Importações de aços planos crescem 35% no Brasil. Vendas de aço também cresceram
Importações de aços planos crescem 35% no Brasil. Vendas de aço também cresceram
As importações de aço continuam crescendo no Brasil e reduzindo a participação das empresas nacionais distribuidoras de aços planos no mercado nacional. No mês de outubro, se comparado ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 35%. No acumulado do ano, o aumento é de 17,7%.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) nesta terça-feira (19). De acordo com a instituição, a continuidade das importações fez com que ela aumentasse a projeção de crescimento para o fechamento do ano. Até o mês passado, a expectativa era de que o ano de 2024 fechasse com alta acima de 10% neste tipo de negociação. Agora o crescimento esperado é de 15% a 20%.
O presidente do Inda, Carlos Loureiro, explica que no início do ano o instituto esperava um volume de importações menor que o do ano passado por causa da aplicação das limitações impostas pelas cotas e do desejo do governo federal e das usinas em diminuir o volume do material trazido do exterior.
Entretanto, as quase 277 mil toneladas importadas no mês de outubro, por mais que sejam 4,5% menores que as 289,5 mil toneladas importadas no mês de setembro (recorde do ano até agora), levaram a instituição aumentar a projeção.
“Temos muito material chegando no porto de São Francisco do Sul (SC). Com isso, deveremos ter um novembro e um dezembro bastante fortes em termos de importação. Não esquecendo que o ano passado foi um ano de explosão de importação, então estamos crescendo em cima de um número já muito alto ”, avalia Loureiro.
Como solução para o crescente volume de importações de aço no Brasil, o presidente do Inda, acredita apenas nas medidas contra o dumping, que é a prática comercial em que os produtos são vendidos abaixo do preço de custo. Sobretudo em Manaus, capital do Amazonas, onde há um fluxo grande de chegada de produtos. “A Zona Franca de Manaus tem isenção de impostos, mas não de dumping. Com a entrada das ações restritivas, provavelmente a situação das usinas ficariam melhores”, argumenta.
Loureiro espera que essas medidas sejam adotadas entre abril e maior do ano que vem e que atinjam primeiro o aço galvanizado e o laminado à frio. Entretanto, se as importações continuarem em grandes volumes, o crescimento esperado para o setor é de apenas 3%.
Além das importações, vendas de aço também cresceram
Com relação às vendas de aços planos, o mês de outubro contabilizou alta de 6,9% quando comparada a setembro, atingindo o montante de 349,7 mil toneladas contra 327,1 mil. “As vendas foram um pouco melhores do que imaginávamos, tínhamos falado em uma alta de 5% e ela atingiu os 6,9%”, pontua o presidente do Inda.
No acumulado do ano, o crescimento foi um pouco menor, ficando em 2,7%, que é, de acordo com o executivo, próximo do índice de crescimento previsto de 3%.
Já nas compras, o mês de outubro registrou alta de 4,4% perante a setembro, com volume total de 356,5 mil toneladas contra 341,5 mil. Frente a outubro do ano passado (352,3 mil toneladas), apresentou alta de 1,2%.
Em número absoluto, o estoque de outubro obteve alta de 0,7% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 982,3 mil toneladas contra 975,6 mil. O giro de estoque fechou em 2,8 meses que também está dentro do esperado.
Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/11/2024