Construção civil diz que Reforma Tributária aprovada pode encarecer imóveis e obras públicas

Construção civil diz que Reforma Tributária aprovada pode encarecer imóveis e obras públicas

O setor da construção civil da Grande Florianópolis manifestou preocupação com a aprovação da Reforma Tributária pela Câmara dos Deputados. Conforme análise do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis) a mudança pode encarecer imóveis e obras públicas.

Deputados federais votaram a regulamentação da reforma na noite desta quarta-feira (10). De modo geral, o texto simplifica impostos e isenta alguns itens da cobrança.

A taxação sobre o setor de construção civil e imobiliário, por exemplo, foi reduzida. As alíquotas cobradas de incorporadoras e construtoras terão uma redução de 40% em relação à tributação de referência, estimada em 26,5% pelo Ministério da Fazenda.

Para o presidente do Sinduscon, Marco Alberton, a redução foi positiva, mas o setor almejava uma porcentagem maior.

“Com o redutor de 60%, que é nosso pleito original, haveria uma queda nos impostos de imóveis de baixa renda, de 6,4% para 5,3%. Nas faixas médio, alto e luxo, a variação é positiva, de 8% para 8,8%, no máximo. Neste caso, é um custo passível de ser absorvido”, explica.

Morar pode ficar mais caro com a Reforma Tributária aprovada

Mesmo com algumas reduções, o setor alerta para o aumento do custo nos imóveis. Alberton diz que o valor de moradias populares pode aumentar em até 15,4%. No caso de imóveis de luxo, a partir de R$ 2 milhões, o valor pode dobrar: 51,7%.

“Até porque a indústria da construção civil envolve uma série de setores, que também serão impactados em cadeia e, no final, quem paga a conta é o cidadão”, ressalta Marco.

Ainda, uma das maiores reclamações do setor é a quantidade de impostos. Conforme o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Renato Corrêa, o texto aprovado avançou em alguns pontos, mas ainda terá consequências para a construção civil.

“A regulamentação se mostra insuficiente para a obtenção da neutralidade tributária, o que deve impactar o acesso à habitação, por exemplo”, disse.

Fonte: nd+
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 12/07/2024