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Minério de ferro sobe com queda nos estoques portuários da China

Por Enrico Dela Cruz

(Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro estenderam sua trajetória de recuperação nesta terça-feira, com a diminuição das preocupações com o setor bancário elevando os preços de referência do aço em Xangai, embora o temor persistente com as perspectivas de demanda na China, maior produtora mundial de aço, tenha limitado os ganhos.

A queda no estoque portuário chinês de minério de ferro também deu suporte para os preços do ingrediente siderúrgico, que atingiram níveis de sobrevenda na semana passada em meio a preocupações relacionadas principalmente a uma queda na demanda de aço para construção.

O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 1,8%, a 882 iuanes (128,11 dólares) a tonelada. O contrato subiu 1,3% na sessão anterior, quebrando uma queda de sete sessões.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em abril subiu 1,8%, para 122,65 dólares a tonelada.

O credor regional dos EUA, First Citizens BancShares, adquiriu ativos do falido banco americano Silicon Valley Bank na segunda-feira, provocando um rally de alívio nos mercados financeiros. [MKTS/GLOB]

Analistas, no entanto, disseram que as preocupações com uma crise de crédito global que poderia conter o crescimento econômico e a demanda por metais, juntamente com a estratégia de baixo estoque das siderúrgicas, restrições de produção e riscos regulatórios na China, provavelmente manterão os ganhos do minério de ferro sob controle.

Um mercado imobiliário fraco na China também deve manter o ânimo moderado, disseram eles.

Enquanto isso, qualquer queda nos preços do minério de ferro também pode ser limitada, especialmente com o estoque portuário na China em seu nível mais baixo desde o início de fevereiro, com base em dados da consultoria SteelHome.

"O mercado continua sensível a movimentos de curto prazo no estoque portuário", disseram analistas do National Australia Bank em nota.

(Por Enrico Dela Cruz em Manila)

Fonte: Investing
Data da publicação:28.03

Minério de ferro se recupera, mas nervosismo com demanda da China persiste

(Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura se recuperaram nesta segunda-feira dos níveis de sobrevenda, embora os ganhos tenham sido limitados pela decepção dos traders principalmente com a fraca demanda por produtos de aço para construção na China.

Os preços de referência do ingrediente siderúrgico caíram na semana passada, atingindo os níveis mais baixos em mais de cinco semanas na Dalian Commodity Exchange da China e caindo abaixo de 120 dólares a tonelada na Bolsa de Cingapura.

Juntamente com o desânimo com a queda na demanda por produtos de aço para construção durante o que normalmente é uma alta temporada, o sentimento também foi enfraquecido pelas notícias de que a China, maior produtora mundial de aço, estava considerando cortar sua produção anual de aço bruto em cerca de 2,5% este ano, em linha com seu política de redução de emissões.

Os traders também estão atentos aos alertas frequentes dos reguladores chineses contra a especulação excessiva do mercado e o acúmulo de minério de ferro, já que os preços subiram dramaticamente desde as mínimas de outubro devido às expectativas de forte demanda da economia chinesa em recuperação.

Essa "tempestade perfeita de fatores pessimistas" derrubou os preços, e o minério de ferro "agora parece e aparenta muito sobrevendido", disse o diretor-gerente da Navigate Commodities, Atilla Widnell.

O minério de ferro mais negociado em maio na bolsa de Dalian encerrou o comércio diurno com alta de 2,2%, a 873,50 iuanes (127,00 dólares) a tonelada, depois de cair por sete pregões consecutivos.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de referência do minério de ferro em abril subiu 0,4%, para 120,15 dólares a tonelada.

Outros insumos siderúrgicos de Dalian também ficaram mais firmes, com carvão metalúrgico e coque registrando altas de 0,5% e 0,9%, respectivamente.

(Por Enrico Dela Cruz em Manila)

Fonte: Investing
Publicação: 27/03/2023 

Brasil tem forte potencial para ser base de hidrogênio verde e combustíveis sintéticos

Os carros de célula a combustível já são uma realidade no mundo. Após cerca de 25 anos, tempo necessário para que uma nova tecnologia saia da pesquisa e se estabeleça no mercado, a indústria de componentes das tecnologias do hidrogênio e célula a combustível se desenvolveu, cresceu e se consolidou. E há muitas oportunidades para o Brasil, contou a mentora da mobilidade a hidrogênio da SAE Brasil, Mônica Saraiva Panik, durante o painel As Novas Perspectivas da Indústria de Automóveis durante o Seminário Megatendências 2023 – O Novo Brasil, organizado pela AutoData Editora.

Uma pesquisa feita pelo PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, no Panamá indicou que em 2021 havia mais de 51 mil veículos movidos a célula a combustível rodando pelo mundo, liderados pela Coreia do Sul, Estados Unidos e China. Em pesados, a China é a que mais tem caminhões, depois Suíça, por causa das isenções de pedágios, e Estados Unidos.

O etanol, por sua vez, é uma excelente fonte renovável para a produção de hidrogênio, abrindo novas oportunidades de negócios para o setor sucroalcoleiro.

“Em uma usina de álcool e açúcar ou em uma biorrefinaria pode-se produzir hidrogênio verde ou de baixo carbono de diversas formas: reforma termoquímica do etanol, da qual a Hytron, do Grupo Neuman&Esser, já tem desenvolvimento pronto para comercialização, utilizando resíduos de biomassa no processo de gasificação, o qual gera hidrogênio e gás de síntese. Pode-se, também, utilizar a reforma do biogás produzido com resíduos de biomassa e também utilizando o processo de eletrólise da água com a eletricidade cogerada nas usinas a partir de resíduos de biomassa.”

Adicionalmente o etanol pode ser um excelente combustível líquido renovável que pode transportar hidrogênio para os mercados importadores como a Europa, e lá fazer a reforma para obter o hidrogênio que será distribuído por meio de gasodutos em todo o continente.

Com a guerra da Ucrânia, indisponibilidade e altos custos do gás natural, países como a Alemanha estão analisando a substituição do gás natural pelo hidrogênio nos gasodutos existentes, para uso na geração de energia principalmente para a indústria.

“As localidades onde estão as usinas e as biorrefinarias emitem o CO2 biológico ou natural, que é o tipo mais desejado no mundo para produção de combustíveis sintéticos como o metanol verde, a gasolina verde e o querosene verde. A produção desse tipo de combustível em um país como o Brasil, com imenso potencial de energias renováveis, representa um tesouro ainda não explorado.”

Ela conta que a Porsche, por exemplo, importará metanol verde e gasolina verde produzida na Patagônia chilena. O Brasil também possui todos recursos e localidades para sediar esse tipo de projeto chamado Power to X.

O Brasil pode se tornar não só protagonista mas, também, um centro de referência em sustentabilidade caso consiga conter o desmatamento e recuperar as áreas degradadas na Amazônia, privilegiando a geração e o uso de energias renováveis e reindustrializando o parque nacional.

Panik citou que o programa MiBi, Made in Brasil Integrado, possui um grupo dedicado às tecnologias do hidrogênio e células a combustível.

“Estamos trabalhando no âmbito da SAE Brasil em parceria com o Sindipeças para levar informação às empresas brasileiras potenciais fornecedoras de componentes, sistemas e equipamentos para eletrolisadores e células a combustível. A nacionalização das tecnologias é o caminho para a reindustrialização, de forma a agregar valor na manufatura e capacitar a engenharia nacional para a economia verde.”

Em sua análise o hidrogênio verde/renovável se tornará competitivo mais cedo em países como a China, graças aos eletrolisadores de baixo custo, e Brasil e Índia, com energias renováveis baratas e preços de gás relativamente altos. A fabricação de equipamentos para fábricas de H2 renovável/verde representa uma excelente oportunidade de mercado nos próximos anos e décadas.

A cadeia de valor do hidrogênio é extensa e as estimativas apontam para um potencial de mercado de US$ 50 bilhões a US$ 60 bilhões para eletrolisadores e um mercado de US$ 21 bilhões a US$ 25 bilhões para células a combustível em meados do século.

“A inovação e as tecnologias emergentes podem mudar o cenário atual da manufatura. O Brasil tem um imenso parque industrial automotivo, no qual a maioria das empresas líderes do setor do hidrogênio possuem subsidiárias. Portanto é preciso atrair essas novas linhas de produção de componentes e equipamentos. Se o Brasil não criar um cenário atrativo esses investimentos serão direcionados para outros países e perderemos a oportunidade de ser um protagonista na nova economia da transição energética.”

Para ela o uso do etanol para a produção de hidrogênio pode acelerar a introdução das células a combustível para aplicação automotiva no País porque a curto e médio prazos já seria possível instalar reformadores de etanol em postos de combustíveis e abastecer os veículos com o hidrogênio produzido.

“Já os reformadores embarcados ou de sistemas SOFC, células a combustível de alta temperatura, como o protótipo da Nissan, lançado em 2016, será preciso investir mais em pesquisa e desenvolvimento para obter um sistema que atenda à dinâmica veicular a custos competitivos e sem emissões.”

Fonte: Autodata
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 27/03/2023

 

Mineração em alta

O setor de exploração de minério está aquecido no País, apesar da recente queda nos preços globais das matérias-primas. Um termômetro disso é o consumo de energia.

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em fevereiro houve alta de 13,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Para a entidade, o cenário sinaliza maior produção e otimismo na recuperação do mercado externo, com o fim da política de Covid Zero na China e a retomada da atividade econômica.

Na avaliação de Rui Altieri, presidente do conselho de administração da CCEE, os dados de alta no consumo de energia indicam mais produção nas fábricas. “O ramo de extração de minerais metálicos teve o maior consumo em fevereiro entre os 15 ramos de atividade que acompanhamos”, afirmou o executivo.

“Para os próximos meses, se a procura internacional pelo insumo brasileiro continuar aquecida, é provável que o desempenho se mantenha.”

Fonte: Isto É Dinheiro
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/03/2023

CSN eleva preços em 10% em abril

A siderúrgica CSN, fabricante de aços planos e também de longos, anuncia hoje aos seus clientes um reajuste de preços de 10% para praticamente todo seu mix de produtos a partir de 1º de abril. Ficará de fora somente folha metálica, que é usada na fabricação de latas de aço.

Os setores consumidores que serão atingidos no mercado interno, neste momento, são os de distribuição, construção civil e industrial, apurou o Valor.

O reajuste, segundo uma fonte, segue o movimento de alta dos preços do aço que se observa nos mercados da China, Estados Unidos e Europa desde dezembro. Material de referência, a bobina a quente está sendo vendida, FOB porto chinês, entre US$ 670 e US$ 685 a tonelada. No fim do ano estava em torno de US$ 535.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 22/03/2023

Frente da mineração debate imposto para enfrentar tragédias ambientais

A Frente Parlamentar da Mineração Sustentável, que será lançada na próxima quarta-feira (22), irá debater um imposto para o próprio setor com o objetivo de criar um fundo de enfrentamento a tragédias ambientais.

Integrantes querem resgatar o PL 2789/2019, que propõe elevar a taxação em 0,5% no minério de ferro e em 0,2% nas demais substâncias minerais para compor o Fundo de Ações Emergenciais para Desastres de Empreendimentos Minerários e Sustentabilidade da Mineração (Faedem).

Os recursos poderiam ser transferidos diretamente para os fundos constitucionais dos municípios, estados e Distrito Federal, após o reconhecimento de situação de emergência, estado de calamidade pública, ou, ainda, de forma preventiva. O texto ressalta que a elevação da taxação não exclui a responsabilidade de reparação civil das empresas.

Nos últimos anos, a atividade ganhou os holofotes em duas tragédias ambientais: a de Brumadinho e de Mariana. A frente, que já reuniu 200 parlamentares, quer desconstruir a imagem da mineração como um vilão ambiental. De acordo com dados dos congressistas, é um dos setores que mais geram tributos e encargos, tendo transferido em 2021 R$ 117 bilhões aos cofres públicos.

Outros projetos já estão sendo articulados para enfrentar temas como o combate ao garimpo ilegal, transição energética e incentivo à inclusão e à diversidade no setor. A frente será presidida pelo deputado Zé Silva (Solidariedade-MG).

Fonte: Folhapress
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/03/2023