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Releia: Novo programa NR 12 apoia indústrias no financiamento de projetos para adequação de máquinas e equipamentos,

A Fiesp, o Ciesp, a Finep e o Senai-SP lançaram no último dia 07 de maio o Programa NR 12 – Diagnóstico, Certificação e Financiamento, que apoiará micro, pequenas e médias indústrias na estruturação e no financiamento de projetos para adequação de máquinas e equipamentos. O objetivo é que as indústrias possam atender às exigências da NR 12, Norma Regulamentadora que define requisitos mínimos para garantir a segurança de máquinas e equipamentos e proteger a integridade física dos trabalhadores. 

O evento de lançamento foi mediado por Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria (Dempi), que explicou a importância do programa para viabilizar a adequação às normas da NR 12 aos empresários industriais, com condições mais satisfatórias de custo financeiro e juros. “Investimentos podem ser um desafio para o industrial, mas além de permitirem a adaptação à Norma, também trazem produtividade, eficiência e competitividade para a indústria”, afirma Ziade. 

 Celso Pansera, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), aponta que os contratos da financiadora com micro e pequenas empresas passou de R$ 400 milhões em 2022 para mais de R$ 1,5 bilhão em 2023. “A NR 12 é uma norma que traz um custo para as empresas e muitas delas não têm como bancar. É um esforço grande do governo reindustrializar o Brasil e a nossa parte é trabalhar a inovação para a empresa”. 

 Rafael Cervone, presidente do Ciesp, destaca que a parceria promove financiamentos para que a indústria alcance de fato as inovações e adequações necessárias em máquinas e equipamentos, além de preservar o bem mais precioso que existe nas empresas, que são as pessoas. “Que a gente possa trabalhar a várias mãos para aperfeiçoar esse trabalho, fazer com que a NR 12 seja cada vez mais efetiva no dia a dia das micro, pequenas e médias e, se estiverem mais eficientes, as grandes também irão se beneficiar”. 

Getúlio Rocha Junior, gerente de Infraestrutura do Senai-SP, explicou o papel da instituição dentro do programa. “O grande objetivo é o Senai-SP poder auxiliar na estruturação de projetos da NR 12 e na obtenção do financiamento junto à Finep, para que indústrias do estado de São Paulo possam adequar seus equipamentos”, conta. “Nossos especialistas recebem o projeto, fazem a visita e avaliam, além de atender qualquer demanda de capacitação relacionada”. 

 Como funciona o Programa NR 12 

 As indústrias interessadas em adequarem suas máquinas e equipamentos contarão com o Programa NR 12 para apoio em cinco etapas: 

- Diagnóstico: a indústria escolhe um prestador de serviço da rede credenciada para realização de consultoria gratuita, avaliação de riscos e criação de projeto de adequação à NR 12. 

- Certificação: o Senai-SP realizará uma visita agendada para avaliar o projeto e emitir uma declaração de conformidade, caso cumpra todos os requisitos técnicos. 

- Financiamento: a indústria busca um agente credenciado à Finep para solicitar o financiamento do projeto. Nesse momento, uma análise de crédito será realizada para a liberação dos recursos. 

- Implantação: a indústria recebe os recursos da Finep e formaliza o contrato com o prestador credenciado para iniciar as intervenções nas máquinas. 

- Encerramento do Projeto: o prestador credenciado emite o documento técnico de conclusão do projeto (ART – Anotação de Responsabilidade Técnica) e o Senai-SP realiza a capacitação dos colaboradores da indústria para a NR 12. 

Linha de crédito

Para atender ao programa, foi criada a linha de crédito FINEP INOVACRED – NR12, com taxa de 4,2% ao ano e prazo de carência de até 24 meses para micro e pequenas empresas. 

Os itens financiáveis incluem: insumos e matérias-primas para adequações dos equipamentos já existentes na planta industrial; máquinas e equipamentos; softwares; treinamentos e capacitação; serviços de terceiros e consultoria; além de possíveis encargos, como ao Fundo Garantidor de Crédito e à taxa de serviço do agente financeiro. 

O evento de lançamento também contou com a participação de Luiz Antônio Chiummo, engenheiro de segurança da Gerência do Jurídico Estratégico da Fiesp; André Rebelo, diretor executivo da Fiesp; e Carlos Alessandro Schlick, diretor de Mercado da Unicoob.

A inscrição no programa, assim como condições das linhas de crédito, cartilhas de segurança e modelos de documentos podem ser acessados pela plataforma online (https://hotsite.fiesp.com.br/nr12/ - plataforma online). (Por Comunicação Senai-SP: Foto: Camilla Carvalho/Senai-SP)

Fonte: ACIG - Associação Comercial e Industrial de Garça
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 16/05/2024

 

Como as enchentes no RS afetam a produção de carros no Brasil?

As enchentes que vêm ceifando vidas e provocando estragos incalculáveis ao Rio Grande do Sul também estão causando impactos negativos na produção de carros de algumas das principais montadoras de veículos do Brasil.

Marcas como General Motors, Toyota e Fiat, esta pertencente ao Grupo Stellantis, possuem fábricas, plantas e centros de distribuição espalhados por algumas das cidades mais afetadas do RS e, por conta disso, estão com as condições de trabalho comprometidas.

Os prejuízos exatos que as marcas já acumularam por conta dos impactos das chuvas e das enchentes não foram divulgados, mas tanto GM quanto Toyota e Stellantis tiveram que tomar atitudes extremas para preservar os funcionários e evitar uma tragédia ainda maior.

A GM, que tem fábrica em Gravataí, foi a primeira a anunciar a paralisação temporária da produção por conta do alagamento da planta. A montadora desligou as máquinas na segunda-feira (6) e não tem data para retomar os trabalhos.

Enchentes causam problemas até fora do país

Os problemas na produção de carros não estão restritos aos territórios afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Os reflexos chegaram até em países vizinhos, que não sofrem diretamente com as chuvas, mas enfrentam dificuldades logísticas para manter as entregas no Brasil.

É o caso da Stellantis, que produz o Fiat Cronos, um dos sedans mais vendidos do Brasil, em Córdoba, na Argentina. A montadora interrompeu as linhas no dia 7 e deve retomar a produção ainda nesta semana se os trâmites para levar os carros ao Brasil forem normalizados a tempo.

Quem também produz carros na Argentina é a Toyota. De lá saem a picape Hilux e o SUV SW4, ambos fabricados em Zárate. Eles chegam ao Brasil e são enviados ao Centro de Distribuição localizado em Guaíba, uma das regiões mais próximas ao rio que vem causando estragos no Sul.

A montadora afirmou que apenas 5 dos mais de 1.000 carros que estão no local foram danificados, mas segue em estado de alerta para novas enchentes. A empresa utiliza o local para distribuir seus carros para as mais diversas localidades do país, mas o trabalho regular está comprometido.

Carros com linhas de produção paradas

Os carros afetados pelas enchentes e que tiveram as linhas de produção paralisadas temporariamente no Rio Grande do Sul e na Argentina figuram nas listas de mais vendidos em suas respectivas categorias.

É o caso do Chevrolet Onix, hatch que briga com Volkswagen Polo pela primeira posição entre os hatches; do Chevrolet Onix Plus, que manda no segmento dos sedans; e do Fiat Cronos, que também está entre os mais emplacados desta lista.

A Toyota, por sua vez, não chegou a interromper as linhas de produção da Hilux e do SW4, mas espera que a água que atingiu a região do Centro de Distribuição volte ao normal para, só depois, retomar os trabalhos e voltar a entregar a picape e o SUV para todas as regiões do país.

Fonte: Canaltech
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 15/05/2024

“O agronegócio brasileiro é o mais competitivo”, diz presidente do BRB

O presidente do Banco BRB, Paulo Henrique Costa, destacou as vantagens do agronegócio brasileiro durante discurso no Lide Brazil Investment Forum, realizado em Nova York, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (14/5).

Costa disse que o agro no Brasil “é o mais sustentável, desenvolvido tecnologicamente e competitivo do mundo”. “Não por acaso, uma das linhas de negócio mais importantes da atuação do BRB é o financiamento do agronegócio, notadamente no nosso Centro-Oeste”, enfatizou.

Em Nova York, o presidente do BRB disse que o banco se reinventou nos últimos anos e alavancou os ativos de R$ 15 bilhões para R$ 50 bilhões. “Em quatro anos – no meio de uma pandemia, passando por um 8 de janeiro que afetou o Distrito Federal, e por duas guerras –, a gente conseguiu multiplicar por 12 a base de clientes e passamos a ser um banco presente no país inteiro. Hoje, estamos em 93% do território nacional”, pontuou.

Costa destacou que os bancos têm potencial de construir sonhos e ajudar a transformar realidades. “O sistema financeiro brasileiro está pronto para atuar cada vez mais no desenvolvimento, no fomento. Quando a gente ouve cada um dos governadores falar de mineração, infraestrutura, agro, sustentabilidade ambiental, é mágica para o ouvido do sistema financeiro”, disse.

O presidente do Conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabucco, também falou sobre as vantagens do Brasil em relação a outros países. “O mundo precisa de paz, de segurança, e o Brasil tem a oferecer segurança energética e segurança alimentar. Temos o bônus da infraestrutura, que fará com que o país seja um grande canteira de obras para melhoria da mobilidade urbana e rural. Temos um bônus de mercado interno e das reservas internacionais”, citou.

Já o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, defendeu a modernização do estado brasileiro. “Precisamos ter um estado que continue criando as condições para que nós enfrentemos os problemas reais. Como enfrentamos isso? Com efetividade, com resultados sustentáveis”, disse.

Para Sidney, é necessário que o estado aja em três frentes: “Políticas sociais sustentáveis, aquelas que caibam no orçamento; respeito e proteção ao meio ambiente; e participação da sociedade”.

Fonte: Metrópoles
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 15/05/2024

 

Economia compartilhada, um novo estímulo para a construção civil

A chamada economia compartilhada, abordagem empresarial que tem como finalidade a otimização de recursos disponíveis, promovendo a colaboração individual e maximizando na utilização de diversos produtos e serviços, tem feito com que empresários dos mais diversos setores, principalmente da construção civil, repensem seus negócios. Neste contexto, empresas e profissionais do setor estão aderindo a estratégia colaborativa para maximizar a utilização de recursos e reduzir despesas, afetando o mercado de aluguel de equipamentos de construção.

Também conhecido como economia colaborativa, o modelo de negócio envolve a utilização mais eficiente de bens e serviços, por meio do compartilhamento entre diferentes usuários. Em vez de possuir um item para uso exclusivo, pode-se alugá-lo, emprestá-lo ou compartilhá-lo, reduzindo custos e desperdício. O modelo tem impactado também setores como transporte e hospedagem e até espaços de trabalho. 

Nesses ambientes, as pessoas podem fazer transações diretas entre si, como serviços rápidos ou aluguel e empréstimo de itens, sem a necessidade de intermediação de terceiros. Outros exemplos de serviços nesse modelo são compartilhamento de veículos, aluguel temporário de imóveis, serviços de entrega ou de cuidados, como o de pet sitter. 

“Na construção civil, a economia compartilhada envolve a locação temporária de máquinas e equipamentos entre diferentes projetos e empresas. Em vez de adquirir, construtoras, empreiteiras e profissionais autônomos podem alugar o que precisam, economizando investimentos iniciais e evitando a ociosidade de equipamentos“, conta o diretor da franquia de locação de máquinas e equipamentos para construção e reformas LocExpress, Marcus Vinícius Lara.

Serviços

"Nossa empresa realiza diversos serviços voltados para construção civil, como obras, reformas e pintura. No início, comprávamos os equipamentos de pequeno porte de acordo com cada projeto. Porém, chegou um momento em que a complexidade dos trabalhos aumentou, e as suas necessidades também. Como não tínhamos capital para comprar os equipamentos de maior porte, o aluguel foi a solução para conseguir atender esses clientes e escalonar nosso negócio”, explica a proprietária da empresa de serviços do segmento de obras em alvenaria Serviços Diversos, de Campina Grande (PB), Geiusa Paulino.

A prática de locação compartilhada representa uma tática econômica para as empresas, pois possibilita a divisão dos custos de manutenção e armazenamento de equipamentos onerosos entre vários usuários. Essa abordagem traz ainda mais flexibilidade para as empresas de construção, que têm a opção de alugar maquinário específico apenas para a duração de projetos determinados, evitando assim a inatividade dos equipamentos após o término dos mesmos.

A economia de compartilhamento expande o leque de opções de equipamentos para aluguel, oferecendo às empresas acesso a uma ampla seleção de ferramentas, que vai desde guindastes e escavadeiras até misturadores de concreto e rolos compactadores. Compartilhar equipamentos também diminui o desperdício e incentiva uma utilização mais consciente e eficaz dos recursos, alinhando-se com os princípios de sustentabilidade.

Para Marcus Vinícius, à medida que a economia compartilhada se consolida, demonstra que a locação de equipamentos de construção continua a evoluir. “Esse modelo está transformando a forma como a construção civil lida com seus recursos. A locação compartilhada de equipamentos oferece vantagens significativas, impulsionando a produtividade e sustentabilidade do setor”, esclarece.

Fonte: Folha PE
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 15/05/2024

 

Esforço internacional: confira os países que já anunciaram auxílio ao RS

As cenas das enchentes no Rio Grande do Sul rodaram o planeta e comoveram líderes de países ao redor do mundo. Diversas nações já anunciaram envios de ajuda e doações ao estado brasileiro.

Na última semana, a CNN noticiou que Israel anunciou a doação de purificadores de água. O Japão também ofereceu ajuda humanitária, doando barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, galões portáteis, lonas plásticas e purificadores de água.

O Reino Unido também fez doações ao estado brasileiro de itens médicos e emergenciais. Os britânicos também manifestaram interesse em conversar com o Itamaraty sobre ações bilaterais futuras na gestão integral de riscos e desastres, segundo o ministério.

Na América Latina, o Mercosul está unindo esforços para auxiliar o Brasil na situação. A Reunião de Ministros e Altas Autoridades de Gestão de Riscos e Desastres do Mercosul está em contato com o Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Desde o dia 5 de maio, os grupos de trabalho dedicados aos serviços hidrometeorológicos e aos alertas antecipados dentro do bloco econômico sul-americano têm permanecido ativos. Houve um diálogo contínuo entre técnicos e especialistas dos países-membros, abordando também os impactos das enchentes nas regiões da Argentina e do Uruguai.

O Uruguai, país que faz fronteira com o estado, já anunciou a disponibilização de helicópteros para auxílio nos resgates. Já a Argentina, outro país vizinho do Rio Grande do Sul, vai enviar pastilhas purificadoras de água.

A ONG norte-americana Samaritan’s Purse também colaborou, com 10 estações de purificação de água com capacidade de 400 mil litros por hora, e outros itens emergenciais.

Balanço Defesa Civil

Até o momento, mais de 140 pessoas morreram em decorrência das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada. O último balanço da Defesa Civil foi divulgado na manhã desta segunda (13). O número de municípios afetados permanece em 447.

Ao todo, 2.115.703 pessoas foram afetadas, sendo que 538.241 estão desalojadas e 80.826 permanecem em abrigos.

Desde o início das operações de socorro, já foram resgatadas 76.470 pessoas e 10.814 animais.

Ao todo, de acordo com o governo do Rio Grande do Sul, há um efetivo de 27.651 pessoas atuando nos resgates. A ação conta com o apoio de 4.405 viaturas, além de 41 aeronaves e 340 embarcações.

Fonte: CNN
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 14/05/2024

 

Brasil bate recorde na exportação de café em abril com 4,2 milhões de sacas

O Brasil exportou 4,2 milhões de sacas de 60 kg de café em abril, um volume recorde para o mês, superando o desempenho de abril de 2021, segundo relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Os embarques também renderam a maior receita cambial da história para qualquer mês ao atingirem US$ 935,3 milhões. Essa performance implica crescimentos de 53,3% em volume e de 52,6% em valor na comparação com o mesmo intervalo de 2023.

No acumulado dos 10 meses do ano safra 2023/24, as remessas cafeeiras do país ao exterior somam 39,256 milhões de sacas, apresentando evolução de 28,5% na comparação com o registrado entre julho de 2022 e o fim de abril do ano passado. Em receita, o incremento é de 13,3%, com o valor chegando a US$ 7,939 bilhões.

As exportações brasileiras de café também são recorde no primeiro quadrimestre deste ano, ao somarem 16,242 milhões de sacas, 45,6% acima do aferido nos quatro primeiros meses de 2023. Com US$ 3,444 bilhões, os ingressos com os embarques alcançaram o maior volume da história para esses quatro primeiros meses, saltando 42,4% sobre os US$ 2,418 bilhões do ano passado e superando o recorde anterior de US$ 3,206 bilhões de janeiro a abril de 2022.

Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, as volumosas exportações registradas foram puxadas pelos cafés in natura, principalmente os canéforas (conilon + robusta), que também batem recorde no ano.

“Esse desempenho é possível devido à recuperação da colheita em 2023, o que possibilita que os embarques de arábica tenham volumes consideráveis e, em especial, que os de conilon e robusta apresentem performances históricas”, explica.

Cafés mais exportados

De janeiro ao fim de abril, o café arábica permanece como o mais exportado, com 12,469 milhões de sacas, o que corresponde a 76,77% do total e representa alta de 31,3% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado.

A variedade canéfora teve 2,559 milhões de sacas embarcadas no período, sendo o destaque entre os tipos do produto ao avançar 548% em relação ao mesmo intervalo de 2023 e ampliar sua representatividade atual para 15,75% do geral.

Na sequência, vêm o segmento do café solúvel, com 1,203 milhão de sacas – queda de 3,3% e 7,41% do total – e a seção do produto torrado e torrado e moído, com 11.136 sacas (-26,5% e 0,07% de representatividade).

“Após um março recorde, voltamos a registrar o melhor volume para um mês de abril da história nas exportações dos cafés verdes, puxados pelos canéforas, o que também ampliou o recorde nos embarques de conilon e robusta do Brasil no primeiro quadrimestre”, aponta o presidente do Cecafé.

Ele reporta que esse desempenho é reflexo do cenário internacional do mercado, com disponibilidade menor do café robusta indonésio e vietnamita, espaço que foi ocupado pelo Brasil.

“Outros países produtores, inclusive, vêm importando cafés brasileiros para atenderem seus compromissos de consumo e reexportação, como México, Colômbia, Vietnã e Indonésia. Os mexicanos, por exemplo, voltaram a ampliar as importações do nosso café verde, principalmente de canéforas, para utilização da matéria-prima em sua planta fabril de solúvel, referendando a qualidade de nossos cafés como base de produtos industrializados”, destaca.

Entre janeiro e abril deste ano, o México importou 307.606 sacas dos cafés in natura brasileiros, volume que representa expressiva alta de 877% na comparação com o mesmo intervalo de 2023.

Quanto ao recorde de receita cambial obtido com as exportações no primeiro quadrimestre, Ferreira completa que o cenário do mercado internacional é novamente o motivador.

“As bolsas internacionais dispararam em abril, potencializando o valor dos embarques como um todo e, claro, do Brasil. Isso foi importante para mitigar os elevados custos nas operações dos exportadores brasileiros, que seguem trabalhando exemplarmente para honrar seus compromissos apesar dos constates gargalos logísticos”, comenta.

Atrasos nas exportações

Somente em abril, 95 navios para exportação de café, ou 80% do total, registraram atrasos no Porto de Santos (SP), principal escoador do produto no Brasil, com representatividade de 70% do total no primeiro quadrimestre, conforme o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela ElloX Digital em parceria com o Cecafé.

O índice de alteração de escalas dos navios para exportação do produto no complexo portuário do Rio de Janeiro (RJ), responsável por 27% dos embarques no acumulado de 2024, foi de 70%; em Paranaguá (PR), de 42%; em Salvador (BA), de 29%; e em Vitória (ES), de 16%. No compilado geral, 210 navios para exportação de café, ou 54% de um total de 391 porta-contêineres, tiveram atrasos em abril.

“Os exportadores brasileiros seguem enfrentando intensos desafios logísticos, com o alto índice de atrasos de navios e a falta de espaços, que incorrem em ineficiências, principalmente no Porto de Santos, destacando-se como os principais entraves na adição de elevado custos, não planejados, aos players desse segmento”, reporta Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé.

O Porto de Santos, apesar dos gargalos, segue como o principal exportador dos cafés do Brasil ao exterior no primeiro quadrimestre, com o embarque de 11,386 milhões de sacas, o que representa 70,1% do total.

Na sequência, aparecem o complexo marítimo do Rio de Janeiro, que responde por 26,8% das exportações ao ter remetido 4,352 milhões de sacas ao exterior, e o Porto de Paranaguá (PR), com o embarque de 144.372 sacas e representatividade de 0,9%.

Principais destinos

Os 10 principais compradores dos cafés do Brasil elevaram suas aquisições nos primeiros quatro meses deste ano. Os Estados Unidos lideram o ranking, importando 2,669 milhões de sacas, ou 29,4% a mais frente ao primeiro quadrimestre de 2023, o que equivale a 16,4% das exportações totais.

A Alemanha, com representatividade de 14,5%, adquiriu 2,352 milhões de sacas (+64,4%) e ocupou o segundo lugar na tabela. Na sequência, vêm Bélgica, com a compra de 1,671 milhão de sacas (+199,5%); Itália, com 1,314 milhão de sacas (+42,1%); e Japão, com 813.817 sacas (+26,3%).

Até o décimo lugar, destaca-se, ainda, o desempenho do Reino Unido, que saltou para a sexta posição no ranking com a importação de 522.233 sacas de todos os tipos de cafés do Brasil, entre janeiro e abril de 2024, volume que implica substancial crescimento de 108,2% em relação ao primeiro quadrimestre de 2023 e equivale a 3,4% do total.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 14/05/2024