Fabricantes de máquinas de construção apostam em bom desempenho do mercado em 2024

Fabricantes de máquinas de construção apostam em bom desempenho do mercado em 2024

A M&T Expo 2024, feira de construção, mineração e pavimentação realizada em São Paulo, serviu como termômetro para o setor de máquinas de construção: além do bom público muitos negócios foram fechados durante o evento. A expectativa da Abimaq, Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, que mede as vendas dos distribuidores para os clientes finais, aponta para um mercado de 36 mil unidades e alta de 7,5% na comparação com as 33,5 mil máquinas comercializadas em 2023, um ano já considerado muito bom. 

Paula Araújo, chefe da New Holland Construction para América Latina, disse que a projeção interna da empresa está alinhada à da Abimaq, uma das projeções mais otimistas passada à Agência AutoData. As máquinas da New Holland Construction são produzidas na fábrica de Contagem, MG, que foi modernizada para permitir o atendimento à demanda crescente que é esperada no País e na região:

“O mercado nacional de máquinas de construção deverá ser crescente por muitos anos ainda. É o que escutamos dos nossos clientes, porque existem muitas obras de infraestrutura e de saneamento básico a serem realizadas no País. O momento atual é muito bom, foi a primeira vez que temos uma edição da M&T com um mercado projetado acima das 30 mil unidades”.

O presidente da Volvo CE para a região, Luiz Marcelo Daniel, disse que o mercado está aquecido e que a projeção interna da companhia é de alta de até 5%, mesmo com o recuo de 14,5% registrado no primeiro trimestre: “Mesmo com esta retração a nossa aposta é de recuperação até dezembro, chegando, pelo menos, no mesmo volume do ano passado”.

Um empate na comparação com 2023 não é considerado um mau resultado pois o ano passado teve um volume muito relevante, ponderou o executivo. 

A Case Construction, empresa controlada pela CNH Industrial, que também é dona da New Holland Construction, demonstrou um pouco mais de cautela, segundo Carlos França, seu vice-presidente para América Latina:  “A nossa expectativa é de um mercado estável na comparação com 2023, mas pode ocorrer um pequeno crescimento”.

O executivo ressaltou dois fatores que podem ajudar o mercado de máquinas em 2023: a crescente demanda do segmento de locação e a queda na taxa de juros dos financiamentos, pois as vendas de máquinas ainda dependem muito do CDC e do Finame. 

A John Deere foi a única empresa que não revelou a sua projeção para 2024, mas Thomas Spana, gerente de vendas da divisão de construção, disse que olhando para os últimos anos o mercado melhorou muito no Brasil e na região, com um futuro promissor, mas pequena oscilações podem acontecer, indicando que, talvez, o radar da companhia já esteja trabalhando com um leve recuo na comparação com 2023.

Fonte: Autodata
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 29/04/2024