode repercutir no setor de tecnologia.

Se Washington restringir os vistos de trabalho, há preocupações de que isso teria um efeito negativo na indústria de inteligência artificial e limitaria a entrada de talentos. Trump apelou aos eleitores para interromper a entrada de imigrantes ilegais para proteger empregos domésticos e a segurança pública. Isso tem o potencial de reduzir a entrada de imigrantes em geral no país, não apenas aqueles que entram ilegalmente.

Durante seu primeiro mandato, Trump tentou fortalecer as restrições à imigração para trabalhadores altamente qualificados com o visto de trabalho H-1B. A taxa em que as autoridades rejeitaram os pedidos de visto aumentou, atingindo um pico de quase 25% em 2018. Sob o governo de Joe Biden, a taxa caiu para menos de 5% em 2023.

Trabalhadores altamente qualificados de lugares como a Índia, que trabalham com vistos H-1B, são responsáveis pelo desenvolvimento de tecnologia de ponta nos Estados Unidos, como inteligência artificial. Um funcionário do Google que disse que estava buscando um green card para residência permanente agora se pergunta se ele pode "obter um visto em primeiro lugar".

Há esperanças de que a desregulamentação e os cortes de impostos reduzam os custos operacionais quando Trump retornar. Também há expectativas de que o aperto sobre as fusões e aquisições entre empresas nacionais, que foi fortalecido sob a administração Biden, será relaxado.

Mas os custos crescentes de políticas comerciais voltadas para dentro podem anular esses benefícios. Trump apregoou uma abordagem "América Primeiro" e foi descrito como "unilateral". Uma segunda administração pode vê-lo adotar uma abordagem mais agressiva para reconquistar empregos e indústrias.

Pode-se dizer que a abordagem política de Trump enfatiza benefícios práticos. O conteúdo de suas políticas voltadas para dentro também pode mudar dependendo de negociações diplomáticas. Diante dessa imprevisibilidade, as empresas precisarão se preparar para vários cenários.

Fonte: Valor
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 13/11/2024

 

Faturamento da indústria de materiais de construção cresce 9,2% em outubro

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou no dia 12 de novembro a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela FGV com dados do IBGE, apresentando números de faturamento do setor.

O estudo indica que em outubro o faturamento das indústrias de materiais de construção continua positiva, com alta de 1,1% sobre os resultados de setembro e de 9,2% na comparação com outubro de 2023.

Os números reforçam a expectativa de um bom ano para as indústrias de materiais, com uma projeção de crescimento de 4,5% em relação a 2023.

Já os dados consolidados de setembro comprovam a evolução dos negócios das indústrias de materiais com aumento de 9,5% em relação ao mesmo mês de 2023, e na comparação com agosto houve expansão de 1%.

A análise segmentada mostra que o faturamento deflacionado das indústrias de materiais de base registrou crescimento de 8,3%, enquanto os materiais de acabamento apresentaram expansão de 10,7% em relação a outubro de 2023.

Na comparação com setembro as estimativas indicam aumento de 1,4% e 0,8%, respectivamente.

"O faturamento das indústrias de materiais de construção tem mostrado resultados consistentes, superando as expectativas de crescimento em 2024. Esses dados não apenas sinalizam um bom desempenho no ano, mas também criam um ambiente propício para um início promissor em 2025, com maior confiança do mercado e potencial para novos investimentos", comenta Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.

O Índice Abramat é um importante indicador do desempenho do setor de materiais de construção no Brasil, e seus dados confirmam um cenário promissor, à medida que novos projetos de construção e renovação seguem em alta.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 13/11/2024

 

Mangel planeja investimentos no aumento da capacidade produtiva da unidade de Manaus em 2025

 

A Mangels Componentes da Amazônia Ltda., que mantém unidade no Polo Industrial de Manaus (PIM) desde 2008, deverá realizar investimentos para expansão e ampliação da capacidade de produção em 2025.

Entre os planos de expansão para 2025, a Mangels pretende investir na ampliação de sua linha de corte transversal, que deve aumentar sua capacidade produtiva. Atualmente, a empresa trabalha em um único turno, com previsão de expansão para mais turnos.

A empresa também vem desenvolvendo soluções de produtos para a redução de emissões de carbono e impacto ambiental. Por exemplo, o novo cilindro de gás liquefeito de petróleo (GLP) tem peso reduzido de 14,5 kg para 9,5 kg, o facilita o transporte e diminui em 30% as emissões de CO2 na produção. Outro destaque é a Tecnologia de Borda Reduzida (TRA) nas rodas de alumínio, que reduz o peso das rodas e aumenta a eficiência em até 50% na redução de CO2 dos veículos. Já cilindros de ar de alumínio, leves e duráveis, são eficientes para o armazenamento e transporte de gases comprimidos.

Fundada em 1928, a Mangels conta com 96 anos de história e atende diretamente grandes empresas do setor automobilístico, de motocicletas, caminhões, ônibus, eletrodomésticos e empresas de gás da América do Sul. Entre os produtos do seu portfólio estão cilindros de gás liquefeito de petróleo (GLP), rodas automotivas e tanques de ar, presentes em toda a América Latina.

Fonte: IPESI
Seção: Mecânica, Metalurgia & Materiais
Publicação: 13/11/2024