Diplomatas brasileiros negociam nos EUA saída para tarifaço
Diplomatas brasileiros negociam nos EUA saída para tarifaço
Uma comitiva do Ministério das Relações Exteriores viajou aos Estados Unidos na tentativa de negociar a flexibilização das tarifas impostas pelo governo do presidente Donald Trump. O grupo foi chefiado pelo embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos do Itamaraty.
A visita, que ocorreu entre a última quarta-feira (26/3) e sexta-feira (28/3), faz parte dos esforços do governo brasileiro em dialogar com as autoridades norte-americanas para reverter os efeitos do tarifaço de Trump. Desde o último dia 12, está em vigor a tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio aos EUA, medida que afeta diretamente a indústria brasileira.
Impacto do tarifaço de Trump no Brasil
Desde que assumiu o mandato, o presidente Donald Trump tem anunciado uma série de medidas para proteger o mercado interno, que incluem a imposição de tarifas sobre a importação de produtos vindos de diversos países.
A taxação do aço afeta diretamente o Brasil, que é um dos principais exportadores do produto para os norte-americanos.
Em fevereiro, Trump também mencionou o etanol brasileiro ao decretar a política de reciprocidade de tarifas. “A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA”, disse Trump.
O governo brasileiro argumentou à administração de Trump que as medidas podem “comprometer gravemente” as relações comerciais entre os países.
Segundo fontes do Itamaraty, as conversas com as autoridades norte-americanas vão continuar nos próximos dias.
Na sexta, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo vai esperar até esta quarta-feira (2/4) para decidir quais medidas tomar diante das tarifas impostas. Esta é a data-limite para entrarem em vigor as tarifas recíprocas.
Durante viagem ao Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a mencionar a possibilidade de o Brasil adotar o princípio da reciprocidade e acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) em resposta às medidas. No entanto, nos bastidores, os negociadores têm defendido a manutenção do diálogo.
Fonte: Metrópoles
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 01/04/2025