Previsão da Caixa para 2022 estima que sua carteira de crédito cresça até 15%

Previsão da Caixa para 2022 estima que sua carteira de crédito cresça até 15%

A Caixa Econômica Federal divulgou, na última segunda-feira (13), suas expectativas para 2022, que estimam crescimento de 10% a 15% somente na carteira de crédito — um recorde desde o ano passado. A previsão se deu mesmo com a atual conjuntura de altas taxas. “Apesar de altas dos juros e da inflação, a demanda por crédito segue muito forte”, ressaltou o presidente do banco, Pedro Guimarães.

O banco estatal já havia conquistado um recorde de crescimento na carteira de crédito, especialmente na modalidade imobiliária, ao equiparar os números de 2020 com os de 2019 — quando alcançou 10% de crescimento. Guimarães espera um número ainda maior para 2022, mesmo com a elevação da inadimplência em 2021, que ele explicou ser natural, devido aos efeitos econômicos negativos da pandemia de Covid-19.

Falando sobre a previsão de juros de 10 anos, o presidente ainda discordou dos analistas de mercado que apostaram em 12,5% há cerca de um mês. "A equipe da Caixa nunca acreditou numa taxa de 12%, 12,5%. A previsão é de 10% nos juros de 10 anos", ressalta. Ele explicou que o crédito imobiliário da Caixa tem um prazo de 35 anos e vida média de 10 anos — e, por isso, a priorização da análise dos juros de 10 anos ao invés das oscilações de curto prazo da taxa Selic.

“Muitas vezes, essa questão da inflação já teve o seu pique e você já está na verdade com uma redução esperada por todo o mercado, então isso já está precificado. Do ponto de vista do crédito imobiliário, estamos bem, com uma taxa de inadimplência maior do que em 2019, claro que sim, a Covid-19 impacta, mas uma taxa totalmente precificada e que não impacta o resultado do banco”, afirmou, justificando os financiamentos com altos volumes de recursos depositados nas poupanças.

Em suma, o sentimento para o próximo é de otimismo: Pedro Guimarães prevê avanços na economia brasileira em 2022, mesmo que outras previsões falem em estabilidade. Ele conta que a expectativa é de 2% de crescimento, baseada no microcrédito, e uma expansão para além do eixo Rio-São Paulo-Brasília.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 16/12/2021