Zinco atinge maior cotação desde 2007 e impulsiona outros metais

Zinco atinge maior cotação desde 2007 e impulsiona outros metais

Os preços do zinco terminaram a semana com forte alta em meio a temores de que a crescente crise de energia afete a oferta do metal usado na produção siderúrgica.

O contrato de três meses negociado da London Metal Exchange (LME) chegou a subir mais de 10% para US$ 3.914 por tonelada no pregão de hoje, para depois desacelerar e fechar em alta de 8,20% a US$ 3.814, a maior cotação pelo menos desde 2007. Em um mês, a alta é de 24%.

Segundo o banco TD Securities, os preços do zinco estão refletindo os grandes déficits na produção esperados em breve, com o crescimento da crise energética. O banco ressalta que a redução na produção da fundição belga Nyrstar, uma das maiores processadoras de zinco do mundo, “criou pânico e impulsionou um movimento épico de compra do metal por armazéns europeus”.

A Nyrstar informou que irá reduzir a produção em três de suas fundições na Europa em 50% devido ao aumento nos preços de energia, já que as plantas são totalmente movidas a energia elétrica e o custo de produção já torna inviável a plena operação.

A escassez energética também afeta os preços do cobre, que registram os maiores saltos nos preços em uma semana desde 2016, amparados pelo sentimento de que os metais básicos devem ter uma crise de oferta diante da falta de energia.

Os contratos de cobre para três meses também negociados na LME subiram 2% para US$ 10.206 por tonelada. Em um ano, a alta já chega a 50%.

Outros metais também subiram, com o alumínio avançando 1,15% para US$ 3.172,50 por tonelada e o níquel subindo 2,81% a US$ 19.912,50.
Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/10/2021