Minério de ferro fica praticamente estável

Minério de ferro fica praticamente estável

Os preços do minério de ferro tentaram tomar fôlego em setembro e chegaram a rondar os US$ 126 por tonelada, nível que não é visto há seis meses, mas o voo foi curto. No acumulado do mês, a commodity subiu 1,4% no mercado à vista, praticamente estável em relação a agosto. Agora, as expectativas estão voltadas ao comportamento das cotações na volta do feriado prolongado na China, que vai até sexta-feira (6).

No norte do país asiático, maior comprador mundial da principal matéria-prima do aço, o minério com teor de 62% de ferro encerrou a sexta-feira com alta de 0,08%, a US$ 119,80 a tonelada. No ano, a valorização acumulada é de 2,1%.

Na avaliação do analista Daniel Sasson, do Itaú BBA, o patamar atual de preços é saudável para Vale, CNS e Usiminas. Durante conferência de commodities do banco, investidores participantes demonstraram preferência por mineradoras ante siderúrgicas. Parte das expectativas de que a China cortaria a produção de aço no ano, disse o especialista, não está mais o cenário base dos investidores.

“A percepção é que outros setores estão tão mais fracos do que se imaginava e que o governo chinês não parece estar disposto a colocar o pé no freio na parte da economia que vai bem e cresce”, disse. Ao mesmo tempo, a China tem exportado mais aço, pressionando preços. “O momento parece melhor para minério que aço”.

Há duas semanas, o Julius Baer alertou sobre a necessidade de medidas de estímulo nos setores imobiliário e de infraestrutura na China. “Seguimos mais cautelosos nos mercados de minério de ferro e aço, devido à elevada exposição aos obstáculos estruturais que o setor imobiliário enfrenta”, escreveu o chefe de pesquisa de próxima geração Carsten Menke.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/10/2023