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Após queda de 23% em 2024, receita de vendas de máquinas agrícolas deve crescer em 2025

A receita líquida da indústria de máquinas e equipamentos agrícolasdeve apresentar uma recuperação de 8% em 2025, após dois anos consecutivos de queda, segundo Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Agrícolas da Associação Brasileia da Indústria de Máquinas (Abimaq). Neste ano, a estimativa é que a receita do setor fique em R$ 56 bilhões, 23% menor que em 2023.

A previsão para o ano que vem considera a base baixa de comparação em 2023 e 2024, quando as vendas recuaram muito relacionadas ao menor nível de preços da soja e do milho. “Este ano, teve uma seca muito severa que diminuiu a rentabilidade do produtor desses dois principais produtos do agronegócio nacional. Estamos contando que a próxima safra, colhida a partir de fevereiro, apresente uma produtividade e uma rentabilidade melhor para o produtor, que deve voltar às compras de equipamentos”, disse ele.

“Sabemos que café, cacau, algodão, cana estão com preços ótimos, mas soja e milho representam 60% a 70% das vendas de máquinas agrícolas, por isso vemos esse resultado em 2024”, completou.

Estevão também lembrou que 2022 foi um ano com resultado recorde, de R$ 95 bilhões, que não deve se repetir tão cedo.

Cenário

O executivo afirmou que o dólar em patamar mais alto que o real, apesar de elevar os custos do produtor na aquisição de insumos, por exemplo, também aumenta a receita em real. “Esse câmbio, somado as perspectivas de safra é que justificam a perspectiva de crescimento”, argumentou.

“Os juros, porém, atrapalham, porque como acabaram os recursos do Moderfrota o do Pronaf [do Plano Safra], temos que lidar com taxas de 16% ao ano, que são muito proibitivas”, afirmou.

Dados de outubro

O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos agrícolasdiminuiu 4% em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para R$ 5,7 bilhões, segundo a Abimaq.

“Entramos agora em um efeito estatístico, com quedas mais moderadas que nos meses anteriores, mas isso não é porque as vendas melhoraram em 2024 e sim porque elas começaram a cair em outubro de 2023”, explicou Estevão.

No ano, a receita líquida do setor caiu 23,3%, ao somar R$ 50,9 bilhões.

Ao considerar apenas vendas internas, a receita líquida da indústria de máquinas agrícolas apresentou queda de 3,4% em setembro em uma base anual, com R$ 5,04 bilhões. No ano, a receita das vendas internas recuou 23,9%, para R$ 44,4 bilhões.

A receita com exportações do setor caiu 9,1% em outubro, no comparativo anual, para R$ 124,69 milhões.

Em números absolutos, as vendas de tratores e colheitadeiras somaram 6.262 unidades em outubro, o que representa uma queda de 16,9% em relação ao mesmo mês de 2023. Desse total, 5.695 unidades foram para o mercado interno, com baixa anual de 16,9%.

No acumulado do ano, as vendas de tratores e colheitadeiras totalizaram 60.125 unidades (queda de 26,9%), sendo 53.245 para o mercado interno (-26,4%).

Fonte: Globo Rural
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 28/11/2024

 

País conta com vantagens em agronegócio e área de energia

Entre as vantagens competitivas que o Brasil apresenta em relação a outros países estão a abundância de terras agricultáveis, essenciais para produzir alimentos em larga escala, sua riqueza mineral e uma matriz energética limpa. No futuro, segundo economistas, estes serão elementos que o mundo vai buscar e, por isso, o Brasil poderá estar muito bem posicionado para atender a essa demanda. Para ter uma posição vantajosa, porém, o país precisará se preparar para enfrentar a evolução tecnológica, tendo a educação como um dos pilares centrais para o sucesso nesse cenário.

“O que a gente faz com eficiência e produtividade vai ser a escassez do futuro. O mundo vai ter escassez de alimento, terras agricultáveis e de minerais, provavelmente. Estamos bem posicionados para o mundo do futuro, mas o que a gente vai colher desse mundo do futuro depende de nós”, disse a economista-chefe do Santander Brasil, Ana Paula Vescovi.

Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual, concorda que o potencial agrícola é uma das fortalezas para o crescimento futuro do Brasil. Depois de uma safra de grãos recorde de 322,8 milhões de toneladas no ano passado, o país deve encerrar este ano com produção de 299 milhões de toneladas, que, apesar de menor que a anterior, será a segunda maior da história do país, ressalta o economista.

“A expectativa é que no próximo ano a safra de grãos do Brasil cresça para perto de 330 milhões de toneladas. Isso vai continuar crescendo até o final da década”, projetou Mansueto, reforçando que o país está bem posicionado no cenário geopolítico, mesmo com um risco de maior protecionismo no comércio internacional, especialmente com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

"O que vamos colher desse mundo do futuro depende de nós”
— Ana P. Vescovi

A questão do agronegócio é fundamental para se falar no Brasil do futuro, ressalta Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos. “O Brasil era uma superpotência agrícola 20 anos atrás. Hoje nós somos muito mais do que éramos 20 anos atrás. Continuamos sendo uma superpotência em mineração e viramos uma superpotência em petróleo agora também. Então, o Brasil certamente é a maior superpower de commodities no mundo atualmente”, afirmou.

O economista da XP acrescenta que a matriz energética de baixa emissão de carbono brasileira é outro diferencial competitivo em um cenário em que a demanda global por fontes limpas está crescendo.

Mesmo para o petróleo, fonte que seguirá sendo necessária durante o processo de transição energética, o Brasil está em boa posição, acrescentou Mansueto. Ele lembra que, se há alguns anos, o país era um importador da commodity, o cenário atual é de uma balança comercial positiva para o país.

Os economistas concordam, no entanto, que o crescimento robusto e o desenvolvimento econômico de longo prazo dependem da resolução de desafios estruturais.

"O Brasil é a maior superpower de commodities no mundo atualmente”
— Caio Megale

Para Vescovi, é fundamental preparar a sociedade, por meio da educação, para reaprender a lidar com a nova dinâmica do mundo tecnológico. Ela defende que as lideranças empresariais e pessoas que estejam à frente da política trabalhem para incluir as pessoas. E tudo isso num cenário macroeconômico estável, com inflação baixa e sob controle. Também é preciso buscar uma taxa de juro que permita investimento em mais projetos, além de atrair capital estrangeiro para este grande conjunto de oportunidades que o país oferece.

“Educação é capaz de gerar coesão social e paz social. O Brasil está bem posicionado. Eu olho para o lado e é difícil achar um país tão bem posicionado para o futuro. Como a gente vai chegar lá depende de nós” ponderou Vescovi.

Para Megale, a visão para o potencial brasileiro é otimista. O economista destaca que ajustes no curto prazo são fundamentais para que o país consiga aproveitar as oportunidades de mais longo prazo. “Faz mais reformas e cresce mais. Aproveita essa onda internacional favorável, atrai os investimentos de empresas e grupos econômicos que estão com dúvida em relação ao país e, aí, a gente tem condições de crescer e nos desenvolver muito mais”, disse.

Megale observou que o mercado interno do país é absolutamente “fantástico” e nenhuma multinacional pode não pensar no Brasil como um lugar de estratégia, de investimento e de crescimento. “Nós temos grupos comerciais e econômicos aqui no Brasil, brasileiros, muito fortes e que muitas vezes a gente nem conhece, que não exportam, não importam, mas estão ligados ao mercado interno e são gigantescos. O país oferece essas oportunidades.”

Fonte: Valor
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 28/11/2024

 

Aço: Worldsteel revê dados de outubro e produção mundial cresce 1%

A worldsteel divulgou revisão para alguns dados da produção mundial de aço bruto em outubro de 2024. A produção global atingiu 152,1 milhões de toneladas no mês, um aumento de 1% em comparação a outubro de 2023. A África produziu 2 milhões de toneladas em outubro de 2024, queda de 0,4% em outubro de 2023. Ásia e Oceania produziram 111,3 milhões de toneladas, 1,7% a mais que no mesmo mês do último ano.

Já os países da União Europeia produziram 11,3 milhões de toneladas, alta de 5,5%, enquanto outros países da Europa registraram 3,4 milhões de toneladas e caíram 6,2% no mês. A produção de aço bruto no Oriente Médio atingiu 5 milhões de toneladas em outubro, 5,4% a mais do que em outubro de 2023. A América do Norte produziu 8,8 milhões de toneladas, queda de 3,6%. Rússia e outros CIS + Ucrânia produziram 6,7 milhões de toneladas, 12,2% a menos, enquanto a América do Sul produziu 3,8 milhões de toneladas em outubro de 2024, um crescimento de 7,2% na comparação com o mesmo mês de 2023.

A China produziu 81,9 milhões de toneladas em outubro de 2024, alta de 2,9% em outubro de 2023. A Índia produziu 12,5 milhões de toneladas, alta de 1,7%, enquanto o Japão produziu 6,9 milhões de toneladas e viu o desempenho cair 7,8%. Os Estados Unidos produziram 6,6 milhões de toneladas, queda de 2%. Já a Rússia teve produção estimada de 5,6 milhões de toneladas, queda de 15,2%. A produção da Coreia do Sul caiu 1,8%, para 5,4 milhões de toneladas em outubro. A Alemanha produziu 3,2 milhões de toneladas, alta de 14,7% e a Turquia teve um volume de 3 milhões de toneladas, 0,7% a mais em relação a outubro de 2023. Brasil e Irã produziram 3 milhões de toneladas cada um, sendo que a produção brasileira cresceu 16,2% e a iraniana caiu 1,9% no mês.

Fonte: Brasil Mineral
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 27/11/2024

Após forte pressão, CEO global do Carrefour deve pedir desculpas ao Brasil; carta já está pronta

O presidente global do Carrefour, Alexandre Bompard, decidiu voltar atrás e deve pedir desculpas ao país e aos frigoríficos brasileiros pelas declarações controversas a respeito dos requisitos e padrões de venda da carne oriunda do Mercosul, apurou o Valor. Pelo teor do documento,  Bompard não deve afirmar que a França voltará a comprar carne dos países do bloco econômico, pois a rede entende que o volume é ínfimo. A questão, portanto, não deve ser mencionada.

A decisão foi tomada com a escalada das pressões políticas e econômicas nas últimas horas, contra a empresa, e contra Bompard, seu principal executivo. Anúncios de empresas de boicote de venda de produtos para a varejista cresciam, e nas redes sociais, críticas de consumidores vinham aumentando desde o início desta segunda-feira (25).

Há o risco de o Atacadão perder a liderança para o Assaí no quarto trimestre, se a questão não for resolvida rapidamente, confirmou o Valor com três fontes a par do tema.

A ideia é que uma carta com esse teor seja oficialmente entregue, primeiramente, pela embaixada da França ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, num respeito à posição do governo, num encontro que deve ocorrer possivelmente amanhã. As conversas para o contato estão em andamento.

No texto, Bompard, que assina o documento, deve ressaltar a longa história de parceria com a indústria do setor, numa parceria de 50 anos, e reforçar a qualidade do produto brasileiro.

O Valor apurou que o ministro só aceitará o pedido se o teor for claramente entendido como uma confissão de erro, e esse recado já chegou à rede, e esse é o maior cuidado do Carrefour na elaboração desse texto. Uma versão pode ser enviada previamente ao ministro, inclusive, dizem fontes.

Inicialmente, é esperado que o embaixador francês na capital federal, Emmanuel Lenain, faça esse contato com o ministro, mas caso exista alguma dificuldade de agenda, o atual presidente do Carrefour no Brasil, Stéphane Maquaire, deve ir no encontro.

A expectativa da rede é que, com as desculpas diretas do próprio CEO global, que criou toda a crise em torno do tema, a situação seja resolvida. Como o Valor noticiou no sábado (23), houve soluções iniciais estudadas no fim de semana para resolver a questão, como uma retratação pública de outro executivo do grupo na França, ou do CEO brasileiro. Mas o governo brasileiro não aceitaria um pedido de desculpas que não fosse de Bompard, apurou o Valor.

Na última quarta-feira (20), Bompard disse que os produtos sul-americanos não atendem às exigências e às normas francesas, e esse problema vinha afetando os fabricantes locais. Ainda disse que a rede na França não iria mais comercializar qualquer carne proveniente do Mercosul e esperava que a sua atitude mobilizasse a sociedade local.

Um crise diplomática, política e econômica, causada por Bompard, avançou rapidamente nos últimos dias — para pessoas a par do tema, o executivo agiu de forma errada ao se posicionar sobre um tema sensível sem medir as consequências. No fim da tardedesta segunda, cerca de 40 empresas já estariam na lista de boicote ao Carrefour e deputados anunciavam apoio a campanhas de boicote de consumidores às lojas da empresa, formada pelos grupos Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.

Sobre o tema da carta de retratação, a empresa não comenta as informações.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 26/11/2024

 

Aço: Produção volta a crescer no Brasil e mundialmente

O Instituto Aço Brasil divulgou que a produção brasileira de aço somou 28,4 milhões de toneladas, um crescimento e 6% quando comparado ao mesmo período de 2023, enquanto as vendas alcançaram 17,8 milhões de toneladas, entre janeiro e outubro, 8,5% a mais sobre os dez primeiros meses do último ano. As importações de laminados cresceram 15,4%, para 4,1 milhões de toneladas e o consumo aparente de produtos siderúrgicos foi 9,7% superior e atingiu 22,0 milhões de toneladas. 

Na comparação entre outubro de 2024 e outubro de 2023, a produção de aço bruto cresceu 16,2%, para 3,1 milhões de toneladas e as vendas internas variaram 16,7%, para 1,9 milhão de toneladas. Já as importações de laminados avançaram 41,7%, para 481 mil toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos subiu 20%, fechando em 2,4 milhões de toneladas. O Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) caiu 4,2 pontos em relação ao mês anterior, após quatro meses seguidos de alta, atingindo 59,6 pontos em novembro de 2024.

 

Produção mundial cresce 0,4% 

 

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 151,2 milhões de toneladas em outubro de 2024, um aumento de 0,4% na comparação com o mesmo mês de 2023. A Ásia e a Oceania produziram 110,3 milhões de toneladas em outubro, um aumento de 0,9% sobre outubro de 2023, sendo que a China produziu 81,9 milhões de toneladas, 2,9% a mais que em outubro do ano passado, enquanto a Índia produziu 12,5 milhões de toneladas no mês, um incremento de 1,7% sobre o mesmo mês do último ano. Japão e Coreia do Sul produziram 6,9 milhões de toneladas e 4,5 milhões de toneladas de aço bruto em outubro, respectivamente, com quedas de 7,8% e 18,3% na comparação com o mesmo mês de 2023.

Os países do Bloco Europeu produziram 11,3 milhões de toneladas de aço em outubro de 2023, ou 5,7% superior ao mesmo mês de 2023. O destaque fica para a Alemanha, com produção de 3,2 milhões de toneladas e cresceu 14,7% sobre outubro de 2023. Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,4 milhões de toneladas, uma desaceleração de 6,2% sobre outubro de 2023. A Turquia produziu 3 milhões de toneladas, 0,7% a mais que outubro do ano passado.

A África – Egito, Líbia e África do Sul – produziu 2 milhões de toneladas de aço bruto em outubro e caiu 0,4% na comparação com outubro do último ano. Já os países da CIS produziram 6,7 milhões de toneladas, decréscimo de 12,2% sobre o mesmo mês do ano passado, com destaque para a Rússia, que teve um volume de produção estimado de 5,6 milhões de toneladas e despencou 15,2% no mês. Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 5 milhões de toneladas de aço bruto, 5,4% a mais que em outubro de 2023. O Irã produziu 3 milhões de toneladas no mês, uma retração de 1,9%%. 

A produção na América do Norte ficou estável em relação com outubro do último ano e somou 8,8 milhões de toneladas e recuou 3,6%. Apenas os Estados Unidos produziram 6,6 milhões de toneladas, 2% inferior a outubro do último ano, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3,8 milhões de toneladas, 7,2% a mais do que em outubro de 2023. O Brasil teve produção estimada de 3,1 milhões de toneladas e registrou e avançou 16,2% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano até outubro de 2024, a produção mundial de aço bruto somou 1.546 bilhão de toneladas, o que representa uma queda de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Fonte: Brasil Mineral
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/11/2024

 

Siderúrgicas produzem 16% mais em outubro, diz Aço Brasil

A indústria siderúrgica do Brasil produziu em outubro 3,08 milhões de toneladas de aço bruto, segundo maior volume do ano, em meio a um avanço no consumo interno, recuo de importações e aumento das vendas externas, segundo dados divulgados pela entidade que reúne as usinas, Aço Brasil.

O volume produzido no mês passado ficou praticamente empatado com as 3,09 milhões de toneladas de julho, marcando crescimento de 6,6% ante setembro e avanço de 16% sobre o desempenho de um ano antes, quando o setor fazia forte campanha para o governo federal lançar medidas de defesa comercial contra importações de aço, algo que entrou em vigor no final de junho.

O movimento desta vez foi puxado pelo segmento de aços planos, que registrou incremento de 21,5% no volume produzido em outubro sobre um ano antes, enquanto o segmento de longos, que havia puxado o crescimento de setembro, teve alta de 9,9%.

As vendas internas cresceram 1,5% ante setembro e 16,7% sobre outubro de 2023, para 1,93 milhão de toneladas, com bons desempenhos em laminados planos e longos.

Enquanto isso, as importações somaram 598 mil toneladas, uma queda de mensal de 9,2%, em meio a um cenário macro que torna mais difícil a comercialização no país. Mas ante outubro do ano passado, as compras de aço produzido fora do Brasil dispararam 41,3%, acumulando no ano expansão de 25,8% -- 5,23 milhões de toneladas -- e incentivando o setor a cobrar do governo intensificação das barreiras comerciais.

A taxa de penetração das importações em outubro foi de 20,1%, ante 17,8% no mesmo mês de 2023, e no acumulado do ano de 18,9%, nível considerado elevado pelo setor, segundo os dados da entidade. Segundo o Aço Brasil, 62% do volume importado pelo Brasil no mês passado veio da China.

No início do mês, o presidente-executivo da Gerdau (BVMF:GGBR4), uma das principais integrantes do Aço Brasil, Gustavo Werneck, defendeu que o Brasil tem que intensificar as medidas de defesa comercial após a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Segundo Werneck, o Brasil tem que encerrar a cota 30% maior que a média histórica de importação de aço sem tarifa adicional, cobrar "pelo menos 35%" de sobretaxa sobre aço chinês e incluir todos os produtos siderúrgicos brasileiros nas medidas de proteção -- e não apenas os 15 que foram alvo de ações do governo federal neste ano.

Com as vendas internas em alta e as importações em baixa no comparativo mensal, o consumo interno de aço no Brasil em outubro somou 2,4 milhões de toneladas, avanço de 1,1% ante setembro e salto de 20% sobre um ano antes, segundo os dados do Aço Brasil. No acumulado do ano, o consumo aparente de aço no Brasil mostra crescimento de 9,7%, para 22 milhões de toneladas.

Fonte: Investing
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 22/11/2024