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PIB do 1º tri fica 1,6% acima do 4º tri de 2019, período pré-pandemia

 Segundo o IBGE, a atividade econômica do Brasil avançou 1% no primeiro trimestre de 2022 sobre o trimestre anterior, mais está 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, no primeiro trimestre de 2014 O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do primeiro trimestre de 2022 ficou 1,6% acima do patamar do quarto trimestre de 2019, ou seja, período anterior à pandemia, que começou em março de 2020, informou, nesta quinta-feira (02), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao quarto trimestre de 2021, houve alta de 1% no PIB. Sobre o acumulado dos três primeiros meses do ano passado, o avanço foi de 1,7%.

O IBGE informou, em comunicado, que mesmo com a alta sobre o período pré-pandemia, a atividade ainda está 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, registrado no primeiro trimestre de 2014. O nível da atividade está próximo do registrado no primeiro trimestre de 2015.

Rebeca Palis, chefe do Departamento de Contas Nacionais do IBGE, informou, no comunicado, que na comparação com o quarto trimestre de 2021, o consumo das famílias cresceu 0,7% no primeiro trimestre de 2022, enquanto o consumo do governo ficou estável (0,1%). “No consumo das famílias, a demanda também está relacionada aos serviços que são principalmente feitos de forma presencial, como as atividades ligadas a viagens”, disse.

Já os investimentos, representados pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), caíram 3,5%, na mesma comparação, pontuou ela. “Essa queda foi impactada pela diminuição na produção e importação de bens de capital, apesar de a construção ter crescido no período”, explicou.

No primeiro trimestre, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, abaixo da registrada no mesmo período do ano passado (19,7%).

A especialista destacou o recuo de 0,9% no PIB da agropecuária no primeiro trimestre, ante o quarto trimestre de 2021. “Essa queda foi impactada principalmente pela estiagem no Sul, que causou a diminuição na estimativa da produção de soja, a maior cultura da lavoura brasileira.”

Já no PIB da indústria, houve estabilidade (0,1%), na mesma comparação. Segundo o IBGE, o maior avanço nas atividades industriais veio de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,6%). A única queda foi das indústrias extrativas (-3,4%).

“Essa atividade puxou o resultado para baixo, e sua queda se deve especialmente à produção de minério de ferro, que caiu bastante. Como a indústria da transformação teve alta [1,4%] e tem bastante peso no grupo, isso equilibrou o resultado da indústria”, explicou a economista, no comunicado.

Pré-crise de 2015-2016

A atividade econômica no primeiro trimestre de 2022 mostra ter se recuperado da retração observada durante os anos de pandemia, iniciada em 2020, mas não superou ainda o patamar anterior à crise observada na economia brasileira nos anos de 2015 e 2016, analisou Rebeca. Ela destacou a economia brasileira encontra-se, de maneira geral, no nível de metade de 2013.

Tanto Rebeca quanto Claudia Dionisio, economista do IBGE, informaram que, no primeiro trimestre, a economia brasileira seguiu avançando acima do patamar pré-pandemia.

No quarto trimestre, o PIB encontrava-se 0,6% acima do patamar registrado em 2019, ou seja, no pré-pandemia, afirmou Claudia.

A recuperação da economia de serviços foi fundamental para esse desempenho, afirmou Rebeca. Ela lembrou que esse setor, esse ano, começou a recuperar perdas ocorridas durante a pandemia, quando as restrições de circulação social afetaram principalmente as atividades presenciais, que existem em sua maioria em serviços - como bares, restaurantes e viagens. "O crescimento [da economia] se deu basicamente por serviços."

Rebeca notou que essa atividade perdeu peso durante a pandemia, mas frisou que ainda representa em torno de 70% do PIB brasileiro. Portanto, qualquer melhora nesse campo, ajuda a elevar a economia, notou ela.

A especialista comentou que o bom momento de serviços foi observado em um período, no primeiro trimestre, de resultados ruins em agropecuária, por exemplo, que terminou os três primeiros meses do ano com saldo negativo, prejudicado por safra ruim afetada por problemas climáticos.

Por outro lado, Claudia informou que, mesmo com recuos, alguns segmentos dentro da economia ainda se posicionam acima de patamar pré-pandemia. É o caso de informação e telecomunicação, cuja atividade caiu 5,3% no primeiro trimestre ante o quarto trimestre - mas, mesmo assim, ainda está 11,7% acima do patamar observado no quarto trimestre de 2019, informou Claudia.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 03/06/2022

 

Cultura é a base para a transformação verde da construção civil

A transição de um ambiente para um novo, fundado em paradigmas até então desconhecidos, causa o desconforto e a resistência que podem caracterizar o chamado choque cultural. No processo de transformação do setor da construção civil imobiliária rumo a um ecossistema sustentável, não é diferente. O setor é formado por 125 mil empresas registradas na categoria construção civil e, segundo o Secovi, o sindicato da habitação, 85% são de pequeno e médio porte – incluindo aí aquelas de gestão familiar, que podem ser menos permeáveis a novas práticas, capazes de criarem uma cultura ESG na própria companhia.

“Criar cultura é muito difícil. Eu sou diretora fundadora da empresa, conheço cada molécula desta empresa, sei exatamente para onde ir, e o que tenho de fazer para chegar lá. Mas como que eu passo isso para um gerente, que passa para o coordenador, que passa para o supervisor, que passa para todo mundo? Essa é a maior barreira que temos a vencer”, afirma Paula Jansen, diretora de projetos, produtos, inovação e estudos de viabilidade técnica na ADN Construtora e Incorporadora, de São Carlos (SP). Fundada há 10 anos, tem como principal mercado imóveis que se enquadram no programa Casa Verde Amarela. A empresa não tem gestão familiar.

Para enfrentar a questão, a construtora faz campanhas de conscientização e adota medidas, inclusive sociais, procurando mostrar com ações uma mudança cultural interna. "Se a pessoa chega para trabalhar e encontra uma biblioteca com cara de jardim no meio da empresa, isso é muito legal.O impacto é relativamente pequeno, mas ajuda na cultura. Utilizando esses pequenos projetos, ninguém tem de falar, de palestrar, mas a pessoa vai percebendo as mudanças, vai vendo que coisas estão diferentes”, diz Janssen.

A ADN contratou uma consultoria para ter suporte e mais conhecimentos para a jornada ESG, inclusive na questão cultural. Até o meio do ano, terá montado três comitês, ambiental, social e de governança, também criou um time formado por pessoas de diferentes níveis e formações sociais para ajudar a transmitir para os seus 3 mil colaboradores em que ponto está em termos de cultura de sustentabilidade e onde quer chegar.

Um fator de resistência à adesão a práticas ESG por parte de muitos empresários reside na ideia de que a adoção significa um gasto a mais nas planilhas da companhia. “A pessoa pensa que custa muito caro fazer sustentabilidade, mas considero mais caro não ter, porque com ESG a tendência é haver mais produtividade”, diz Roberta Bigucci, diretora administrativa da MBigucci, fundada em 1983 em São Bernardo do Campo. “Quando se começa a reorganizar a empresa, remodelando procedimentos e ações, também está cuidando do G. E isso vai trazer benefícios, inclusive financeiros, e já está indo para o S, pois vai trazer satisfação pessoal para as pessoas da organização, do entorno, da vizinhança”, argumenta.

Bigucci defende que a primeira coisa que uma empresa deve fazer, quando se trata da adoção de práticas ESG, é olhar para dentro, porque muitas vezes a companhia já utiliza alguns métodos que podem ser considerados sustentáveis, da coleta de lixo reciclável, à redução de resíduos e reaproveitamento de material. Claro, ESG é muito mais do que ter alguns processos sustentáveis – requer um projeto fortemente estruturado, com metas e transparência –, mas essa proposta ajuda a quebrar resistências. “Às vezes, alguns procedimentos estão tão enraizados, que não se percebe que eles podem ser um diferencial. Então tem de olhar para dentro”, afirma a diretora.

Ter os líderes na mesma página, puxando a agenda, ao que tudo indica, faz a diferença para criar uma cultura pró-ESG. “Eu não era nem CEO da companhia quando contratamos uma consultoria para falar com todos os executivos para explicar o que precisávamos mudar”, conta Eduardo Fischer, que assumiu como co-presidente da MRV ao lado de Rafael Menin em 2014. “Olhando para trás, percebo que os executivos e os colaboradores estão mais maduros em relação ao tema. Se antes era um tabu discutir se faríamos um trainee intencional para contratar pessoas negras, se isso seria discriminação ou não, hoje já não é. Outros temas assim também discutiremos e serão cada vez mais parte do nosso normal”, pontua.

A dica aqui é mais simples do que parece: “É começar um pé na frente do outro e ir mobilizando mais gente para ter mais pessoas que empurram do que seguram”, diz Fisher. “E vá sem medo, entenda que corrigir rotas faz parte e às vezes terá que voltar alguns passos para trás, sem ficar preocupado demais”, completa Fischer. “Ter um órgão de governança relevante focado nisso ajuda a permear as iniciativas nas companhias, afinal, sem G não temos E e S”, acrescenta o consultor Lincoln Camarini, da Resultante, que acompanha a evolução do ESG em 11 setores, incluindo o construção civil.

No processo de transformação, até mesmo o método construtivo pode entrar em discussão. Atualmente, a construção modular é avaliada como uma forma de reduzir a produção de resíduos e ganhar celeridade nas obras. Por esse processo, as paredes já chegam prontas à construção, com toda a fiação, tomadas, pontos para acender a luz e espaço para instalação de portas, se for o caso, instaladas. É só ‘encaixar’ e fazer as conexões. “É um processo de industrialização da construção civil, boa parte da obra ocorre dentro de um parque fabril”, diz Ricardo Mateus, CEO da Brasil ao Cubo, de Santa Catarina, que adota esse processo em seus projetos.

Matheus Picceli, CFO da empresa, afirma que, por ser um processo controlado, dentro de um ambiente fabril, as rotinas são muito bem definidas. “Não temos o desperdício que existe na obra. Até a questão de retrabalho, de erro do profissional, é extremamente reduzida. Conduíte, fiação, é quase desperdício zero, porque é um time muito especializado que está dentro da fábrica, há controle de qualidade muito forte e também de segurança do trabalhador”, diz.

Esse modelo construtivo, no entanto, enfrenta obstáculos, ainda é caro, de acordo com Paula Janssen, da ADN. “O método off site ainda não é rentável”, afirma a executiva. “O que percebemos que é muito valorizado por nossos clientes são o prazo, a velocidade e a segurança. Ao conseguir entregar uma obra até quatro vezes mais rápido em relação ao método tradicional, os nossos clientes já conseguem usufruir do empreendimento. A geração de receita é expressiva”, declara Picceli. Ele acrescenta que a emissão de carbono de uma obra é aproximadamente 23% menor daquela que adota o que uma obra convencional.

Nesse sentido, a ADN iniciou o inventário de sua pegada de carbono. “Já estamos com esse trabalho, começamos a mapear, estudar formas de compensação. O próprio plantio de árvores já está um para um: cada apartamento feito, plantamos uma árvore”, conta Janssen. Ela diz que até o fim do ano deverá ter os resultados desse processo.

Fonte: Valor
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 03/06/2022

Fretes rodoviários crescem 37% no primeiro trimestre de 2022, aponta estudo

 Para economista da USP, alta pode ser explicada pela tendência de digitalização do setor, a valorização de commodities no mercado internacional e o aumento do consumo da população O número de fretes rodoviários no Brasil cresceu 37% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2021, segundo levantamento da plataforma digital FreteBras. O estudo mostra que o volume cresceu de 1,63 milhão em 2021 para 2,24 milhões neste ano. Em 2020, o número foi de 1,06 milhão.

De acordo com o levantamento, o crescimento deste ano foi puxado pelo agronegócio, que representou 37,4% das cargas registradas na plataforma e R$ 6,7 bilhões em fretes distribuídos.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, os fretes do agronegócio aumentaram 35,2%. Para o economista da Universidade de São Paulo, Lucas Godoi, o cenário apontado pela pesquisa reflete a valorização das commodities no mercado internacional.

“Um dos fatores que incidem sobre o aumento do volume de fretes é o aumento do preço das commodities no exterior, o que estimulou o aumento da exportação brasileira de minério, de petróleo, de grãos, e principalmente, de alimentos”, avalia o economista.

“E o segundo fator é o aumento da produção agropecuária em si. Em 2021, o agro teve alguns problemas, principalmente no primeiro semestre, de geada, por exemplo, já esse ano vem tendo uma safra recorde e saudável, sem problemas, o que claramente aumenta os fretes em si”, afirma.

Os estados mais significativos para o desempenho do segmento foram Rio Grande do Sul (15,7%), Mato Grosso (12,4%) e São Paulo (11,9%). Os produtos mais transportados foram fertilizantes (23,4%), soja (13,2%) e milho (12,7%).

De acordo com Bruno Hacad, diretor de Operações da plataforma que produziu o estudo, a liderança do transporte de fertilizantes demonstra uma tentativa do mercado interno brasileiro de diminuir a dependência do país em relação à produção internacional, com destaque para a Rússia, que é a fonte de 23% de todos os fertilizantes que chegam ao Brasil.

“Essa independência é importante, porque o fertilizante é matéria-prima essencial para produção agrícola. No cenário atual, ainda não vemos impacto da guerra na Ucrânia na oferta desse insumo, o que observamos é a busca por alternativas para diminuir a dependência, seja com fábricas de fertilizantes no país ou na busca de fontes alternativas, comprando de outros países ou tendo acesso a produtos que substituam o fertilizante convencional”, afirma Hacad.

Digitalização do mercado de fretes

Para o economista Lucas Godoi, o aumento dos fretes contratados na plataforma digital reflete a intensificação do processo de digitalização dos fretes no Brasil.

O diretor de Operações da empresa afirma que as soluções digitais permitem que as transportadoras se preparem para situações adversas, como a da Guerra da Ucrânia e crescimento constante de inflação e juros.

“A contratação das plataformas digitais permite que a empresa tenha acesso a uma gama de caminhoneiros e isso dá maior poder de negociação. Além disso, estimamos que operar com caminhoneiros terceirizados seja 23% mais barato do que trabalhar com frota própria”, afirma Hacad

“Outro fator é que esse modelo aumenta a competitividade, então empresas menores, que tinham dificuldade de ampliar a atuação, agora já não têm mais essa limitação e podem se expandir, inclusive ganhando capacidade de competir com as grandes transportadoras”.

O estudo da FreteBras mostra ainda quais são as rotas no país com maior demanda por fretes digitalizados nos setores do agronegócio, indústria e construção civil. No período pesquisado, a maior movimentação de cargas do agronegócio foi entre São Borja e Rio Grande, no Rio Grande do Sul, com 1.453 fretes.

Já entre os produtos industrializados, a rota mais movimentada foi entre Curitiba, no Paraná, e São Paulo, com 1.072 fretes. No setor de construção civil, a maioria dos fretes (2.514) foi feita entre Arcos, em Minas Gerais, e Piracicaba, em São Paulo.

Crescimento acontece apesar dos preços altos

Segundo o relatório, de janeiro a março de 2022, diversos fatores influenciaram o mercado de fretes, com destaque para guerra na Ucrânia, mas também o aumento do preço do diesel e a inflação no país.

“A inflação afeta toda economia e o desaquecimento afeta todos os setores. Quando tem uma freada na economia, há queda de produção, queda de PIB. Hoje fala-se de um processo de estagflação, ou seja, inflação sem crescimento econômico. Então o relatório mostra um cenário realmente muito bom, mas sabemos que essa não deve ser a realidade dos próximos meses. O próprio preço do frete ainda não aumentou tanto, esses processos demoram para ter impacto, não é imediato”, afirma o diretor de Operações da FreteBras.

A pesquisa destaca que a “alta do combustível impacta profundamente os custos do transporte, já que o preço do diesel teve um aumento de 12,5% de fevereiro a março de 2022”.

A FreteBras, responsável pela pesquisa, tem mais de 695 mil caminhoneiros cadastrados e 18 mil empresas assinantes. Os fretes publicados na plataforma cobrem 95% do território nacional.

Fonte: CNN
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 31/05/2022

 

Consumo aparente de bens industriais avança no País

O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais, medido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cresceu 1,1% em março deste ano, na comparação com fevereiro. O dado foi divulgado ontem.

De acordo com o indicador do Ipea, a produção brasileira destinada ao consumo nacional cresceu 0,8% em março. Já as importações de bens industriais avançaram 2,7% no mesmo período, após uma sequência de quatro quedas consecutivas.

No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o indicador recuou 0,6% na margem, com alta de 0,1% na produção de bens nacionais e redução de 5,4% nas importações de bens industriais.

Na análise das grandes categorias econômicas, o Ipea aponta crescimento generalizado em março, com destaque para os segmentos de bens de capital (bens que servem para produção de outros) e de bens intermediários (produtos para fabricação de máquinas ou equipamentos), que avançaram 3,8% e 1,6%, respectivamente, sobre fevereiro.

Na comparação com março de 2021, todos os segmentos apresentaram queda. “O fraco desempenho observado em janeiro explica o resultado adverso no primeiro trimestre deste ano”, aponta o instituto.

A demanda interna por bens da indústria de transformação avançou 1% sobre fevereiro, mas acumula queda de 1,2% no trimestre encerrado em março deste ano. A extrativa mineral teve alta de 4% em março e acumula aumento de 5,2% no primeiro trimestre de 2022. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas subiram 21,3%.

Na análise setorial, 14 dos 22 segmentos tiveram variação positiva. Os segmentos de outros equipamentos de transporte e de veículos apresentaram os melhores resultados em março, com altas de 7,2% e 5,4%, respectivamente. No primeiro trimestre de 2022, oito segmentos registraram crescimento, com destaque para o consumo aparente de outros equipamentos de transporte, com alta de 5,3%.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 31/05/2022

 

Venda de autopeças para as montadoras cresce 30,4% no trimestre

 Na média, alta foi de 21%, com expansão de 7,4% nas exportações e de 4,1% no mercado de reposição O Sindipeças atualizou o relatório da pesquisa conjuntural com dados do acumulado do primeiro trimestre. A receita da indústria de autopeças teve crescimento nominal de 21% sobre idêntico período de 2021, com destaque para as vendas para as montadoras, ampliadas em 30,4%.

O mercado de reposição registrou alta de 4,1%, enquanto as exportações em dólares expandiram-se em 7,4% e so negócios intrassetoriais, 24,3%. “O comportamento da inflação tem exercido inegável influência nas variações de faturamento do setor”, avalia o Sindipeças. “O IPCA acumulado no primeiro trimestre de 2021, por exemplo, foi de 2,1%, para uma variação acumulada em doze meses de 6,1%. Nesse ano, a variação até março foi de 3,2% e acumulada em doze meses de 11,3%”.

A entidade também destaca que as dificuldades no abastecimento de commodities e outros componentes continuam pressionando o setor, ou seja, impedem desempenho superior ao que se tem conseguido este ano. No comparativo de março com fevereiro, o faturamento do setor cresceu 10,8%, favorecido, em parte, pelo maior número de dias úteis no mês em tela (22 x 20).

A criação de empregos nas autopeças teve alta de 0,6% em março sobre fevereiro e de 3,6% no primeiro trimestre. A ociosidade apresentou variação inferior a 1 ponto porcentual, com um nível de utilização de 76% em março. “Convém notar que, segundo a CNI, a indústria de transformação como um todo apresentou nível de utilização de 80,9%, um dos mais elevados nos últimos ano”, destaca o Sindipeças em seu relatório mensal da pesquisa conjuntural do setor.

Fonte: AutoIndústria
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 31/05/2022

 

Índice de Clima Econômico registra variação positiva

O Índice de Clima Econômico (ICE) registrou variação positiva no início do segundo trimestre deste ano. Com elevação de 2,1 pontos no Brasil, o indicador chegou a 61,7 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.

A taxa é calculada em dez países da América Latina, e o Brasil apresentou um dos melhores resultados. Ele e o Uruguai, que teve alta de 14,2 pontos, foram as únicas nações a registrar crescimento no início do segundo trimestre, em comparação com o primeiro.

A pesquisa calculou, ainda, uma média para toda a América Latina — que ficou em 11,7 pontos negativos. Os demais países oscilaram entre recuos de 5,5 pontos na Bolívia e 27,9 pontos na Argentina.

Para calcular o ICE, a sondagem realizada pela FGV utiliza de outros dois indicadores, aliados ao PIB de cada país. Assim, para determiná-lo, deve ser realizada uma síntese entre o resultado do Índice de Situação Atual (ISA) e do Índice de Expectativas (IE). Por fim, é calculada uma média geométrica entre o ISA e o IE para constituir o ICE de cada país, com variação de 0 a 200 pontos, sendo a marca de 100 pontos a definição da neutralidade.

No Brasil, a elevação para o período foi impulsionada pelo Índice de Situação Atual, que mede a avaliação sobre o presente. Após alta de 14,6 pontos, o ISA alcançou o patamar de 30 pontos. Já o Índice de Expectativas, responsável por medir as esperanças da população para o futuro, teve declínio de 15,4 pontos. Apesar da queda, ele permanece neutro, no patamar dos 100 pontos.

Ainda que tenha registrado crescimento, o ICE brasileiro (62,7 pontos) permanece abaixo da média da América Latina (67,3 pontos). O indicador brasileiro é também o terceiro mais baixo entre os dez países latino-americanos, superando apenas Argentina (39,1 pontos) e Chile (46 pontos).
Os demais países apresentaram os seguintes resultados:

Peru, 63,4 pontos;
Bolívia, 65,9;
México, 66,2;
Equador, 72,1;
Paraguai, 91,2;
Colômbia, 95,7; e
Uruguai, 149,6.

Fonte: AECWeb
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 27/05/2022