Produção de aço bruto cresce em Minas Gerais e no Brasil
Produção de aço bruto cresce em Minas Gerais e no Brasil
No ano passado, Minas também apareceu no topo do ranking da fabricação de aços semiacabados para venda e laminados, com 9,4 milhões de toneladas | Crédito: Inda
Após dois anos consecutivos de retração, a produção de aço bruto voltou a subir em Minas Gerais e no País em 2024. Conforme dados do Instituto Aço Brasil, o resultado da indústria siderúrgica mineira foi 8,8% superior ao de 2023. O desempenho nacional avançou 5,3%.
No acumulado do exercício passado, as usinas do Estado produziram 10,2 milhões de toneladas de aço bruto. A siderurgia brasileira somou 33,7 milhões de toneladas. Em 2023, os respectivos volumes foram: 9,3 milhões de toneladas e 32 milhões de toneladas.
Minas Gerais, que abriga gigantes do setor, como ArcelorMittal, Aperam, Gerdau e Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), foi, mais uma vez, quem mais produziu aço bruto no Brasil entre as unidades da Federação. A produção mineira representou 30,1% da nacional, enquanto o Rio de Janeiro, segundo colocado, respondeu por 26,2%.
Em 2024, o Estado também liderou o ranking de fabricação de aços semiacabados para venda e laminados, com 9,4 milhões de toneladas e 28,7% de participação no total brasileiro, que chegou a 32,6 milhões de toneladas. Apesar da liderança, as usinas mineiras registraram recuo anual de 0,6%, ao passo que, no País inteiro, houve alta de 3,6%.
Vendas internas crescem e exportações caem
Entre janeiro e dezembro do ano passado, as vendas internas das produtoras de aço do Brasil somaram 21,2 milhões de toneladas, aumento de 8,3% em relação a 2023 – os números excluem as comercializações para dentro do próprio parque siderúrgico do País.
Por outro lado, as exportações do setor retraíram 18,1% no período, para 9,6 milhões de toneladas. Os Estados Unidos, que seguiu como o principal mercado de destino dos produtos, receberam 5,8 milhões de toneladas, o que representa baixa anual de 17,3%.
Importações de aço batem recorde apesar dos esforços do setor
Ainda segundo o Aço Brasil, as importações brasileiras de aço em 2024 subiram 18,2% na comparação com o exercício imediatamente anterior, para 5,9 milhões de toneladas. Esse foi o maior volume registrado em toda a série histórica da entidade, iniciada em 2013.
Como reflexo do crescimento das importações, o consumo aparente de produtos siderúrgicos, que soma as vendas internas do setor e a importação por distribuidores e consumidores, fechou o ano passado em 26 milhões de toneladas, avanço de 8,3%.
Novamente, o principal país de origem das importações foi a China, que vendeu para o Brasil 3,3 milhões de toneladas, 14,6% a mais do que havia negociado em 2023.
As importações bateram recorde mesmo com os esforços da siderurgia nacional para tentar conter a entrada dos produtos no País, especialmente os enviados pelos chineses, que são acusados de comercializar aço de forma predatória, subsidiando os preços.
Depois de quase um ano de negociações com o governo federal, o setor conseguiu que fosse adotado uma medida de defesa comercial, mas a ação não surtiu o efeito esperado.
O mecanismo, que entrou em vigor em junho de 2024, estabeleceu cotas de importação para 11 tipos de aço, com imposto de 25% sobre o excedente. A siderurgia brasileira diz que a iniciativa travou a escala das importações, mas não foi suficiente para reduzi-las, logo, pede mudanças, como a inclusão de outros quatro itens, além de uma cota mais realista.
Perspectivas do Aço Brasil para 2025
Para 2025, as estimativas do Instituto Aço Brasil são de quedas de 0,6% na produção nacional de aço e 0,8% nas vendas internas e altas de 2,2% nas exportações, 11,5% nas importações de laminados e 1,5% no consumo aparente de produtos siderúrgicos.
Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/01/2025