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Balança comercial abre dezembro com superávit de US$ 1,07 bilhão

A balança comercial brasileira abriu o mês de dezembro com superávit de US$ 1,07 bilhão, em alta de 191,6% em relação à média diária de dezembro de 2020, elevando para US$ 58,13 bilhões o superávit acumulado do ano.

As exportações na primeira semana do mês cresceram 60,4% e somaram US$ 4,04 bilhões, enquanto as importações subiram 37,9%, chegando a US$ 2,96 bilhões.

A corrente de comércio (soma das exportações e importações) aumentou 50%, alcançando US$ 7 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Com os US$ 58,13 bilhões, o superávit registra alta de 25,4% no acumulado de janeiro até a primeira semana de dezembro, refletindo o crescimento de 35,1% das exportações, que chegaram a US$ 260,06 bilhões, e de 38,2% das importações, que totalizaram US$ 201,93 bilhões. A corrente de comércio atingiu US$ 461,99 bilhões no período, com aumento de 36,5%, em comparação com o resultado de janeiro a dezembro do ano passado.

Exportações no mês

As exportações na primeira semana do mês cresceram nos três setores. A alta foi de 37,1% em Agropecuária, que somou US$ 452 milhões; de 77,4% na Indústria Extrativa, com US$ 1,19 bilhão; e de 57,8% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 2,37 bilhões.

Entre os produtos agropecuários, a expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas de café não torrado (+55,8%), especiarias (+270,8%) e soja (+973,9%).

Para a Indústria Extrativa, contribuíram os aumentos dos valores exportados de minério de ferro e seus concentrados (+32,7%), minérios de cobre e seus concentrados (+238%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+146,8%).

Já a Indústria de Transformação refletiu principalmente o incremento das vendas de farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (+202,8%), produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+373%) e outras máquinas e equipamentos especializados para determinadas indústrias e suas partes (+1.015,3%).

Importações por setores e produtos

Do lado das importações, a Secex registrou crescimento de 1,1% em Agropecuária, que somou US$ 55,60 milhões; de 408,2% na Indústria Extrativa, com US$ 337,9 milhões; e de 25,9% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 2,51 bilhões.

Os produtos com maiores crescimentos nas compras externas, nesta primeira semana de dezembro, foram trigo e centeio não moídos (+15,6%), milho não moído, exceto milho doce (+109,6%) e cacau em bruto ou torrado (+37%) na Agropecuária.

Na indústria Extrativa, destaque para outros minérios e concentrados dos metais de base (+427,9%), carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+133%) e gás natural, liquefeito ou não (+1.358,6%).

Já a Indústria de Transformação aumentou as compras de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+138,7%), medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+186,6%) e adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+131,3%).


Fonte: Metrópoles
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 07/12/2021

 

Exportações e importações de serviços por empresas brasileiras podem ser ampliadas

Primeiro resultado concreto das recentes negociações plurilaterais na Organização Mundial do Comércio (OMC), o Acordo para Regulação Doméstica de Serviços quebra um jejum de oito anos de novas regras estabelecidas pela organização e pode contribuir para aumentar exportações e importações de empresas  brasileiras de serviços, na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O tratado é resultado das negociações de acordos plurilaterais, que não dependem do consenso dos membros. O novo acordo conta com 67 países, incluindo o Brasil. Dentre os membros do G-20, apenas África do Sul, Índia e Indonésia não fazem parte do tratado. As negociações foram concluídas na última quinta-feira (02).

- Conheça o B20, o braço empresarial do G20

Levantamento da OMC e da OCDE sugere que a implementação das novas regras pode ter impacto de US$ 150 bilhões anuais no mundo, com destaque para os setores financeiros, de comunicações e de transporte. O Brasil foi, em 2020, o 28º maior país no comércio de serviços, com uma corrente de US$ 75 bilhões no  ano.

“Ao reduzir a burocracia, empresas brasileiras podem ter oportunidades de comprar e vender mais  serviços. Setores industriais mais intensivos em serviços tendem a ser mais inovadores e produtivos, o que  fortalece a indústria. Além disso, o acordo mantém a função negociadora da OMC em curso, crucial para  os interesses comerciais do Brasil”, afirma o gerente de políticas de integração internacional da CNI, Fabrizio Panzini.

Com esse passo, os acordos plurilaterais consolidam-se como uma nova forma de negociação da OMC. Esse marco pode impulsionar a implementação desse modelo na conclusão de acordos em outros temas importantes como subsídios, disputas comerciais e investimentos.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 07/12/2021

MPMG e MPF firmam acordo com ArcelorMittal para aprimoramento de medidas de segurança e garantia de abastecimento hídrico em Itatiaiuçu

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Ministério Público Federal (MPF) firmaram, em atuação conjunta, Termo de Ajustamento de Conduta com a empresa ArcelorMittal Brasil S.A., acerca do empreendimento minerário situado no município de Itatiaiuçu, na região central do estado. O compromisso, que faz menção a documento anteriormente assinado entre as partes, busca estabelecer, de forma definitiva, prazos para a adoção de medidas relacionadas à descaracterização da Barragem Serra Azul, incluindo a conclusão da estrutura de contenção à jusante (ECJ), a qual tem a finalidade de reduzir impactos abaixo da barragem em caso de eventual rompimento. 

Além disso, foram estabelecidas obrigações voltadas à reparação ambiental de eventuais áreas degradadas durante o processo de descaracterização da barragem de rejeitos de Serra Azul e à segurança hídrica da população, garantindo resiliência no abastecimento de água às pessoas em caso de eventual rompimento, incluindo medidas em prol da Estação de Tratamento de Água (ETA) Rio Manso. 

Pelo MPMG, atuaram a Promotoria de Justiça de Meio Ambiente da Comarca de Itaúna, a Coordenadoria de Meio Ambiente e Mineração (CEMA) e a Coordenadoria Regional das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Alto do Rio São Francisco, enquanto que, pelo MPF, atuou a Procuradoria da República com sede em Divinópolis.

Fonte: MPMG
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 07/12/2021

 

Queda nas exportações foi a maior desde 2014

As exportações de veículos em novembro caíram 6% em novembro na comparação com outubro, apontou o balanço da Anfavea divulgado na segunda-feira (6). Foram embarcadas no período 28 mil unidades, o pior resultado para o mês desde novembro de 2014.

No acumulado do ano, no entanto, o desempenho das exportações segue positivo. O levantamento da Anfavea mostrou que foram exportadas no janeiro-novembro 334,8 mil unidades, alta de 17% sobre o volume embarcado pelas montadoras em igual período no ano passado.

Do total exportado no acumulado do ano 310 mil unidades correspondem aos modelos leves, dentre automóveis e comerciais leves, alta de 15%. As exportações de caminhões somaram 20,7 mil unidades, alta de 80%. Já os embarques de ônibus somaram 3,6 mil unidades, 0,5% a mais.

De acordo com Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, os principais destinos das exportações de veículos produzidos no Brasil foram, em volume, Chile e Colômbia.

As exportações somaram, até novembro, US$ 6,8 bilhões aos caixas das montadoras, alta de 41,3% ante o volume faturado em igual período em 2020. Apenas em novembro, os recursos gerados pelas exportações chegaram a US$ 648 milhões.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 07/12/2021

 

Lei de emissões pode atrasar chegada de carros ao mercado

A nova etapa do programa de controle de emissões de poluentes para veículos leves, o Proconve L7, que entra em vigor a partir de 1º de janeiro próximo, pode atrasar em alguns meses a chegada ao mercado de modelos preparados para atender aos limites da legislação. Isso porque, segundo a associação dos fabricantes, a Anfavea, não houve tempo para desenvolver e homologar todos os carros segundo as novas normas, o que poderá levar algumas montadoras a retirar temporariamente de seu catálogo alguns desses veículos até terminar o processo de homologação. 

A informação foi confirmada na segunda-feira, 6, pelo presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. Segundo ele, alguns modelos ainda podem demorar até o meio de 2022 para serem adaptados e homologados às novas tecnologias de controle de emissões.

A entidade vinha alertando que em 2020 a pandemia paralisou não só as linhas de produção, mas também os departamentos de engenharia, que precisaram interromper o desenvolvimento de produtos para atender aos limites de emissões das novas fases do Proconve, tanto da L7 para veículos leves como da P8 para caminhões e ônibus a diesel, que entra em vigor a partir de janeiro de 2023. 

Como a pandemia atrasou todos os processos, alguns fabricantes não vão conseguir terminar tudo até o fim deste ano, como seria necessário. Desde o segundo semestre de 2020 e durante todo 2021 a Anfavea tentou convencer o governo a adiar as novas etapas do Proconve em um a dois anos, mas o Ministério do Meio Ambiente não aceitou o pleito. Com isso, os carros L6 só podem ser produzidos até o fim deste mês e vendidos como estoque de passagem até 31 de março de 2022. Modelos ainda não adaptados ao L7 terão de sair do mercado, para sempre ou temporariamente até a implementação da nova tecnologia de controle de emissões. 

Mais tempo para completar a produção de modelos L6 inacabados

A falta de componentes eletrônicos (semicondutores) vivenciada pela indústria este ano adicionou um novo problema ao prazo já apertado para homologar e produzir modelos L7. Existem alguns milhares de carros L6 inacabados nos pátios das montadoras à espera de peças que podem não ficar prontos até o fim de dezembro – somente a Volkswagen teria mais de 3 mil unidades nessa situação, segundo fontes informaram a Automotive Business.

As montadoras correm contra o tempo para terminar e registrar a produção desses carros L6 antes do fim de dezembro, para que eles possam ser incluídos no estoque de passagem, com venda permitida até 31 de março. A Anfavea confirma que solicitou ao governo um prazo extra para que os veículos à espera de peças possam ser finalizados em janeiro, mas segundo Moraes ainda não há resposta sobre o pleito, que vem sendo negociado pela entidade há pelo menos três meses. 

Caso a extensão do prazo de produção para veículos inacabados L6 não seja concedido, as montadoras correm o risco de perder esses estoques. Por isso, enquanto a resposta do governo não vem, estão acelerando a produção o quanto for possível – novembro registrou o maior volume produzido em 2021, com 206 mil unidades fabricadas.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 07/12/2021

Mudança para carro elétrico ameaça 500 mil empregos na Europa, dizem fabricantes

Os planos da União Europeia (UE) de proibir os veículos movidos a combustão interna até 2035 colocam em risco meio milhão de empregos, segundo afirmam fornecedores europeus de autopeças, no mais recente de uma série de duras advertências sobre os custos da rápida transição para uma tecnologia livre de emissões.

Mais de dois terços dessas 501 mil funções desapareceriam nos cinco anos anteriores a essa data, segundo uma pesquisa feita entre quase 100 companhias da Associação Europeia de Fornecedores Automotivos (Clepa), tornando difícil amenizar os “impactos sociais e econômicos” causados pelo desemprego em massa.

Mas a pesquisa feita pela PwC também constatou que 226 mil novos empregos serão criados na fabricação de peças elétricas, reduzindo o número líquido da perda de empregos para aproximadamente 275 mil nas próximas duas décadas.

Este ano, a Comissão Europeia anunciou sua intenção de eliminar 100% das emissões de CO2 dos novos automóveis até 2035. A política efetivamente proíbe a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis depois dessa data.

Embora a comissão não tenha ordenado que esses veículos sejam substituídos por outros movidos a bateria, montadoras como a Volkswagen (VW), a maior do continente, descartaram outras tecnologias como o hidrogênio.

A Clepa, que representa mais de 3.000 fornecedores automotivos, há muito afirma que o uso de tecnologias provisórias amorteceria o golpe da transição para um transporte mais limpo.

“As necessidades da sociedade são muito mais diversificadas do que uma abordagem única”, disse a secretária-geral da organização, Sigrid de Vries. “O uso de tecnologias híbridas, hidrogênio verde e combustíveis sustentáveis renováveis possibilitará a inovação na medida em que formos redefinindo a mobilidade nas próximas décadas.”

Transição problemática

Carlos Tavares, presidente executivo da Stellantis, disse, em um seminário da “Reuters” na última quarta-feira (1º) que a velocidade da transição para os carros elétricos está “colocando o setor no limite”, acrescentando que os custos do desenvolvimento de novas tecnologias poderão levar a uma grande perda de empregos.

Seu alerta segue-se a uma afirmação parecida do maior fornecedor de autopeças de capital aberto da Alemanha, a Continental, que alertou que a “harmonia social será ameaçada” se as políticas climáticas não forem acompanhadas de programas para a criação de novas oportunidades de emprego para aqueles que trabalham nas indústrias que dependem dos combustíveis fósseis.

“Podemos transformar, mas não podemos ter nenhuma descontinuidade”, disse Ariane Reinhart, membro do conselho de relações humanas e sustentabilidade da companhia sediada em Hanover.

“Criar as condições necessárias para a proteção climática significa não só acelerar a transformação, mas também evitar o desemprego em grande escala”, acrescentou ela.

No ano passado, um relatório sancionado pelo governo alertou que, aproximadamente, 400 mil empregos poderão ser perdidos na Alemanha por causa da transição para os veículos elétricos. Mas Herbert Diess, presidente executivo da VW, disse que esses cenários apocalípticos “provavelmente estão sendo um pouco exagerados”.

“Muita coisa dos carros continua igual. Eles ainda têm bancos, pintura, carroceria, interiores, rodas, eixos. Para alguns, se você trabalha em sistemas de injeção de combustível ou caixas de câmbio, provavelmente será uma transição maior. Eu diria que para 70% a 80% da indústria de autopeças não haverá transição.”

Fonte: Financial Times
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 07/12/2021